terça-feira, 9 de junho de 2009

A UMA PRINCESA QUE SE DIZIA AMIGA, TALVEZ, mas LEVIANA?

* Victor Nogueira

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Para uma bela Princesa

Boa amiga, muito mui mais

Que não manteve a chama acesa

Faltou sem dizer água-vais.

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À prima toda a gente cai:

Foi do livro, ida a Lisboa;

Telefonou, ficou um ai

De quem por ela se magoa.

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Pois fiquei em grande aflição

Não aprovei, mas lá passou.

Na segunda, oh! confusão

Nem cuidou nem telefonou.

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Que sucedeu? Caiu ao chão?

Ora, estava apenas cansada,

Na cama com chateação

Tudo varrendo com penada.

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À terceira ,”não falto, não"

“Até já!", foi a despedida.

O jantar deu nova canção

Boa disposição perdida!

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À quarta, a mesma hist6ria.

Adeus, bela conversação

Amigo p'ro lixo, sem glória:

Amor em má escuridão.

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Tu, em não me aparecendo

Assim, foi um ar que te deu;

Minha amizade fenecendo

E de mim te aparto eu.

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É duro, bem triste, tirar

Fiança que desmereceste,

Ao trair meu simpatizar

Por ti, que bem me pareceste!

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1989.09.15

SETUBAL

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)