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* Victor Nogueira
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Esta é a minha casa, esta é a casa dos meus filhos, fosse ou não a mãe deles viva. Eles chegaram primeiro que tu, um em 1976, outro em 1980. Como vês, muito antes de ti. De quem me divorciei foi da mãe deles, não deles. Como naturalmente te divorciaste não dos vossos filhos, mas sim do pai deles. É completamente disparatada, irracional, a aversão que tens à Natasha e à Ester.
Enquanto estás para aí, eu estou para aqui. O tempo passou e já são três da manhã, sem que o meu cansaço ou fartura da vida e das pessoas tenha diminuído. O barulho provocado pelo vento amainou e o silêncio apenas é quebrado pelo zumbido contínuo do ventilador do computador e pelo tac tac mais ou menos regular, mais ou menos rápido, do teclado. A violenta tempestade passou, tempestade que fazia bater as janelas com fragor, conjuntamente com a porta de acesso ao terraço que se deve ter aberto e, em vai vem, soava com estrondo.
Diz a sabedoria popular que não há uma sem duas nem duas sem três. Como já estão três páginas escritas, vão sendo horas de ir para Vale de Lençóis, para os braços de Morfeia, na companhia esquiva mas pronta e quase sempre fiel da Joana Pestana.
Setúbal, 1997.11.23 / 24
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ADENDA
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Toda a Série «Entre Adão e Eva» é puro romance inventado e qualquer semelhança com factos ou personagens reais é pura coincidência.
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Victor Nogueira
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Voltei para falar das minhas gentes, da minha terra, das memórias vivas e reais que perduram na minha alma e no meu coração.
ResponderEliminarBeijinhos
Também gosto de inventar histórias. Ando apublicar alguas que fui escrevendo ao longo dos tempos. Podem fazer sentido, mas não são reais, directamente não as vivi. Representam nacos de vidas e de histórias d epessoas que s ecruzaram comigo e que de uma forma ou de outra me marcaram.
ResponderEliminarGostei de conhecer os seus blogues.