HÁ 1 ANO
13 de outubro de 2018 às 23:13 ·
Dizem que os livros são os nossos melhores e maiores amigos.
Mas os livros não se sentam á nossa beira,
nem tem olhos, nem sorriem
nem nos abraçam,
nem connosco passeiam pela rua, pelo campo.
Nada podemos dar aos livros
senão as letras dos nossos pensamentos
ou um pouco de nós
para que chegue aos outros.
Os livros têm os olhos que nós temos.
E os seus lábios são os nossos lábios.
Porque se os livros tivessem olhos
e lábios e mãos e dedos
seriam talvez pessoas
mas nunca livros.
victor nogueira em évoraburgomedieval em 1969
HÁ 2 e 6 ANOS
13 de outubro de 2017 às 10:34 ·
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* Victor Nogueira - Auto retrato II
[em évoraurgomedieval, no exílio] Hoje é domingo, uma vez mais! O tempo conta‑se pelos domingos, especialmente quando são como este, soalheiros, quentes, e que nos fazem sentir o peso dos 25 anos, praticamente solitários, incomunicáveis, cheios de barreiras entre mim e os outros. Que é daquele tempo em que se cria em alguma coisa, em que se colhiam flores para dar aos entes queridos, cabelos esvoaçantes ao vento? Que é do tempo dos sorrisos, das gargalhadas cristalinas? Que é do tempo deslizando suavemente, das mãos esperançosamente estendidas? O tempo é isto, esta desilusão, este vazio, estas malhas que enredam mais e mais e que angustiosamente procuro afastar. Sou um guerreiro cansado por batalhas inúteis, contra o vento! "Grandes são os desertos e tudo é deserto" ([1])
Como única companhia nesta tarde o José Afonso, melhor, a voz do Zeca Afonso, que sai dos alto‑falantes e enche o quarto, mas não a minha alma, demasiado grande para a minha alma tão pequena. (NSF - 1971.02.28)
(1) - Álvaro de Campos
* Victor Nogueira - No domingo marca o tempo
No domingo é tempo
....................de sorriso
da colheita
cabelos soltos ao vento
da esperança e da minha mão na tua
Entre domingos
tempo da cheia e do vazio
das ilusões florirem ou se perderam na espuma das ondas
.
Ao domingo há tempo
de malhas e de redes
de voos rasteiros ou alti-sonantes
ou não
Perdido no teu olhar
Ao domingo sou um guerreiro cansado por batalhas inúteis
contra o vento
contra o tempo
contra mim
"Grandes são os desertos e tudo é deserto"
Setúbal 2012.01.15
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13 de outubro de 2017 às 01:48 ·
foto victor nogueira - setúbal - estátua e praça de Bocage
HÁ 3 ANOS
13 de outubro de 2016 às 16:58 ·
Foto Victor Nogueira - coreto da Póvoa de Varzim
Outrora no jardim público passeavam-se as famílias, por vezes juntando-se em torno do coreto ouvindo a banda musical, interpretando marchas militares, canções de amor ou peças de música clássica, mais ou menos ligeiras. Évora no seu Jardim Público também tem um coreto, perto do qual há ou havia uma oliveira plantada no termo da Grande Guerra, a primeira, com o desejo que tivesse sido a última. Embora tenha uma foto do eborense coreto in illo tempore, o desta minha foto é na Póvoa de Varzim.
Como fundo musical, a "Banda", de Chico Buarque
https://www.youtube.com/watch?v=WZWcpEgJZAY
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
© 1966
13 de outubro de 2016 às 01:07 ·
foto victor nogueira - setúbal - palácio da comenda, projecto do arquitecto Raúl Lino
HÁ 6 ANOS
13 de outubro de 2013 às 18:50 ·
Foto Victor Nogueira - Lisboa
Manuela Miranda
isto é da porta de uma casa que está esta pintura e o nº 13 e engraçada a pintura Amigo gostei imenso do promenor 13 Obrigada Amigo beijinhos Boa noite ainda tenho 1 ou 2 notas suas por comentar, mas vou fazê-lo <3 p="">
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Judite Faquinha
Victor, que ideia original! Ainda que a porta esteja fechada com tijolo e rebocada com cimento mas o desenho da-lhe um aspecto de vivacidade gostei ... deve ser casa antiga, das muitas que há por Lisboa. Beijocas amigo.
1
Victor Barroso Nogueira
Judite Faquinha Esta foto foi tirada em Alfama, há umas semanas atrás, à noite.
Victor Barroso Nogueira
Manuela Miranda Na altura não reparara no "13" A tua observação e atenção dão um outro significado e valor à foto :-)
1
Judite Faquinha
Obrigada Victor... Alfama é um bairro onde há muita casa antiga, naquelas ruelas muito estreitinhas, parecem um presépio conheço bem. beijocas.
1
Manuela Miranda
e Victor Nogueira Amigo sabia também que era dia 13 nesse dia porque até deram as cerimónias de Fátima eu não vi, mas vi na no Face Que Maria ocupou um lugar no Avião e teve de pagar. hihihihhihi beijinhos
HÁ 8 ANOS
13 de outubro de 2011 às 22:59 ·
O Poeta é um fingidor ? 1. "Tenho dentro de mim a tua imagem e o vazio da tua ausência e do teu silêncio. Bjos com o sabor e a cor que lhes quiseres dar e retribuir. " 2. "um dia tu virás / e seremos um rio ao luar / ave desperta / rosa aberta / no calor do teu olhar" (Victor Nogueira)
HÁ 9 ANOS
13 de outubro de 2010 às 01:09 ·
São horas de arrumar a tenda e meter-me na mala até Vale de Lençóis !
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)