quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Deambulando por Lisboa (22) - Estátua de Chiado




Estátuas de Lisboa





Chiado, 1925
António Augusto da Costa Motta(tio)
Largo do Chiado, Lisboa
Foto JG
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* :* Laura Trindade
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António Ribeiro, conhecido por Poeta Chiado, nasceu em Évora em data desconhecida, cidade onde professou pela Ordem dos Franciscanos, e faleceu em Lisboa em 1591, para onde veio após ter abandonado a vida religiosa. Contemporâneo de Camões que o menciona como poeta engenhoso num dos versos do Auto de El Rei Seleuco, desenvolveu sobretudo poesia jocosa e a sátira, através da descrição de quadros flagrantes da vida social do período em que viveu, tendo afinidades literárias com Gil Vicente.

A estátua de bronze, da autoria de Costa Motta (tio), com plinto quadrangular em pedra de lioz de José Alexandre Soares, foi colocada por iniciativa da vereação municipal, que desta forma quis prestar homenagem a António Ribeiro, conhecido com o nome de uma das mais conhecidas zonas de Lisboa, o Chiado, por aí morar. Alguns grandes nomes da cultura literária do princípio do século XX, como Aquilino Ribeiro, Teixeira de Pascoaes e Raul Brandão manisfestaram-se contra, argumentando que outras figuras seriam mais merecedoras de uma homenagem por parte do município lisboeta. Consideravam que a fama de poeta popular, arruaceiro, boémio, praguento e chocarreiro mas no entanto, talentoso, que António Ribeiro granjeava, não eram razões suficientemente válidas para justificar a colocação de um monumento em sua homenagem, numa praça de tradição cultural, junto de teatros e de duas outras estátuas de Lisboa de figuras das letras nacionais: Camões e Eça de Queirós.

O poeta retratado envergando o hábito de monge que se julga nunca ter abandonado, aparece numa postura de animada conversa, parecendo interpelar quem passa.

Texto de Laura Trindade in "Eatatuária e Escultura de Lisboa", 2005
:



Praça do Chiado - Lisboa


in Blog da Sabedoria Defunta

Domingo, Maio 28, 2006

4 comentários:

  1. Belas fotografias,
    sem dúvida!

    Bom resto de semana.

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  2. Ângulo espectacular!
    O contraste do amarelo com o chão e a envolvência, bonito mesmo...
    Parabéns!

    Maria Mamede

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  3. Quanto à estátua, não me lembro dela; também se diga em abono da verdade, que poucas vezes passei no Chiado e há tantos anos que lá não vou!...



    Maria Mamede

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  4. Olá Mano,

    Gosto deste painel:
    Deambulando por Lisboa.
    Obrigado pela partilha.
    Parabéns.

    Eu, tive uma recaída forte...dias 15, 16, 17 e 18 estive «fechada para balanço», é isso...estava «apagada» para o Mundo.
    Depois comecei a regressar lentamente e, só ontem dia 19 é que vim ler os comentários e colocar outro post.

    Dizer-te se estou melhor...é muito vago afirmar alguma coisa nesse sentido.
    Estou VIVA e isso é que me interessa agora, acredita.

    Agarro-me à Esperança e Fé em Deus, para poder continuar no Mundo dos vivos.

    Beijos.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)