* Victor Nogueira
Para uma bela Princesa
Boa amiga, muito mui mais
Que não manteve a chama acesa
Faltou sem dizer água-vais.
À prima toda a gente cai:
Foi do livro, ida a Lisboa;
Telefonou, ficou um ai
De quem por ela se magoa.
Pois fiquei em grande aflição
Não aprovei, mas lá passou.
Na segunda, oh! confusão
Nem cuidou nem telefonou.
Que sucedeu? Caiu ao chão?
Ora, estava apenas cansada,
Na cama com chateação
Tudo varrendo com penada.
À terceira ,”não falto, não"
“Até já!", foi a despedida.
O jantar deu nova canção
Boa disposição perdida!
À quarta, a mesma hist6ria.
Adeus, bela conversação
Amigo p'ro lixo, sem glória:
Amor em má escuridão.
Tu, em não me aparecendo
Assim, foi um ar que te deu;
Minha amizade fenecendo
E de mim te aparto eu.
É duro, bem triste, tirar
Fiança que desmereceste,
Ao trair meu simpatizar
Por ti, que bem me pareceste!
SETUBAL
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