* Victor Nogueira
Foto de família - Em Luanda, na Praia do Bispo. Durante algum tempo a garagem foi o Gabinete de Engenharia do meu pai, até mudá-lo para um arranha-céus na Marginal de Luanda. Depois passou a albergar a biblioteca paterna (a minha, na altura muito mais reduzida, estava parcialmente no meu quarto).
Simultaneamente era a sala da música (nela estavam a discoteca de vinil, o pickup (gira-discos) e os gravadores paternos e as bobines que gravávamos, para além do rádio que se vê na foto.
Era também o meu salão de estudo, com parte da minha biblioteca na estante por detrás do estirador, a minha mesa de trabalho. No estirador em 1º plano o comboio eléctrico Marklin e a "cidade", com as casa, os serviços públicos, as viaturas automóveis e peões, da "Lego" e da Matchbox". A maioria das casas eram construções de armar em cartolina que pacientemente o meu tio José João montava.
A minhas biblioteca e ludoteca ficaram em Luanda, creio que como "vingançazinha" do meu pai. Contudo alguns dos livros que eu mais estimava, o comboio, e as miniaturas de automóveis (Matchbox) e da "Lego" salvaram-se porque as tinha trazido anteriormente comigo. Tal como os álbuns de cromos, que desapareceram pois a Celeste levou-os para a Escola do Magistério Primário de Évora onde ambos leccionávamos, para mostrar aos alunos, tendo desaparecido entretanto.
Para além dos brinquedos que lá ficaram e que hoje valeriam algum dinheiro, também lá ficou a minha enorme colecção de revistas de banda desenhada (histórias aos quadrinhos, como lá se dizia) editada em Portugal, Brasil (os "Gibis") e França.,
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)