sexta-feira, 14 de agosto de 2020

porto e ponte da arrábida

* Victor Nogueira

foto victor nogueira - porto e ponte da arrábida, sobre o rio douro, vistos de vila nova de gaia, em 2015. Esta ponte (nessa época o maior arco de betão armado do mundo) é da autoria do engº Edgar Cardoso, tal como a de S. João (ferroviária). 

Em 1963 estava eu a estudar no Porto e à inauguração da Ponte da Arrábida faço referência no meu diário de então..

"O Presidente da República, Américo Tomás veio ao Porto inaugurar a  Ponte da Arrábida (1963.06.22/23 - Diário III)

À tarde fomos, o avô Luís e família, à Ponte da Arrábida, tendo percorrido a auto-estrada. Em seguida fomos ao Palácio [de Cristal] onde jantámos. Escusado será dizer que andei nos automóveis eléctricos. Andei também nos barcos do lago. A princípio não sabia guiar aquilo, mas... aprender até morrer! (Diário III - 1963.06.30)"

Esta auto-estrada cobria então a fenomenal distância de .. cinco km, entre o Porto e os Carvalhos, situação que se manteve durante largos anos.  Aliás, à saída de Lisboa pouco maior distância cobria, sendo as centenas de km entre ambos os troços suprida pela ronceira EN !.

Na zona do Porto é o rio Douro atravessado por seis pontes: D. Maria e D. Luís (ambas do séc XIX e arquitectura do ferro), Arrábida, S. João, Freixo e Infante (D. Henrique). Restam ainda os pilares da antiga ponte pênsil, na Ribeira, e a memória do desastre da Ponte das Barcas  ocorrido durante uma das invasões francesas, desastre em que teriam morrido ccerca de 4 mil pessoas que fugiam aos exércitos napoleónicos. Dizem que Luísa Todi, cantora lírica setubalense teria perdido as suas jóias, o que não teria impedido o general francês Soult de lhe dar protecção, pois Todi era célebre nos palcos selectos europeus da época.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)