PEDROSO João 1823-1890 - Sé de Lisboa em 1755
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SALEMA, ca 18-- Sé de Lisboa no século XIX
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Foto Sé de Lisboa in História de Portugal - de Alexandre Herculano
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Vista actual
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Claustro
A Sé de Lisboa, também chamada Igreja de Santa Maria Maior, é o monumento mais antigo da cidade e, desde a sua construção, está ligada à história de Lisboa.
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Ao longo dos tempos foi vítima de sucessivos cataclismos naturais, tendo sido sujeita a constantes reconstruções, restauros e adaptações.
Ao longo dos tempos foi vítima de sucessivos cataclismos naturais, tendo sido sujeita a constantes reconstruções, restauros e adaptações.
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A sua construção deve-se a D. Afonso Henriques, logo a seguir à reconquista de Lisboa aos mouros em 1147, época em que a cidade era já um centro muito activo do ponto de vista económico, social e cultural.
A sua construção deve-se a D. Afonso Henriques, logo a seguir à reconquista de Lisboa aos mouros em 1147, época em que a cidade era já um centro muito activo do ponto de vista económico, social e cultural.
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Segundo um cronista da época - Osberno (cruzado de origem britânica que acompanhou D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa) - no local onde hoje se ergue a Sé, havia uma grande mesquita, o que parece comprovado com as mais recentes escavações arqueológicas levadas a cabo nos claustros. Também se coloca a hipótese da existência de um templo paleo-cristão do tipo visigótico, do qual restou uma lápide esculpida com animais e concheados, que outrora se encontrava integrada na fachada norte da Sé.
Segundo um cronista da época - Osberno (cruzado de origem britânica que acompanhou D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa) - no local onde hoje se ergue a Sé, havia uma grande mesquita, o que parece comprovado com as mais recentes escavações arqueológicas levadas a cabo nos claustros. Também se coloca a hipótese da existência de um templo paleo-cristão do tipo visigótico, do qual restou uma lápide esculpida com animais e concheados, que outrora se encontrava integrada na fachada norte da Sé.
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A traça do edifício enquadra-se no estilo romano-gótico, sendo o corpo principal do estilo românico e a cabeceira, claustro e capela de S. Bartolomeu do estilo gótico. A Sé de Lisboa apresenta fortes analogias com a Sé de Coimbra, tendo as duas construções sido dirigidas em paralelo pelo mestre Roberto, durante a segunda metade do século XII.
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No lado oposto à entrada desenvolve-se a cabeceira da igreja, cuja primitiva traça se enquadrava no estilo românico, sendo constituída por três capelas de eixos paralelos, como a Sé de Coimbra. Esta cabeceira foi destruída por dois grandes sismos (1337 e 1344) que abalaram fortemente a Sé . O monarca D. Afonso IV providenciou a sua reconstrução, pretendendo dar-lhe um aspecto mais grandioso que o inicial, dado que pretendia servir-se dela para sua última morada.
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Dessa reconstrução reconhece-se na cabeceira hoje existente, a charola ou deambulatório e as capelas radiantes, que apresentam características diferentes do corpo principal da igreja.
Dessa reconstrução reconhece-se na cabeceira hoje existente, a charola ou deambulatório e as capelas radiantes, que apresentam características diferentes do corpo principal da igreja.
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O terramoto de 1755 danificou a cabeceira da Catedral, destruindo inclusivamente o túmulo de D. Afonso IV. Nesta época, o edifício vinha sendo alvo de uma grande intervenção arquitectónica que pretendia alterar o seu discurso formal em função do gosto do tempo. Deste período (séculos XVII e XVIII) é a construção da sacristia, no lado sul, onde está depositado o cofre de madrepérola guardando as presumíveis relíquias de S. Vicente.
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Também neste período foi construída a sala do capítulo (sala de reunião de cónegos - clero secular), correspondente ao piso superior da sacristia, edificada durante o reinado de D. João V (séculos XVII e XVIII), onde se encontra hoje o Tesouro da Sé.
Também neste período foi construída a sala do capítulo (sala de reunião de cónegos - clero secular), correspondente ao piso superior da sacristia, edificada durante o reinado de D. João V (séculos XVII e XVIII), onde se encontra hoje o Tesouro da Sé.
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As alterações na decoração efectuadas nesta altura com a introdução da talha, azulejo, embutidos de mármore, segundo Júlio de Castilho "...pretendiam dar á Sé o falso aspecto de uma igreja de estilo clássico..." .
As alterações na decoração efectuadas nesta altura com a introdução da talha, azulejo, embutidos de mármore, segundo Júlio de Castilho "...pretendiam dar á Sé o falso aspecto de uma igreja de estilo clássico..." .
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A sobriedade e nobreza dos tempos medievais foram seriamente danificadas e, só no século XX, os restauros realizados devolveram o edifício, praticamente na totalidade, ao seu aspecto anterior.
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A capela-mor como se pode verificar, apresenta um aspecto distinto de todo o edifício. Enquadra-se no estilo barroco e é posterior ao terramoto de 1755, não se sabendo a data exacta e a autoria da sua construção.
A capela-mor como se pode verificar, apresenta um aspecto distinto de todo o edifício. Enquadra-se no estilo barroco e é posterior ao terramoto de 1755, não se sabendo a data exacta e a autoria da sua construção.
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in www.aph.pt/ (adaptado)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)