Os dias estão cinzentonhos, chviscosos, desagradavelmente frios e duma húmidade pegajosa que se nos entranha no corpo, pouco convidativos a longas passeatas ao ar livre.
Ontem era para ir à praia mas fiquei-me por breves passagens pela padaria, para comprar pão, defronte do "pomposo" e quase vazio de lojas que é o Centro Comercial do Mindelo, e mais para baixo, a caminho da Ponta da Gafa, passo pelo Supermercado da Portela, com mais variedade de produtos que os minicentros comercias que bordejam a Rua da Praia.
Na generalidade as pessoas são simpáticas, mas na padaria junta-se por vezes o mulherio a pôr a conversa em dia, e a reverberação das falas nas paredes e o tom elevado ou alto das vozes são por vezes incomodativos.
Outrora aviava-me no Supermercado da Portela, que entretanto trocara pelo Mini-Preço (agora Meu Super, da rede Modelo/Continente) tendo entretanto aberto um novo Mini-Preço defronte, onde ainda não entrei, estes na chamada "recta do Mindelo", troço da EN 13 que liga esta freguesia a Vila do Conde. Mas o atendimento no da Portela é mais "personalizado", como se fosse uma das antigas mercearias de bairro, e insistem para me levarem os sacos do avio até ao Fiesta, como aliás me sucedia na Loja das Frutas, em Paço de Arcos.
Face à chuvscosidade do dia desisti de ir até à praia, regressando a penates
No quintal crescem as nabiças e no limoeiro ainda medram limões, a caminho da maturação, tal como sucede na tangerineira. A geada deu cabo de parte da horta, diz-me a vizinha Amélia, mas mesmo assim ainda me recolheu abóboras, curgetes, cebolas, tomate cereja, couve roxa e couve galega, para lá de hortelã.
O jardim, este ano já não está florido como nos anteriores; dois ou três tímidos jarros brancos, hortenses em fartura, alguns renques com flores pequenas cuja denominação desconheço, e rosas, algumas cor de rosa avinhada, outras, a maioria, amarelas, a cujo abertura vou assistindo quotidianamente, desde o pequeno botão até ao completo desabrochar que precede o seu fenecer. É um jardim com um ar um tanto ou quanto "selvagem"!
Durante o dia não choveu, e apesar da brisa desagradável e do cinzentismo neblinado, fui à vizinha freguesia de Árvore, à farmácia, pois há muito a do Mindelo encerrou, já me esqueci do motivo. Feitio o avio, sigo até à praia pela larga avenida ladeada de vivendas com enormes jardins, Ao contrárro da do Mindelo, a de Árvore não é rochosa nem tão bonita. Finda a estação estival, todas as praias a sul de Vila do Conde e até Leça da Palmeira e talvez mesmo Matosinhos, estão quase desertas com inúmeros lugares para estacionar.
Entre a faina agrícola e a jardinagem
Na praia de Árvore
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)