quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Luanda e Setúbal


postal ilustrado


Setúbal - foto victor noguei



Luanda e Setúbal, a baía e o estuário, o oceano e o rio, as fortalezaras de S. Miguel e de S. Filipe, a Ilha do Cabo e a Península de Tróia, a água e o céu límpido e azulLuanda e Setúbal, a baía e o estuário, o oceano e o rio, as fortalezas de S. Miguel e de S. Filipe, a Ilha do Cabo e a Península de Tróia, a água e o céu límpido e azul

"De Setúbal falei nas linhas anteriores. Mas a cidade de hoje [1997] nada tem a ver com aquela que me encantou, ponto de passagem dum estudante universitário de Angola exilado em Évora a caminho de Lisboa ou do Porto. Setúbal era a Avenida 5 de Outubro, com acácias floridas e as miúdas em bando, era o estuário do Sado visto do Forte de S. Filipe, era o Castelo de Palmela visto de qualquer ponto da cidade tal como o estuário do Sado com a Serra da Arrábida ao fundo. Setúbal era também o enorme paredão ribeirinho cheio de carros ao entardecer ou de pescadores de cana, com o pôr do sol sempre variado espelhado nas núvens ou cintilando nas águas do rio. Setúbal eram as praias, o desejo das praias que se vieram a revelar desagradavelmente frias e de acesso difícil.

As acácias floridas, rubras ou roxas, a luminosidade do ar e o céu azul faziam lembrar Luanda, tal como o Estuário do Sado, visto do Castelo de S. Filipe, assemelhava à Baía de Luanda vista da Fortaleza de S. Miguel, com a península de Tróia confundindo-se com a Ilha do Cabo. "(Notas de Viagem, 1997)


VER TAMBÉM

 Muralhas de Setúbal - Forte de S. Filipe

Sem comentários:

Enviar um comentário

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)