E esta, hein?, como diria o Fernando Pessa. A minha estimada antiga vizinha na Praia do Bispo publica algumas com piada!
Agora é que percebi a canção: «veija-me./ veija-me muito.», quando os lábios e os olhos em transe se confundem e se metem as mãos pelos pés. Sim essa celebérrima canção de 1940, escrita pela então adolescente Consuelo Velásquez, ainda eu não era nascido, interpretada por cantores de todo o mundo. Está pois desvendado o verdadeiro significado de "Besa-me mucho", a seguir interpretada por Cesária Évora.
´Cesária Évora - "Besa-me mucho"
O nevoeiro e a chuva desceram ao povoado, cobrido tudo de melancolia. Apesar disso, as rosas continuam viçosas, enquanto de quando em quando velozes bandos de rolas sobrevoam os campos e a chuva tamborila no cimento, como delicadas pedrinhas.
O jardim é um espaço com ar um tanto ou quanto selvático, para lá dos frutos que se vão desenvolvendo no limoeiro e na tangerineira. enquanto na horta crescem nabiças.
Com ajuda do Paulo os livros já estão colocados nas prateleiras, faltando a tarefa fastidiosa de ordená-los. Com o quarto da frente desimpedido, resta arrumar o do meio e a cozinha. A noite caíu e fica, de Paul Verlaine, a "Chanson d’automne".
Charles Trenet - "Chanson d'automne"
Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon coeur
D’une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure;
Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà
Pareil à la
Feuille morte.
Imagens captadas em 2019.10.30
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)