Maria Emília - Porto 1920.01.04 / Setúbal 2013.04.17 - Do livro dos finalistas dos cursos de engenharia (1943) - as quadras contradizem o destino que não quis seguir, mas sim ser uma mulher independente e não uma prendada "fada do lar", apesar de devotada à família e às amizades.
LÁGRIMAS, um dos escritos de Maria Emília, a Milaças
Sonhei com um amor que não vivi
E perdido o encanto de viver,
Mortos os afagos que não senti,
Afundei-me num sombrio abismo.
Lágrimas profundas embaciaram
Meus olhos cansados deste vazio.
Cheios de amargura se ofuscaram
Não visionrando um longínquo clarão.
As lágrimas são alívio da dor,
Também de solidão e tristeza,
Deixando que se perca o calor.
Dum grande amor que não chegou a florir.
As lágrimas secarão por encanto
E meus olhos voltarão a sorrir
Sem comentários:
Enviar um comentário
Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)