terça-feira, 21 de janeiro de 2020

as núvens e as cortinas

* Victor Nogueira

No mundo há um eixo do mal, diz a comunicação social nas mãos dos donos disto tudo: Coreia do Norte, Cuba, Irão, Venezuela, Rússia, China ... E um eixo da bem-aventurança. States, Israel, Arábia Saudita, União Europeia e tutti quanti.

E diz a comunicação social nas mãos dos donos disto tudo que há um país de governantes corruptos, Angola. A “jóia da coroa” , depois do Brasil, no império colonial português.

E agora lançam-se como cães a um osso a Isabel dos Santos.

E enquanto lançam cortinas de fumo e areia, esquecem sepulcralmente as negociatas com a UNITA e os diamantes e presas de elefantes e a guerra civil angolana que apadrinharam, para dividir angola na sequência duma guerra colonial ou de resistência e libertação cujo resultado não aceitaram.

E não falam dos banqueiros portugueses, todos pessoas de bem, excelsos gestores impolutos, avalizados pelo BdP e pelos testes da "troika" FMI/BM/CE. Nem das fortunas feitas ou refeitas com a ruinosa privatização do Sector Empresarial do Estado, nem das trafulhices na utilização dos Fundos Europeus e nas empreitadas de obras públicas ou nas parcerias público-privadas. Todos eles especialistas na fuga aos impostos e peritos em offshores.


Esses andam por aí, gozando dos rendimentos, sem que lhes cortem as vazas. Nem aos políticos e partidos que lhes favoreceram as negociatas e de que foram meros "facilitadores", melhor ou pior remunerados pelos donos disto tudo.

Em Portugal, na União Europeia, nos States ... Não há corrupção. Nem corruptos ou, sobretudo, corruptores, estes sim, os verdadeiros beneficiados. donos disto uudo

The show must go on.
It's all buasiness
it's all good fellas

Quando ainda estudava no Salvador Correia, em Luanda, li um estudo em que se afirmava que dadas as suas riquezas e potencialidades Angola seria um grande país no futuro, com liderança mundial. Esta é a grande tragédia de Angola, a sua enorme riqueza e potencialidades. Porque ninguém fala nos restantes territórios do antigo império colonial português.

As “jóias da coroa”, o Brasil e depois Angola, de economia outrora baseada no tráfico esclavagista e no trabalho forçado, que se tornaram países independentes, estão atravessadas na garganta de muita gente.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)