* Victor Nogueira
O motorista não disse que recusava o serviço por ter a Amadora como destino ou invocando a cor da pele do cliente. Verdadeira ou falsa, deu outra justificação. Para lá desta, tudo é mera especulação. Mas levanta-se um outro problema: poderia o "lesado" ter filmado o motorista sem prévia anuência deste? O "lesado" não terá pedido autorização nem o motorista reclamou, diz a articulista. Considerando que o "lesado" fez a gravação, poderia ser admitida como meio de prova e denúncia, visto que o fez sem autorização expressa do visado? E em qualquer caso, poderia o "lesado" divulgar e partilhar o vídeo, designadamente nas redes sociais? Ao fazê-lo, não desrespeitou o direito á imagem do taxista, protegido pelo n.º 1 do art.º 26º da Constituição da República Portuguesa e legislação complementar?
MB - VN, ao usar aspas sempre que se refere ao lesado, não está a vilipendiar o lesado no seu direito à indignação? Porque não usar aspas também quando se refere ao motorista que prestou um péssimo serviço como "profissional", para dizer o mínimo
Vilipendiar porquê? A articulista descreve uma situação particular, identificando o reclamante que partilhou um vídeo nas redes sociais, que não vi, mas permitiria a identificação do taxista. Pronuncio-me baseado apenas na informação publicitada no artigo. O que é relevante é o “caso”, abstractamente considerado, i.e., os fundamentos objectivados da recusa de prestação dum serviço por um taxista e as implicações de ser filmado, com ou sem o seu consentimento deste, e o facto de quem filmou publicar o filme nas redes sociais! Ambos têm direitos e deveres! A articulista, jurista, toma partido com fundamento em meras presunções e não sobre a matéria de facto. O taxista não é identificado no artigo, ao contrário do “lesado”. Pedagogicamente limitei-me a não identificar este.
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2010 11 28 - Está sol e em Luanda sol significa calor. Mas ao fim de 44 anos num país estrangeiro para mim, ainda não me habituei: estar sol com céu azul e brilhante rima também com frio gélido! Malhas que o Império tece, jaz morto e apodrece o menino de sua mãe !
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)