Ao (es)correr da pena e do olhar: liberdade e nostalgia (1)

liberdade e nostalgia

24 de Agosto de 2013 às 17:15

* Victor Nogueira

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1 partilha

Cecilia Barata, Célia Champlon, Odete Maria Botelho e 19 outras pessoas gostam disto.
Maria Rodrigues

24/8 às 17:35 · Não gosto · 1
Margarida Piloto Garcia Nostalgia às carrradas, aos molhos, sem apelo nem agravo.

24/8 às 18:11 através de telemóvel · Não gosto · 2
Luisa Neves Muita! Abraço.

24/8 às 18:19 · Não gosto · 1
Victor Nogueira Margarida Piloto Garcia Há quem confunda os sonhos com a realidade, há quem se refugie da realidade envolvendo-se em véus, há quem em nome de falsas solidariedades se deixe escravizar e desista da sua liberdade e direito a sua própria vida. Há quem ande às voltas ao redondel em crises permanentes. E eu nenhum desses personagens. Pois não me esgoto nem me fico, qual flor nenufar do mar, aparentemente sem colibri, neste poema de pessoa

Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —

Não disto nem daquilo,

Nem sequer de tudo ou de nada:

Cansaço assim mesmo, ele mesmo,

Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,

As paixões violentas por coisa nenhuma,

Os amores intensos por o suposto em alguém,

Essas coisas todas —

Essas e o que falta nelas eternamente —;

Tudo isso faz um cansaço,

Este cansaço,

Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,

Há sem dúvida quem deseje o impossível,

Há sem dúvida quem não queira nada —

Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:

Porque eu amo infinitamente o finito,

Porque eu desejo impossivelmente o possível,

Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,

Ou até se não puder ser...

E o resultado?

Para eles a vida vivida ou sonhada,

Para eles o sonho sonhado ou vivido,

Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...

Para mim só um grande, um profundo,

E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,

Um supremíssimo cansaço,

Íssimno, íssimo, íssimo,

Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"

Heterónimo de Fernando Pessoa

24/8 às 18:23 · Gosto · 4
Maria Lisete Almeida Lindos Poemas! Grata Amigo!

24/8 às 18:30 · Não gosto · 1
Deolinda Figueiredo Mesquita Belos Poemas. Muito obrigada.

24/8 às 18:33 · Não gosto · 1
Maria Célia Correia Coelho Tantos sentimentos e a arte da comunicação dos mesmos..., com tanta força! Uma beleza mesmo!!

24/8 às 18:42 · Não gosto · 1
Maria Sinhá ah Victor ! que grande abraço te dou amigo!

24/8 às 18:50 · Não gosto · 1
Manuela Silva Não sou esta nem aquela, nem sei se sou eu mesma nas linhas que tracei na vida. Sei que este cansaço de ser esta ou aquela ou de eu mesma tentar ser me leva ao limite do cansaço da vida, ao cansaço dos outros. E é este cansaço do mundo que me aflige, me tortura, me tira os dias, o sol e o luar, estendida em águas paradas, aniquilada de parasitas. Inspiraste, Victor Nogueira. Bjos.

24/8 às 19:57 · Editado · Não gosto · 1
Victor Nogueira Olá, Manuela Silva De volta da quinta e do palacete ?

24/8 às 19:59 · Gosto · 1
Manuela Silva Olá, Victor Nogueira, não. De volta de mim com umas grandes sovas.

24/8 às 20:01 · Gosto
Victor Nogueira ?????????

24/8 às 20:03 · Gosto
Manuela Silva E pisa e volta a pisar, e chora até a lágrima secar, cansada do maltratar, cansada do nada, apenas língua afiada, egos inflamados de nada.

24/8 às 20:06 · Não gosto · 2
Isa Alçada Amigo fiquei sem palavras

24/8 às 22:42 · Não gosto · 2
Yolanda Botelho maravilha....

25/8 às 0:21 · Não gosto · 1
Odete Maria Botelho Obg. Victor..este poema de Alvaro Campos é maravilhoso....Beijinhos uma boa semana

25/8 às 20:03 · Não gosto · 1
Victor Nogueira Odete Maria Botelho Eu não sou Álvaro de Campos LOL

25/8 às 20:06 · Gosto

Ao (es)correr da pena e do olhar

sábado, 24 de agosto de 2013

liberdade e nostalgia (1)

liberdade e nostalgia

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