Era a noite, a noite sem ti, uma noite onde todas as encruzilhas eram um caminho/carinho ignoto, feito de passada larga e despreocupada ou de passos cuidadosos, temerosos. Era noite, uma noite tecida com intermináveis silêncios, prenhes de tudo o que a imaginação nela possa ver matizado com cinzel baço ou ágil pincel. como tear de penélope sem ulisses em incessante vai-vem.
Era noite, uma noite onde as palavras em sonhos se liquefaziam, ásperas ou lânguidas em ais ou suspiros, a boca entreaberta ou os dentes cerrados, as mãos enclavinhadas ou arabescos bailantes. Era a noite a as palavras não surdiam. Era a noite do silêncio e das encruzilhas, melhor ou pior talhadas,
Era a noite sem o dia !
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)