domingo, 4 de dezembro de 2022

Textos em dezembro 04

 * Victor Nogueira

2019 12 04 - quatro poemas de antónio reis


Chamaste António
e eu não senti
não tem som
o nome
se outra voz ouvi
Que tenho
Estou longe
e estou perto de ti.

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Ah
um
som
qualquer
na toalha branca
no vinho na água
na colher.

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163.

Sei
ao chegar a casa
qual de nós
voltou primeiro do emprego

Tu
se o ar é fresco

eu
se deixo de respirar
subitamente

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27
Conheço
entre todas
a jarra que enfeitaste

têm o jeito
com que compões o cabelo
as flores
que tocaste




2018 12 04 Luanda, 1951 - Naqueles tempos, as crianças em Luanda usavam calções e suspensórios e só no final da adolescência mudavam para calças compridas e cinto, como os adultos. Mas eu estivera em Portugal em 1949/50 e no inverno, no Porto, usava calças, como as da foto, que depois o meu irmão "herdou". Mas foi "sol" que durou apenas o tempo de vida das calças.

A minha mãe impunha-nos dois tipos de vestimenta enquanto crianças: a roupa nova, de sair à rua, que tínhamos de mudar quando chegávamos a casa, "tirania" que terminou na nossa adolescência. Assim, o meu irmão "herdava" a minha roupa (quase) nova, que podia vestir à vontade, pois já era .... usada. Enfim ...


2013 12 04 - Victor Nogueira (texto) -  setúbal 1985.07.15

Há mais vida para além do inFaceLock e amizades não virtuais - as que interessam, multi-sensoriais - para lá dele

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2012 12 04 - ROMANCE DEL MORO QUE PERDIO ALHAMA


Paseábase el rey moro por la ciudad de Granada,
desde la puerta de Elvira, hasta la de Vibarrambla.
Cartas le fueron venidas de que Alhama era ganada,
las cartas echó en el fuego, y al mensajero matara.
Descabalga de una mula y en un caballo cabalga;
por el Zacatín arriba, subido se había al Alhambra.
Desque en el Alhambraestuvo, al mismo punto mandara
que se toquen sus trompetas, sus añafiles de plata;
y que las cajas de guerra, apriesa toquen el arma
porque lo oigan los moros, los de la Vega y Granada.
Los moros que al son oyeron, que al sangriento Marte llama,
uno a uno y dos a dos, juntado se ha gran campaña.
Allí habló un moro viejo, de esta manera hablara:
<que cristianos de braveza ya nos han ganado Alhama.>>
Allí hablo un alfaquí de barba crecida y cana:
<Mataste los Bencerrajes, que eran la flor de Granada.
Cogiste los Tornadizos de Córdoba la nombrada.
Por eso mereces, Rey una pena muy doblada.
Que te pierdas tú y el reino y que se pierda Granada.


"Paseabase el rey moro" is a ballad that Perez de Hita (1544-1619) considered to be a translation from Arabic; he tells the following tale: "The Count of Tendilla felt obliged to prohibit this ballad because it stirred up the populace to such a degree as to disturb the peace and make it necessary to resort to armas in order to stifle the mutinies of the Moriscos." The events deal with the capture of Alhama in 1482; The Count of Tendilla was the governor who remained in the Alhambra after the caputre of Granada ten years later.


2010 12 04 - Em tempo - Merckl nada manda, obedece. E enquanto batemos nos farsantes os mandantes continuam na sombra. Mudam as moscas, mas o que é preciso é desmascarar os donos da voz e apeá-los da banca da usura. Para bem da Humanidade, pois sub-humanos é o que eles sempre foram, são e continuarão a sê-lo, enquanto não forem corridos de vez !!

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)