* Victor Nogueira
foto jj castro ferreira - Em Luanda, na Praia do Bispo. Umas vezes íamos almoçar ou jantar ao Hotel Paris, outras vezes o empregado ia lá buscar a refeição num terno (tachos empilhados uns em cima dos outros e seguros por uma alça, com pega): sopa, carne, peixe e sobremesa.. Outras vezes a refeição era preparada em casa, ou pelo empregado, ou pela minha mãe, neste caso durante as férias escolares. Mas a minha mãe nunca apreciou as lides domésticas ou ser a "fada do lar" . Mas quase sempre era ela que fazia os consertos domésticos e dos electro-domésticos.
Em casa e devido ao calor normalmente comíamos no quintal, debaixo dum telheiro. Quando chovia as refeições eram tomadas dentro de casa, se necessario.
Houve um tempo que tivemos uma cozinheira, já idosa, a senhora Ana de Jesus, natural da Guarda.
Excepcionalmente o meu pai não está a ler o jornal,o que fazia habitualmente às refeições. Por vezes eu insurgia-me, reclamando que ele não estava a escutar o que eu dizia. Ele interrompia a leitura, punha o dedo no local em que parara, repetia o que eu tinha estado a falar e recomeçava a leitura.
Victor
Barroso Nogueira Não. Vivíamos bem,
numa casa do Estado, num bairro para funcionários públicos, e ambos os pais trabalhavam LOL Nenhum vivia de
rendimentos ou de trabalho alheio
Alexandrina
Silva Burguês., com sentimentos bons
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)