domingo, 19 de agosto de 2007

SÃO TRISTE MADRIGAL E MELANCOLIA

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Pus a bordada toalha de renda,
No candelabro acendi a vela,
Alindei a mesa com trigo e rosas,
Preparei o vinho e a codorniz.
Em surdina a música e a prenda,
Feliz contigo, poema na tela:
Ternura e beleza mui preciosas.
Mas faltaste ao amador-aprendiz;
O jantar lixou-se, não estou feliz!
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1989.09.11
SETUBAL

4 comentários:

  1. Também eu tenho posto muita vez a toalha (de linho a minha, bordada com papoilas) na espera de quem nunca veio...
    E já falei disso em vários poemas...
    Felizes os que esperaram, no tempo certo e só nesse é que sentiram solidão!...

    Bj.Victor e bom domingo

    Maria Mamede

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  2. Uma maneira poética de descrever a solidao, à espera dessa pessoa tao desejada qu nao vem.
    Espero que a próxima vez estará aí e que o encontro sera aida mais agradável.
    Um abraço

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  3. :) Achei engraçado o verso final, com o jantar lixou-se, gostei do madrigal.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)