Há um ano regressara eu do Norte, onde está parte da minha família, os Barroso, os Nogueira da Silva e os Castro Ferreira para além de muitas amizades algumas com décadas, .Na minha vida há outras famílias. algumas outras delas perdidas como os Martins e os Gomes Pereira.
Há um ano a minha tia Luísa era viva. Há um ano era viva a minha amiga e confidente de sempre, e que conheceu muitos dos meus amigos e amigas ou colegas de Luanda. de Económicas em Lisboa ou de Évora, que sempre mas recebeu em casa dela, e que se lembram dela como se lembram da minha mãe. que também conheceram.
Há um ano as casas dos meus tios José João e Maria Luísa e da minha tia-avó Esperança eram mais do que a casa dos meus pais.
Há um ano sem que o previsse que seria tão cedo faltavam 72 dias para que me tornasse o único sobrevivente.
Há um ano e umas semanas iniciou-se - após meio século - o processo de Paço de Arcos deixar de ser a minha terra e porto de abrigo, depois de perder Luanda após a independência de Angola e o Porto.na sequência da morte dos meus avós Luís e António.
"Malhas que o Império tece / jaz morto e apodrece / o menino da sua mãe", na terra da gente dum país pequenino com muitas aldeias com teias, peias e tolhida generosidade e abertura. numa compartimentação não na Humanidade mas apenas e contabilísticamente num ultrapassado e sem retorno estádio do clã e sa tribo..
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)