sábado, 28 de novembro de 2009

Um nevoeiro leitoso cobre a cidade ...


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* Victor Nogueora
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Um nevoeiro leitoso cobre a cidade, tudo envolvendo aparentemente. E digo aparentemente porque ao assomar à varanda da cozinha consigo vislumbrar o largo e as copas das árvores do jardim que estão mais próximas, quase fantasmagóricas. Um frio trespassante enregela-me até aos ossos.Levanto-me e vou até ao meu quaro consultar a minha estação meteorológica caseira, cujo termómetro marca 17º C. Contrariamente ao habitual, tenho as mãos geladas. Pode dizer-se que do alto desta torre, ou estamos acima das estrelas com o luzeiro de estrelas em terra, ou mergulhados nas nuvens. Fora isso, a cidade parece estender-se até ao infinito, como se o mundo estivesse a meus pés! Mas fora isso, não tenho nem a riqueza e poder do magnate William Randolph Hearst nem o génio de Orson Welles.
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 Já aqui dei notícia das iluminações natalícias na Baixa de Setúbal, algumas delas originais, não estáticas. Mas ontem à noite, ao regressar a casa, verifiquei que ali a rotunda e a avenida também estão natalíciamente iluminadas, o que não se vê daqui, dando un certo ar de alegria em tempo de crise generalizada para a maioria! E o supermercados ou mini-preços ainda só não estão abertos 24 horas em 24 horas porque a escravidão aonda não é total, apesar do CDS advogar a abolição da prestação social do rendimento mínimo e os patrões da indústria têxtil a abolição do 14º mês, vulgo subsídio de Natal. Isto para não falar nos jornais que noticiam como milionárias reformas de três mil a dez mil euros ! É preciso lata quando os bancos esmifram os credores e clientes para acumular ano após ano lucros fabulosos, conjuntamente com outras empresas monopolistas ou oligopolistas, que entre si concertam os preços !
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Na minha caixa de correio caiem cartas a oferecerem-me posssibilidades de créditos ou facilidades de pagamento que, nestes tempos, originam uma espiral de dívidas com juros leoninos! Apesar disso a banca faz o choradinho da crise, envolve-se em má gestão e negócios duvidosos, enquanto os Governos injectam milhõs de euros para evitar a sua «falência». E no entanto, nunca houve tantos bancos e agências bancárias, umas a seguir às outras, como desde o tempo do (es)cavaquismo. É como os cafés, que proliferam como cogumeolos. Só aqui, num raio de cem metros,, há pelo menos 16 (dezasseis cafés ou pastelarias. Uma única  mercearis resiste à concorrêncisa da Cooperativa de Consumo, do supermercado Lidl e de duas lojas mini-preço. De vento em popa vai também o mini-mercado dos paquistaneses (que já aprenderam a falar português) e que já vendem de tudo um pouco. No mesmo raio de cem metros existem quatro estabelecimentos de pronto-a-comer e três lojas de artigos chineses..
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Nos jornais impressos o televisivos as notícias doi dia são as fraudes do presumível inocente Vara mai-lo Primeiro Ministro do PS, a confusão nas hostes do PSD para correrem com a Manuela Ferreira Leite, todos de cabeça perdida porque Sócrates já está a prazo mas faz a poítica anti-social que eles não conseguiriam fazer, mas a «clientela» a satisfazer é muita, seja com tachos, seja com panelas. Foices e Maerelis é que não, embora se ral sucedesse a dependência do exterior e os ditames da União Europeia facilmente garrotariam qualquer Governo de Esquerda com veleidades de atacar as grandes Fortunas e o Grande Capital, que deixou praticamente de ser nacional para passar a transnacional. Mas entre um e outro, venha o Diabo que escolha. Note-se que 80% das dívidas ao modelar BCP são apenas de oito clientes, dois deles gtrandes accionistas.do mesmo, como Joe Berardo
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Enquanto isso o Governo prepara-se para alterara o Código Contributivo, asfixiando ainda mais as pequenas e médias empresas, e para taxar ainda mais os recibos verdes, «esquecendo» que estes e os contratos a prazo são um subterfúgio utilizado pela Administração Pública e pelas empresas qualquer que seja a sua dimensão, para escaparem às suas obrigações para com o Fisco e a Segurança Social.
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Para além das notícias sobre assassinatos, roubos e violações, prossegue a saga da vacina contra a chamada gripe suína, agora travestida de H1N1, com a maioria do pesssoal médico e de enfermagem a recusá-la, não obstante as imagens do Primeiro Ministro José Sócrates, da Ministra da Saúde Ana Jorge e o Direcroe Geral da Saúde George qualquer coisa, de manga arregaçada a serem injectados. Não me lembro se no filme também entrou o Presidente da República. Contudo deixaram de ser notícia os partos em âmbulâncias devido ao encerramento de inúmeras maternidades por esse país fora, enquanto as grávidas se recusam a romarem a vacina contra a gripe H1N1 devido ás notícias das mortes de fetos, não esclarecendo os órgãosm de informação se tal é normal ou não.
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Mas isso pouco interessa, bem como a falta de capacidade de resposta dos Centros de Saúde, devido à política deliberadamente destrutiva do Serviço Nacional de Saúde. As vacinas já foram compradas pelos Governos, a indústria farmacêutica já arrecadou os lucros e  os stocks em armazém serão benemeritamente canalizados para tratar da saúde aos povos do chamado terceiro mundo, assim mais facilmente despachados para o mundo dos anjinhos!
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Entretanto o Governo prepara-se para «ajustar» as Leis Penais ao sabor das conveniências do momento ,o do direito à privacidade, direito esse que não existe para a pequena criminalidade, violenta ou não, Mas, do ponto de vista de quem efectivamente ordena, quanto mais violente, melhor para os estados policiais, como são cada vez mais e sem máscara os dos países capitalistas.
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Já são 10h30m, o nevoeiro cerrado persiste, embora a luminosidade seja maior ! Também a temperatura já não é tão baixa. neste momento o termómetro marca 20º C.
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Angel Figurine photo
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1 comentário:

  1. Olá Amigo Victor,

    Nevoeiro e chuva, acompanhados de uma atmosfera fria também passam pela zona de Alcobaça.
    Ler este teu desabafo acrescenta-me a certeza de que vivemos num mundo pequenino, cada vez mais pequenino...

    Beijo de bom fim de semana,

    Maria Faia

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)