quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Penélope no port-folio de Ulisses v 04

Fotógrafo ambulante desenho de Frank Arbelo
in http://frankarbelo.blogspot.pt/2007/09/fotografo.html


2017

Gostei de ver o teu entusiasmo, de ler-te ontem e imaginei o teu juvenil entusiasmo pelas  ruas da Cidade Aberta, cantando e bailando pelas ruas sem muralhas nem fronteiras, vitoriando a "Liberdade" e mentalmente compus um filme, um quadro épico. (Setúbal, 2017.10.04)

Está pois a musa na clandestinidade e adormecida com o seu sorriso por detrás dos óculos escuros, finas rugas ao canto dos olhos, passo apressado, cabelos quase da cor do trigo em flor esvoaçando com o sopro da leve aragem que varre as ruas da cidade, a ternura dentro dela, triangulando entre Cascais, Lisboa e Setúbal, mas sempre longe de Ítaca e alheia a Helena de Tróia.  (Setúbal, 2017.09.23)

2016
Cheguei e tenho no meu pensar o encanto e sedução da beleza da tua voz e sorriso. Anoiteceu e o frio desceu á terra. Em mim e ao meu olhar em ti nascem as minhas palavras, sonoridades que estiolam no silêncio em que nos envolves e encerras. Como as ondas rendilhadas que alterosas ou não - se perdem e morrem no areal à beira-mar. (Mindelo 2016.08.31)

Tenho saudades de ti, da tua presença, da tua companhia, da tua voz, do teu sorriso e também tenho saudades da ternura que há em ti. (Mindelo, 2016.08.30)


2015
fugaz e não audaz

(…)

Amo o teu sorriso
as finas rugas do teu olhar
o timbre da tua voz
e o que imagino para lá disso.

Mas...  as minhas palavras não ateiam
nem incendeiam a teia.
O silêncio enche a tarde como se fosse areal
na secura dos gestos contidos e das palavas silenciadas.

(…) Paço de Arcos 2015.03.15

2014
1, . A encontrou bem em pé no cais, seu somriso, finos trilhos ao canto dos olhos, a voz rendilhada o envolvendo em todos os poros e cavidades ou interstícios, o repuxando para ela. Como rio correndo para a concha do mar. Os gestos represados eram uma torrente desvirgulada em crisálida e a esperança uma caleidoscópica nave aberta à imensidão dos dias e ao silêncio das noites e ao estralejar dos sentidos, sem muros nem barreiras na cidadela prenhe de desaperturas. (paço de arcos 2014.10.24)

2. - Nesta tarde, apesar da claridade, uma breve neblina cobre o horizonte e a minha memória de ti é nítida: os teus cabelos fulvos esvoaçando ao entardecer, em contra-luz e filigrana, o teu sorriso, o encanto da tua voz como se tágide fosses, as finas rugas do teu olhar, o teu ar de menina e moça, o breve beijo quase sempre ridente e luminoso no princípio e no fim de cada encontro, a ternura que em mim despertas, contida em mim pela tua reserva, o teu breve aceno à partida, a separação cada vez mais um aperto no meu coração. (2014.06.19)

3. –
recordo o teu sorriso
desejo meu de nele mergulhar

Na madrugada que tu és
retenho sempre
as finas rugas do teu olhar
o teu porte e a tua voz doce
ridente e cristalina
de menina e moça
donairosa

Mas ...
face à tua reserva
guardo em mim as palavras ...

… e os gestos

(…)

2014.07.19 setúbal

4. -
aqui o paredão
ali as rochas
o iodo das águas
sem lodo
e
as velas
a dança rítmica
compassada
das ondas
marulhando

ao vento em filigrana
o teu cabelo bailando

ao fundo o bugio
e o teu sorriso planando
finas rugas no teu olhar

o mar

na praia e na rede
o mistério
e
o suave perfume
do corpo apetecido
e do sorriso
riso liberto

quem mora dentro de nós ?

Paço de Arcos 2014.06.10

2013

fotos da mocinha
Olá, Penélope
Estas foram fotos fortuitas. Espero que um dia não tenhas receio que eu te fotografe. Espero que voltes depressa e bem e que nos encontremos antes de ires a Veneza
Bjos mil (22/08/13)

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)