sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Fogoso é o fogo da juventude:

* Victor Nogueira
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Fogoso é o fogo da juventude:
Amar longa e mui profundamente;
Logo restam o pó e a cinza, sómente,
Não trazendo qualquer boa virtude.
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No ribeiro, o arrulhar no açude,
Encanta de verdade, tão bem assente;
Mas o passar do tempo, só, desmente,
Mostrando não haver bem que não mude.
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E lento, passa o mundo bem veloz,
Com máscara ou riso no olhar
A cobrir ou mostrando o ser da alma.
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Mas de ontem fica a tenção, a voz,
Da paz e felicidade encontrar,
A juventude esvaída na calma.

2 comentários:

  1. Difícil maneira de rimar o Soneto...e engenhosa...
    Além disso, gostei!



    Bj

    Maria Mamede

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  2. Parabens por este belo soneto.
    Um abraço
    josé manangão

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)