terça-feira, 31 de maio de 2016

"O fascismo tem origem no marxismo", de Marx a Mussolini ou os novíssimos Tratados de Política

* Victor Nogueira

Antigamente havia e não sei se ainda hà a Reader's Digest, que publicava romances "condensados" na  revista e em volumes "encadernados" com capas vistosas para colorir as prateleiras. E há também os Ghost Writers ou "escritores fantasmas" que a granel ajudam a preencher com destaque e vistosamente as prateleiras de supermercados e de livrarias. É perfeitamente aceitável que quem publica queira ver o retorno chorudo dos seus escritos e engendre campanhas publicitárias com temas "fracturantes". Se AAA é ligeirinho para Professor de Política na Católica, já RS é um politicólogo de última apanha. Não é preciso queimar as pestanas a ler calhamaços dos clássicos e  dos novíssimos marxistas. Basta ler os romances de Rodrigo dos Santos. As novíssimas "condensações". Que geram milhares de páginas em comentários on line que são um case study sobre a ignorância atrevida,  preconceito ou má-fé, onde se misturam alhos com bugalhos. Afinas RS só escreve porque não gosta de ler. Ele o afirmou, do alto da sua auto-suficiência. É tudo uma questão de "espertos", "experts", "espetos" ou espectros. Com ou sem "fantasmas" à  mistura na escrita. É a publicidade - gratuita - e a bolsa. Para esse filme não dou esmola.



José Rodrigues dos Santos tem um livro publicado em 1992, com o título «Comunicação» que deve ser a tese de doutoramento em Ciência da Comunicação. Depois, está 10 anos sem publicar. Em 2002, surgem três livros com o seu nome. Uns cadernos de guerra divididos em 2 volumes; outra obra sobre guerra e o seu primeiro romance. A partir de 2004, temos um romance por ano, publicado com o nome de José Rodrigues dos Santos. 

Temos três prémios atribuídos pela CNN ao jornalista, entre 2002 e 2004. Por coincidência, nesta data ocorre a cimeira da vergonha nas Lages e a invasão do Iraque.

Durante a apresentação do livro «A Fúria Divina» fez-se acompanhar por um ex-membro da dita «Al-Qaeda» (ou «CIA»). Após alguma pesquisa em alguns dos seus romances, denoto alguma dificuldade na escolha dos nomes das personagens. Temos um «Dr. Mário Branco», um Tomás (que aparece em 2 romances) e um «Siza».

A meu ver, os guiões são enviados (possivelmente já traduzidos) para o José Rodrigues dos Santos, apenas corrigir as lacunas (como os nomes das personagens). Não parece que a um mero funcionário da RTP que lê notícias e seja professor na Universidade Nova sobre tempo suficiente para escrever romances com 600 páginas e tão diferentes na abordagem dos temas. Além disso, o próprio José Rodrigues dos Santos nunca fala sobre as suas criações literárias. Deixa um e.mail em cada um dos seus livros que pede ao leitor para deixar uma apreciação. Em vez de falar ou escrever sobre os seus livros, aborda outros assuntos. Em vez da ciência da comunicação ou romance, escreve sobre filosofia política. Provavelmente, JRS não ligou ao dito popular «quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão»... Muito provavelmente, não estava nos guiões que lhe enviaram dos livros, aos quais póe o nome, como autor.

Jorge

http://otempodascerejas2.blogspot.pt/2016/05/chamem-o-112-ele-esta-uma-febre.html
http://observador.pt/opiniao/de-marx-a-mussolini/

OPINIÃO

O espetro

Desde há anos vivemos o regresso da parafernália anticomunista como no tempo de Salazar.
https://www.publico.pt/opiniao/noticia/o-espetro-1733453?frm=opi

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)