Na concha do teu nome que alinhavo,
um rio de sons,
suave lucerna
bailando.
domingo, 20 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
Victor Nogueira - Beijo solfejo
Beijo solfejo
espelho
caminho de carinho
céu sem véu
meu e teu
Victor Nogueira
Setúbal 2012 Maio 13
espelho
caminho de carinho
céu sem véu
meu e teu
Victor Nogueira
Setúbal 2012 Maio 13
Victor Nogueira - O coelhone ...
O coelhone
Nas jotas nasceu
envelheceu
envileceu
escavacou
aluno certinho
na senda de sócretinho
zézinho durão
figurinha mas não figurão
só-ares da companhia
pingo doce que se fez amargo
aziago
para o povo parado
mal passado
passajado
de negro cravejado
a 13 de maio
pasmado
cercado
cerceado
cercado
cerceado
na cova … da iria
Victor Nogueira
Setúbal
2012.05.13
Victor Nogueira - Esforça-se o autor ...
1.
Esforça-se o autor a escrever, melhor ou pior, e depois as pessoas na maioria buscam significados e "estórias" e "enguiam" em torno da "cabedela"
Pois é, nada podemos dar aos livros senão letras do nosso pensamento e os seus olhos e lábios são os olhos e lábios não de quem escreve mas sim de quem (tres)lê :-)
Durante muitos anos supus que as Crónicas de António Lobo Antunes eram-no com base na vida dele. Mas depois concluí que não, que nem sempre é / será assim, porque ao escribador todos os malabarismos são permitidos para dar alguma cor (esta e não outra) à vida que vai encarreirando em signos na folha branca ou no monitor.
1.
Esforça-se o autor a escrever, melhor ou pior, e depois as pessoas na maioria buscam significados e "estórias" e "enguiam" em torno da "cabedela"
Pois é, nada podemos dar aos livros senão letras do nosso pensamento e os seus olhos e lábios são os olhos e lábios não de quem escreve mas sim de quem (tres)lê :-)
Durante muitos anos supus que as Crónicas de António Lobo Antunes eram-no com base na vida dele. Mas depois concluí que não, que nem sempre é / será assim, porque ao escribador todos os malabarismos são permitidos para dar alguma cor (esta e não outra) à vida que vai encarreirando em signos na folha branca ou no monitor.
2.
Também posso vestir a realidade com fatos alegres e música e folguedos e brisas cariciantes e olhares de veludo e sedutores e de pedrinhas saltitando pelo riacho com se aves cantando fossem.
Com as palavras e a arte de usá-las se pode tornar mágico o que não é e soalheira a mais triste noite ou brilhante como se de mil sóis rendilhados falassem o que me cerca e com elas me libertando :-)
Ou não ! ! Porque o mágico tem consciência dos truques para tornar mágicos os enganos !
3.
Com as palavras e a arte de usá-las se pode tornar mágico o que não é e soalheira a mais triste noite ou brilhante como se de mil sóis rendilhados falassem o que me cerca e com elas me libertando :-)
Muitas vezes somos enganados pela "aparência". Só o tempo e a convivência permitem separar as águas. Nesta virtualidade que é a internet em que navego desde há 15 anos,quem sou eu para quem me lê ? Para uns a ilusão da imagem que surge pelo que escrevo, para outras as mãos com que escrevo, para outras a minha voz ao telefone ou na vida real.
Ilustrações -
Pieter Brueghel, o Velho - Festa de Noivado
Álvaro Cunhal - Desenhos da Prisão
domingo, 6 de maio de 2012
Sol e Sombra no palco da Vida que se quer viva
Victor Nogueira criou um documento.
Cada vez que se comenta um post ele passa para 1º lugar, mesmo que a fala inicial tenha meses.
Daqui a "éne" meses ou anos, se alguém comentar este post, ele passará para 1º lugar até que outros o substituam. Novo comentário provocará nova subida e assim sucessivamente.
Isto origina confusões e mal-entendidos porque nem sempre as pessoas se apercebem que entretanto e tal como na vida já as águas nos levaram para longe daquele ultrapassado porto ou cais. Aquilo que se escreveu em determinado momento e era pertinente, poderá deixar de sê-lo. Descontextualizar é meio caminho andado para atitudes que me deixam perplexo.
Mas, citando Espinoza, "No que respeita aos homens, nem o riso, nem as lágrimas, nem a indignação, mas apenas o entendimento", isto é, o perceber a razão, as causas, o porquê. Para unir ou para partir, de vez, acrescento.
sábado, 5 de maio de 2012
MELOPEIA na TEIA por Victor Nogueira
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1.
Em silêncio
vestem-me de silêncio
do nascer
ao morrer
sem viver.
Em silêncio
noitedia
e
não ria nem sorria
pur(g)o e duro
2.
Em silêncio
vestem-me de silêncio
do nascer ao morrer
sem viver.
Em silêncio
noitedia
e
não ria nem sorria
Victor Nogueira 2012.05.05
Setúball
Trafaria - Foto Victor Nogueira
MELOPEIA na TEIA
- Maria Jorgete Teixeira Obrigada, Victor, belos poemas, gosto mais do 2....gostos....simplesment
e! 5/5 às 16:23 · · 1 - Victor Nogueira Eu tb gosto mais do 2º, que foi o 1º e como os últimos [por vezes] são os primeiros ...
Bolas, lá começa ele a malabaristar com as palavras, diz a Maria Jorgete Teixeira5/5 às 16:32 · · 1 - Odete Maria Botelho Obg. amigo Victor gostei mto deste teu "silêncio" ás vezes é preciso silenciar a alma..Um beijinho com carinho!!!!5/5 às 18:42 · · 1
- Margarida Piloto Garcia Às vezes é preciso vestir silêncios, quanto mais não seja para que noutra altura possamos gritar palavras.5/5 às 20:04 · · 2
- Laura Rijo Parabens pela escolha. Gostei muito. Um grande beijinho para a tua mãe, e para todas as mães de todos os dias!! :)6/5 às 22:27 · · 1
- Yolanda Botelho Lindíssimo.....bjs amigo....7/5 às 0:11 · · 1