"L'importante c'est la rose", crois moi" dizem Louis Amade e o Principezinho, de Saint-Exupery. E alguém me diz: "As rosas sorriem para ti! E sorrindo elas para mim serão, em memória, um campo da cor do trigo em flor, como na historia d'o Pequeno Príncipe, o Conde Niño?
Portanto a abertura é com as rosas do quintalejo, neste dia cinzento que ameaça ser pluvioso, com um solitário bando de rolas, em cerrada formação, cruzando o campo. Mas não só rosas, também outras flores merecem não ser esquecidas!
A América Latina está em convulsão. Enviam-me um vídeo da multidão entoando "El Pueblo Unido, jamás será vencido!". É o Chile aquele país onde se tentou implantar o socialismo por meios pacíficos, através de processos eleitorais "democráticos". E a América Latina aquele subcontinente que o Tio Sam considera o seu qintalejo privativo, organizando intervenções militares, golpes de Estado, massacres e assassinatos contra Governos e pessoas que ousem tentar pôr causa os interesses capitalistas norte-americanos. É o Chile aqueke país onde se instaurou uma feroz ditadura militar em benefício do gramde capital estado-unidense, e sobre o qual Kissinger afirmava:
"Não vejo porque precisamos ficar parados e assistir um país tornar-se comunista por causa da irresponsabilidade do seu povo. As questões são muito importantes para deixarmos os eleitores chilenos decidirem por si mesmos."
- Sobre o apoio dos EUA ao golpe que derrubou Salvador Allende, presidente democraticamente eleito do Chile, em 11 de setembro de 1973.
Inti Illimani - "El pueblo unido jamás será vencido" - Chile 2019
El pueblo unido jamás será vencido é uma canção com música de Sergio Ortega e texto do grupo Quilapayún, compota em junho de 1973, para o Governo de Unidade Popular liderado por Salvador Allende.
O "fantasma" de Kissinger assombrou Portugal e a "Revolução dos Cravos", que deveria ser "estancada" se necessário com um banho de sangue para servir de vacina na Europa. Em alternativa Kissinger acabou por apoiar o "Grupo dos Nove" e o PS de Soares, que chegou a defender a intervenção estrangeira para esmagar o que ele dizia ser a "Comuna de Lisboa" [e Setúbal]
No vídeo acima os manifestantes no Chile entoam "O Povo unido, jamais será vencido". Mas, apesar de a cantiga (poder) ser uma arma, a verdade é que em Portugal a contra-revoluçao liderada por Mário Soares venceu. Esta foi uma das canções muito entoadas após o 25 de Abril, seguindo-se as versões de Luís Cila e de Ary dos Santos.
1974 - Luís Cília - "O povo unido jamais será vencido"
El Pueblo Unido Jamás Será Vencido - Sérgio Ortega e Grupo Quilapayún
El pueblo unido, jamás será vencido,
El pueblo unido jamás será vencido...
De pie, cantar
Que vamos a triunfar.
Avanzan ya
Banderas de unidad.
Y tú vendrás
Marchando junto a mí
Y así verás
Tu canto y tu bandera florecer,
La luz
De un rojo amanecer
Anuncia ya
La vida que vendrá.
De pie, luchar
El pueblo va a triunfar.
Será mejor
La vida que vendrá
A conquistar
Nuestra felicidad
Y en un clamor
Mil voces de combate se alzarán
Dirán
Canción de libertad
Con decisión
La patria vencerá.
Y ahora el pueblo
Que se alza en la lucha
Con voz de gigante
Gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido,
El pueblo unido jamás será vencido...
La patria está
Forjando la unidad
De norte a sur
Se movilizará
Desde el salar
Ardiente y mineral
Al bosque austral
Unidos en la lucha y el trabajo
Irán
La patria cubrirán,
Su paso ya
Anuncia el porvenir.
De pie, cantar
El pueblo va a triunfar
Millones ya,
Imponen la verdad,
De acero son
Ardiente batallón
Sus manos van
Llevando la justicia y la razón
Mujer
Con fuego y con valor
Ya estás aquí
Junto al trabajador.
El Pueblo Unido Jamás Será Vencido - Sérgio Ortega e Grupo Quilapayún
El pueblo unido, jamás será vencido,
El pueblo unido jamás será vencido...
De pie, cantar
Que vamos a triunfar.
Avanzan ya
Banderas de unidad.
Y tú vendrás
Marchando junto a mí
Y así verás
Tu canto y tu bandera florecer,
La luz
De un rojo amanecer
Anuncia ya
La vida que vendrá.
De pie, luchar
El pueblo va a triunfar.
Será mejor
La vida que vendrá
A conquistar
Nuestra felicidad
Y en un clamor
Mil voces de combate se alzarán
Dirán
Canción de libertad
Con decisión
La patria vencerá.
Y ahora el pueblo
Que se alza en la lucha
Con voz de gigante
Gritando: ¡adelante!
El pueblo unido, jamás será vencido,
El pueblo unido jamás será vencido...
La patria está
Forjando la unidad
De norte a sur
Se movilizará
Desde el salar
Ardiente y mineral
Al bosque austral
Unidos en la lucha y el trabajo
Irán
La patria cubrirán,
Su paso ya
Anuncia el porvenir.
De pie, cantar
El pueblo va a triunfar
Millones ya,
Imponen la verdad,
De acero son
Ardiente batallón
Sus manos van
Llevando la justicia y la razón
Mujer
Con fuego y con valor
Ya estás aquí
Junto al trabajador.
"Portugal Ressuscitado " - 1977 - 25 Canções de Abril
Portugal Ressuscitado
José Carlos Ary dos Santos
Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.
Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.
Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.da camioneta dos "monos".
Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido.
As arrumações prosseguem, com a ajuda do vizinho Paulo. O mobiliário está colocado nos sítios, podendo agora começar a arrumar-se a roupa, os livros, os dvd's, os discos de vinil, e os cd's de música. Uffa! No quintal está o que espera a passagem da camioneta dos "monos", depois de contactar a Junta de Freguesia.
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)