quarta-feira, 6 de abril de 2022

Participantes em Conferência Internacional divergem sobre a situação na Ucrânia

 * Victor Nogueira


O TÍTULO DUMA "PEÇA JORNALÍSTICA" QUE SE PRETENDA "ISENTA", SERIA, POR EXEMPLO, "Participantes em Conferência Internacional divergem sobre a situação na Ucrânia"

O evento não era um comício ou sessão de propaganda. O evento era um debate, com assistência, subordinado ao tema: "A Ordem Internacional em Mutação : A Guerra na Ucrânia".  Não era um comício ou sessão de propaganda. Segundo o tema, o que se pretenderia debater seria até que ponto os acontecimentos na Ucrânia, na sequência de outros similares, marcariam  uma mudança na fundamentação das relações internacionais.

Mas o Expresso inquina a questão.  PORQUE EM TÍTULO GARRAFAL PARANGONA: “Professores da Faculdade de Direito arrasam teses de ex-espião pró-russo sobre a "guerra" na Ucrânia»

Quase como nota de rodapé, o Expresso informa que Alexandre Guerreiro é também docente doutorado pela e na referida Faculdade, cuja tese de doutoramento, com 800 páginas, versando questões de Direito Internacional, obteve "aprovação com distinção e unanimidade".

E é na sequência do que expõe na referida tese de doutoramento que o Professor Doutor Alexandre Guerreiro fundamenta as suas intervenções.

Mas o que na verdade interessa ao Expresso não é a “verdade” de não haver “verdade”, mas sim posições contraditórias e "doutrinais" sobre a questão na Ucrânia, com fundamentação na jurisprudência e no Direito Internacional.  

Tomando partido, o Expresso, em consonância com a generalidade da comunicação social portuguesa, apresenta o Professor Doutor Alexandre Guerreiro como um ex-espião pró russo, que até teria ido a Moscovo “aconselhar” Putin.

É verdade que Alexandre Guerreiro já foi “expião”, não da Rússia, mas sim dos serviços de espionagem … portugueses. A talhe de foice: a Rússia desde Gorbatchov / Ieltsin  até ao presente, com Putin, é um estado capitalista.


Mais relata o Expresso que «"A ILEGALIDADE DESTA INVASÃO É BRUTAL", APONTOU NUNO ROGEIRO, acrescentando «Mas o grande embate (embora indireto) acabou por ser com Nuno Rogeiro, o primeiro a intervir na conferência, mas que se ausentou da sala sempre que Alexandre Guerreiro interveio »

.

Isto é, acreditando no Expresso, Nuno Rogeiro, na plateia, não esteve presente para debater e para argumentar e contra-argumentar. Nuno Rogeiro, opinador e forma(ta)dor da opinião pública em órgãos de comunicação social escrita e televisiva, teria estado presente apenas como agente provocatório, indigno de qualquer credibilidade.

Neste circo/círculo de caça ás bruxas no coliseu das redes sociais e da comunicação social portuguesa, seria interessante esclarecer se entre os docentes especialistas em Direito Internacional que divergem, em contradição com as teses do Professor Doutor Alexandre Guerreiro, não há docentes especialistas em Direito Internacional que tenham ido a Moscovo ou a Bruxelas, neste último caso para “aconselhar” o Secretário Geral da NATO. Sem esquecer hipotéticas idas a Kiev, para “aconselhar" Zelensky.

E havendo, tais docentes seriam designados como pró Biden / Stoltenberg?

Isso sim, seria jornalismo, em consonância com o código deontológico dos jornalistas. -espião pró-russo sobre a "guerra" na Ucrânia.

Professores da Faculdade de Direito arrasam teses de ex-expião pró-russo sobra a guerra" na Ucrânia

2022 04 06

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)