sábado, 22 de setembro de 2007

Caneta de Ouro 2007 - Nomeações

.

Fui indicado para o 'PRÉMIO CANETA DE OURO - POESIA 'IN BLOG' 2007", idealizado por ANDRÉ L. SOARES e RITA COSTA. Clique AQUI para ler as regras. Participe!!!

.

A nomeação para a Caneta de Ouro 2007 foi uma gentileza de Vieira Calado pelo meu poema Veramente Vero, também publicado em Ao Sabor do Olhar . Gracias!

.
De acordo com o Regulamento nomeio os seguintes blogs/poetas/poetisas e um poema escolhido por mim em cada um deles.
.
Victor Nogueira
.

_______________


Quinta-feira, Agosto 16, 2007


AÍ VEM A AURORA ...

.

Quando penso na última viagem
E meu cabelo se agita, pela aragem
Que se levanta na espera de embarcar
Uma lágrima furtiva desce o rosto
E meu coração é fogo posto
Pela saudade dos que vou deixar...

E minha barca ao longe, se agiganta!
E eu choro e minha alma canta
Belas canções antigas, de embalar
Ó céus, ó mares, ó ventos, penedias
Adeus, adeus, que se findam meus dias
Na doce aurora que me vai levar...

Adeus ó fontes, regatos, ribeiras
Adeus vinhedos, campinas, ceifeiras
Adeus ó gente, meu povo, meu lar
Adeus aldeia, ó casa dos meus
Adeus amigos queridos, adeus
Aí vem a aurora para me levar!...


Maria Mamede

De Amor e de Terra
_____

A Pedra


Era uma pedra pequenina
Que mal se via ou sentia
Esquecida na [sua] rotina
E em tudo o que existia.

De acanhada dimensão
Estava lá [ninguém negava]
Sem hora nem pretensão
Apenas a curiosidade legava.

E de tal tamanho exíguo
Se acabou por ignorar
O tempo a [em] si contíguo
Até o espaço [se] minorar.

E de pequena se fez adulta
A pedra [quase grão parecia]
E depressa cresceu ultra
Alargando forma que merecia

[Porque há alturas em que crescemos por dentro...]


efeneto*

Ø G®¡†ö ðö Þöë†ä- Sábado, 11 de Agosto de 2007

__________


Sábado, 18 de Agosto de 2007

Insónia

.

Insónia...
Porque me persegues?
De vigia
Ao meu lamentar?
Nesta hora não consegues
Que eu pare de caminhar
Sou filha da planície
Ah! - Saudade que me fazes evocar
Searas multicolores
Cigarras a cantar
Sob os meus pés
Uma tela acabada de pintar
Com as cores...
Só no meu Alentejo
Consigo vislumbrar!
Aspiro aromas...
Que me fazem anestesiar.
E ela... A insónia
Afasta- se devagar.
Sente que foi uma intrusa
Pronta para me afrontar
Combati-a!
Sinto as minhas pálpebras
A quebrar...

PALAVRAS AO VENTO

____________

6.8.07


DA ESPERANÇA


Sitiados
deglutimos a raiva
até estalar o grito
que rebente o dique
e inunde a paisagem
de laços e sementes

Não mais o céu será de fogo


Licínia Quitério

O SÍTIO DO POEMA

__________________________

Segunda-feira, 3 de Setembro de 2007

PéTaLa

Nada saberei do tempo, das palavras, do horizonte, de ti... Nada me entranha a alma se nunca passar por aqui. Nada me move nas marés se souber que fugi... Ou apenas parto com dor, outra vez me despi... Nada cantarei dentro de mim, de novo jardim... Nada de cor, de janela aberta ao fim...Nada de tudo entre nós na crueldade de ser assim...

Nada que cale, a vontade de te olhar, enfim...

Posted by Pedro Branco

Das palavras que nos unem

.
PARA APRECIAREM CONVENIENTEMENTE OS POEMAS

NOMEADOS POR MIM DEVEM CLICAR NOS RESPECTIVOS TÍTULOS

1 comentário:

  1. É com enorme emoção que recebo a caneta de ouro pela segunda vez... E pelo mesmo poema!

    Contudo, tomei uma decisão desde que comecei a publicar os meus poemas... A de não aceitar nenhum prémio, em solidariedade com todos os meus colegas bloguistas.

    Contudo, deixo aqui expressa a minha gratidão pelo facto de se ter lembrado e gostado do poema em questão!

    Peço humildemente as minhas desculpas...

    Abraço da

    Maria

    ResponderEliminar

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)