terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Chove chuva miudinha, parece que não molha mas encharca

* Victor Nogueira
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1. - Foram-se os primaveris, límpidos e soalheiros dias finais de 2016, embora gélidos,  e vieram com o novo ano o frio trespassante, o céu cinzento e a chuva na vidraça. No quintal agora sem flores crescem nabiças. No fim de semana regressarei ao sul. 

2. - Chove chuva miudinha, parece que não molha mas encharca, e as aves em bando sobrevoam os campos com elegância e aterram em círculos para debicarem no terreno coberto dum verde manto refulgente. Que está lá agora plantado não sei, homem da cidade e da beira-mar que sou. Mais para lá, para leste, alguém tem uma leira de terra onde crescem pencas, isto é, couves, entre outros legumes que a minha ignorância não distingue. Tudo é silêncio, nem ouço aviões sobrevoarem o "meu" espaço aéreo nem o som do suave rolar dos automóveis no empedrado da rua, aproximando-se e logo desaparecendo.
3. - A noite está gélida, o ar parado, o solo com brilhntes espelhos de água. Um dos vizinhos entra em casa, cumprimentamo-nos e continuo a sessão fotográfica às plantes xerófilas que trouxe de casa da Isabel, plantadas num vaso que é o viveiro aguardando que com o tempo peguem de estaca.






o "nabiçal" com o poço, a árvore da borracha, o limoeiro, a tangerineira e a oliveira






o "jardim"



o viveiro de plantas xerófilas


fotos em 2017.01.03

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)