* Victor Nogueira
2022 12 05 - Que gelo gelidamente gélido! Ontem de manhã choveu copiosamente e o frio enregelava. Á tarde o tempo amainou e deu para sair. Mas hoje, sem chuva, voltou a nortada polar, apesar do céu se ter mantido azul, entremeado de nuvens brancas. Todas as enferrujadas juntas esqueléticas protestam, incluindo os joelhos, as mãos e a ponta do nariz!
No campo das traseiras, depois da chuva que tem ensopado a terra acastanhada, esta agora está coberta dum viçoso manto verde. No quintal a vizinha Amélia podou as plantas, ali a monte, em restolho, á espera de serem transportadas para o apropriado contentor, ali no cotovelo que marca o fim da rua. Renascerão e florirão as plantas daqui a uns meses, com a Primavera! Carregados de limões e tangerinas estão as árvores, os frutos coloridos cambiando do verde até ao amarelo!
2022 12 05 - Pontes (40) - Vila do Conde vista de Azurara
Nos tempos medievais Azurara terá sido mais importante que Vila do Conde, pois não estava sujeita ao entrave que era o senhorio do Convento de Santa Clara A burguesia vila-condense, ligada ao tráfego marítimo, ao comércio com o ultramar e á construção naval logrou autonomizar-se, mas o poderio das freiras impediu durante séculos a construção duma ponte que ligasse as duas povoações, pois era rendimento seu o imposto sobre as barcas que asseguravam o trânsito entre as duas margens.
Este obstáculo apenas foi superado na sequência das revoluções liberais do século XIX e a consequente extinção das ordens religiosas, que marcou uma nova etapa no desenvolvimento de Vila do Conde em detrimento de Azurara. .
Dois templos religiosos marcam a afirmação simbólica das duas classes que então se defrontavam: o medieval Convento de Santa Clara (1318), onde professavam as filhas da Alta Nobreza, dominando a área circundante na colina onde se situara o castelo, e a Capela de Nossa Senhora do Socorro (1598 / 1603), numa elevação a cota mais baixa mas dominando a vila da burguesia e os estaleiros navais.
Em qualquer dos templos repousam os respectivos fundadores, em memória perpétua. Na Igreja do Convento estão Afonso Sanches (filho bastardo do rei D. Dinis) e Teresa Martins, sua esposa) entre outros nomes ligados á alta nobreza. Na capela do Socorro encontram-se os túmulos de Gaspar Manuel, "piloto-mor da carreira da Índia, China e Japão que custeou as obras" , e de sua esposa, Bárbara Ferreira d’Almeida.
2022 12 05 - Foto victor nogueira - Vila do Conde e Capela de N. Sra. do Socorro, ao pôr-do-sol, vistas de Azurara. Em 1º plano a marina, no Rio Ave. (IMG_1206)
Parece mas não é uma cidade islâmica, do norte de África, p. ex. A cúpula pertence a um templo cristão, mandado erguer por um piloto da carreira da Índia. A sua arquitectura, sincrética, foi influenciada pelos contactos deste com novos/outros Mundos, os de Ásia, e outras religiões, como a maometana, estando uma das suas capelas virada a Meca.
2022 12 05 - A normalização da (a)normalidade. As grandes parangonas são resultante de queixas do Chega, de Ventura, que se lamentou por ser discriminado por Ricardo Araújo Pereira no seu programa humorístico, em plena campanha eleitoral. Um ano depois, a ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social deu-lhe razão, deveria ter sido convidado para o programa "Isto é gozar com quem trabalha" e por isso a SIC deve compensar o Chega, embora reconheça que aquele não é um programa de informação mas de entretenimento, nao abrangido pela Lei Eleitoral.
Não diz nem esclarece como deve ser feita a compensação, mas acautelem-se: em períodos eleitorais, devem dar antenas a todos os partidos, seja qual for o programa? É verdade que no dia a dia da comunicação social há partidos e correntes políticas trazidos ao colo, com especial relevo para o Chega e seu líder, enquanto outros são discriminados negativamente, incluindo a deturpação dos seus programas e posições políticas, como está estatisticamente comprovadíssimo.
Mas isso não preocupa a ERC. Não se metam com o Chega de Ventura, compensado ad nauseam! Como agora, com esta "sugestão" ou "recomendação", no mínimo dos mínimos, abstrusa. Pode pois a ERCC voltar para a soneca dos justos!77
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Que diz a ERC segundo noticia a comunicação social? « “a necessidade de compensar, se necessário, na restante programação, os desequilíbrios gerados num determinado programa em matéria de igualdade de oportunidades e de tratamento das diversas candidaturas, assegurando o pluralismo político-partidário nas suas emissões”, tal como está consagrado na Constituição.
A deliberação lembra que num programa em que a política se cruza com o entretenimento, “em que os candidatos convidados para o programa beneficiam de grande visibilidade para apresentar os seus programas eleitorais, convicções e personalidade, a escolha de determinados entrevistados, com a exclusão de outros, deve ser objeto de especial ponderação, de modo a respeitar os princípios que enformam a atividade dos órgãos de comunicação social durante o período eleitoral”.
2019 12 05 Smile
Sorria!
Diga bom dia, com alegria, boa tarde, sem alarde, boa noite, sem açoite!
E Viva a Vida, com Humor, Amor, Alegría e Fantasia.
Sem esquecer alguns trocos para os gastos.
Cabeça na Lua e pés na Terra e a bissectriz entre a Razão e o Coração.
Diga bom dia, com alegria, boa tarde, sem alarde, boa noite, sem açoite!
E Viva a Vida, com Humor, Amor, Alegría e Fantasia.
Sem esquecer alguns trocos para os gastos.
Cabeça na Lua e pés na Terra e a bissectriz entre a Razão e o Coração.
O Meu Álbum de Selos 2017 – Viagem de um Colecionador
Maria Inês de Almeida & Micky
Editora: Clube do Coleccionador dos Correios
Este ano, a coleccção de “O Meu Álbum de Selos” apresenta-se com um novo design e uma nova dinâmica transmitida pelas fantásticas ilustrações de Micky, que só por si contam uma história que acompanha a narrativa de Maria Inês de Almeida.
2016 12 05 foto victor nogueira - um domingo soalheiro e primaveril. No Porto, o homem das castanhas, no cruzamento da Rua Formosa com a Rua de Santa Catarina, no breve instante após a abertura do verde no semáforo.
Ficam na voz de Carlos do Carmo o poema de Ary dos Santos - O Homem das Castanhas - e as imagens de Coimbra que ilustram o vídeo.
Carlos do Carmo : O homem das castanhas
Música: Paulo de Carvalho Letra: Ary dos Santos
Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.
É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.
A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.
2014 12 05 A resposta ao desafio implica que sejam 9 fotos e 3 a 9 convites. É obra para um céptico como eu. Pois a Isabel Reis faz o convite: publicação duma fotografia por dia e durante 3 dias, enviando 3 convites em cada uma para que façam o mesmo. E nesta fornada as nomeações vão para .... Francisco Lanes Bellizzi, Eduardo Martins e Ana Sofia Pereira
foto victor nogueira - setúbal - crianças do bairro azul (belavista) - gosto imenso desta foto, "congelando" um momento - o da fixação na objectiva e a "protecção" ao miúdo central. Nas minhas deambulações fotográficas há pessoas - sobretudo crianças - que me pedem para fotografá-las, algumas dando-me o endereço para que as recebam posteriormente, embora nunca tenham acusado a recepção. Outras, sobretudo os adultos, querem apenas ser fotografadas, apenas por esse motivo, como se a foto significasse que de alguma maneira e deste modo delas ficaria testemunho da sua passagem na terra.
2013 12 05 Foto Victor Nogueira - setúbal - a sombra do neto francisco no baloiço, num parque infantil
Maria João De Sousa
... uma sombra que baloiça 🙂 E quem não gosta de um baloiço? Obrigada, Victor Nogueira!
10 ano(s)
Fatima Mourão
(Y)
10 ano(s)
Laura Rijo
Obrigada, e boa noite!!
10 ano(s)
Judite Faquinha
Victor, eu sempre adorei baloiço, e tive um muitos anos numa ALELUIA que tinha em frente da minha porta, no campo claro... como fui sempre tonta já era casada e ainda pela noite ia andar de baloiço, e o meu marido, me dizia não tens mesmo juízo... enfim a costela de criança que mora dentro de nós, a foto está linda com as tuas sombras. Beijokinhas.
10 ano(s)
Graça Maria Teixeira Pinto
Aquele poema do Mário Cesariny, "As sombras têm exaustiva vida própria..."
10 ano(s)
Ana Maria Madail
Maravilhoso.. Gostei muito..
10 ano(s)
Luisa Neves
Bela foto. ❤
9 ano(s)
Alice Coelho
Amei!!!!!!!! 😘
9 ano(s)
Maria Rodrigues
❤
9 ano(s)
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2013 12 05 - Setúbal vista aérea do Forte de S. Filipe
Mas este Forte, construído durante a ocupação castelhana, tinha uma característica inabitual neste tipo de fortificações - ser ameaçador na parte voltada para a vila, que não apoiava os Filipes de Castela. A tal ponto era considerado um símbolo de opressão que as populações locais após a Restauração reclamaram que D. João IV o demolisse, no que não foram atendidas.
10 ano(s)
2010 12 05 - O frio gélido e cortante e o céu coberto de cinza claro persistem, acompanhados de chuva miudinha. Um outono invernal à beira Sado, mas sem neve !
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)