sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

em Fátima, nas Férias Grandes de 1963

* Victor Nogueira




foto victor nogueira - em Fátima, nas Férias Grandes de 1963

[EM MONTE REAL] De manhã nada fiz. À tarde fomos todos a Fátima e à Batalha. (…) 

De manhã tinha dito à Lili e à tia Esperança que tal achavam um passeio à Batalha. Falaram com o avô Luís e depois de almoço lá fomos. A caminho de Leiria resolveu-se ir primeiro a Fátima. Passámos por Leiria, que é bastante acidentado, com um pitoresco castelo no monte. 

Em Fátima vi moinhos de vento. O Santuário é qualquer coisa de magnificente. Estive lá em 1949/50, mas só me lembro do chão muito enlameado e duma casa, que talvez fosse da Capelinha das Aparições. (1)

A Igreja é enorme e bonita. Vi o órgão que é um dos melhores se não um dos melhores da Europa. Também vi a azinheira da Virgem. Só conhecia Fátima das transmissões directas da RTP. (...) 

De Fátima fomos à Batalha, ver o Mosteiro (Diário III 1963.09.02)
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(1)  Da estadia em Portugal EM '49 / ' 50 lembro-me apenas dalgumas cenas em casa dos meus avós paternos, no 44 da Travessa da Carvalhosa, e duma ida a Fátima, enlameada, em dia de chuva com imensos peregrinos, arrastando-se de joelhos, e duma torneira na berma do caminho, a pingar água.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)