* Victor Nogueira
- Sou também aquilo que faço e não apenas aquilo que digo (V. Nogueira).
De Maria Eugénia Cunhal já partilhara alguma poesia, que pode ser encontrada no meu blog D'Ali e D'Aqui. (http://daliedaqui.blogspot.pt/2010/02/quinta-feira-junho-14-2007-eugenia.html). Estou agora a ler um livro de crónicas do quotidiano por ela publicadas no jornal de A Voz do Operário, intitulado "Escrita de esferográfica". Textos breves, comoventes, de alguém atento ao Outro/a e solidário com ele/ela. Crónicas breves mas que nos levam a reflectir para além da espuma dos dias. Dentre elas, partilho duas, numa reflexão que poderia ser feita por qualquer de nós em relação à (des)humanidade que nos cerca. Como escreveu Eugénio de Andrade
Diremos prado bosque
primavera,
e tudo o que dissermos
é só para dizermos
que fomos jovens
Diremos mãe amor
um barco,
e só diremos
que nada há
para levar ao coração
Diremos terra mar
ou madressilva,
mas sem música no sangue
serão palavras só,
e só palavras, o que diremos.
A palavra pois a Eugénia Cunhal
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)