para
1.
as palavras que me escreves
bem leves
são bonitas e catitas.
2.
pequeninas e boninas
as sensações que descreves
num enleio que cativa
3.
são sonhos que entretecem
4.
criam laços e abraços
5.
mas ...
as palavras que me escreves
não são para mim
6.
o que nos descreves
são meras efabulações
aflições
jogos de palavras
em vai-vém de sensações
livre de prisões
7.
e lassos se desfazem
os laços
aos baraços
8.
o desejo
sem ensejo
setúbal 2014.10.17
Menina estás à janela
com o beijo recolhido
vem serena, bem singela,
voar, navegar comigo.
Voar, navegar, comigo,
qualquer que seja o tempo
bem para lá do postigo
com um doce passatempo
Com um doce passatempo
de sol, ar, mar e alvura
afastado o contratempo
na verdejante planura.
Na verdejante planura
há um vale, dois outeiros,
e na cisterna a ventura
dum cálido borralheiro.
Dum cálido borralheiro
com bainha de cetim
um mui viçoso canteiro
sem pós de perlimpimpim.
Sem pós de perlimpimpim
vamos lá nós cirandar
com as rosas e jasmim
pelas núvens a cantar.
setúbal 2014.10.17
A Imaginação ao Poder e o Caminho nas próprias mãos? Onde estás Maio de 68 ou Abril de 74, neste Portugal triste, frio e cinzento, quase sempre à espera do Encoberto ou de Pinóquios (F/M) ? (VN)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)