domingo, 23 de setembro de 2007

Deambulando por Lisboa (23) - Praça de Espanha

O Arco da Praça de Espanha - Duas opiniões

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Este arco andou muito em bolandas na sua já longa vida. Imaginado por Manuel da Maia numa celebração do Aqueduto, era um dos mais majestosos da cidade, assim como o das Amoreiras. Esse ainda sobrevive no seu local original. Este desgraçado não

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Assim vejamos: mentes iluminados resolvem demoli-lo em 1938. Fica assim orfâ a rua e o actual Parlamento menos nobre. E a marca nas paredes, ragadas que foram.

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Os restos , pobres pedras, são despejados para o Convento das Francesinhas e depois para a Ajuda. Até 1988. O presidente Abecasis resolveu recolher as peças do puzzle e mandar colocá-las na Praça de Espanha. Mas resta um gigantesco enigma.
Como se reconstrói? Alguns dizem que faltavam pedras, outros os planos originais. O certo é que durante quase dez anos o panorama do Arco foi quase igual ao desta foto.

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Desde 1998, contempla indiferente o trânsito e a feieza da Praça de Espanha. É um monumento a qualquer coisa. Há quem diga que ele faz barulhos estranhos à noite, refila que se farta. Eu acho-o só encolhido e entediado. Deve estar a suspirar para que o mudem outra vez de sítio. Afinal um arco mimoso daqueles, não se fez para aquele perfeito desastre urbano que é a Praça de Espanha.
Todos os dias o olho e sinto pena, sem saber explicá-la muito bem. As pedras também sofrem.


1 comentário:

  1. Olá

    Realmente este Arco não fica nada bem onde está colocado. Parece um monte de Pedras que não se podem mexer e ir embora como que seja um gigante na terra dos liliputianos...

    Beijos estrelados
    de
    Belisa

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)