* Victor Nogueira
As capas negras e o fado de Coimbra fazem parte do meu imaginário desde os meus tempos de menino e moço. Em casa, em Luanda, na biblioteca de família o "In illo tempore" de Trindade Coelho tinha um lugar à parte, com alguns outros do mesmo género narrando as "histórias" que envolviam estudantes e futricas, para além de discos com fados de Coimbra, desde António Portugal e Luís Góis a Fernando Machado Soares e José Afonso ou Adriano Correia de Oliveira.
Até 1974 passava por Coimbra entre Lisboa e o Porto, no comboio da Linha do Norte e Coimbra era a Estação de Coimbra B. Em 1969 Coimbra foi um marco na luta dos estudantes contra o fascismo e a guerra colonial.
Em 1974, após o 25 de Abril, estive quase uma semana na cidade, integrado numa delegação da Associação de Estudantes do ISESE num Seminário sobre a Democratização do Ensino, promovido pela Comissão Pró-UNEP (União Nacional dos Estudantes Portugueses).
Depois disso estive lá por várias vezes duas delas cerca duma semana, percorrendo a cidade e os arredores, Mas apenas o centro histórico e o Mondego me encantaram
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)