terça-feira, 21 de março de 2023

Textos em março 21

* Victor Nogueira

2023 03 21 Foto victor nogueira - Vila do Conde - Grafito na Av. Figueiredo Faria - "Muda por ti !!" (2022 12 09 IMG_1427)

Nesta avenida existem várias casas abandonadas ou em ruínas, com as paredes cobertas de grafitos ou pichagens. O que se reproduz faz parte duma série com "legendas", algumas delas com personagens da banda desenhada, de que na maioria dos casos não consegui identificar o autor.


2023 03 21 Marcelíadas - Desaustinado, o Presidente Marcelo de Sousa prossegue a sua guerrilha partidária pró-PSD contra o PS, mandando às urtigas qualquer  resquício de sentido de Estado e do cargo?  Em vez de garantir o normal funcionamento das instituições democráticas, entra a pés juntos em campo, como desestabilizador-mor e chefe de facção?


2023 03 21 Da série Marcelíadas: "EM CONDIÇÕES NORMAIS A MINISTRA TERIA DE SE DEMITIR"

Nos seus tempos livres e de ócio, Juan Carlos I, o emérito Rei das Hispanias, que precavida e presentemente estancia lá pelas Arábias das mil e uma noites, dedicava-se a participar em safaris nas plagas africanas, em busca talvez de leões, gazelas ou elefantes. 

Marcelo Nuno, mais modesto, neste jardim à beira mar prantado, onde a terra acaba e o mar começa, dedica-se a torneios e a safaris cujas presas e troféus são ministros e ministras dos Governos do PS/enCosta. 

Já vai longa a lista, desde D. Constança a D. Marina, de  Lopes a Cabrita, de D. Abrunhosa a Cravinho, de D. Temido a  D. Carla, de D. Rita a D. Reis  ... 

É obra, embora o troféu máximo, estilo jackpot, seja indubitavelmente o Premier Costa, com vista a abrir caminho não ao Montenegro mas a Passes de Coelho, a Rangélico ou a Moedas.

Foi para esta intromissão e torpedeamento constantes, tripudiando sobre os poderes presidenciais,  que Costa Ferro Santos Silva e outros altos dirigentes do PS apadrinharam a recandidatura de Marcelo de Sousa a Presidente da República?


2022 03 21 Fotos Victor Nogueira- Setúbal e Fonte de Palhais - abluções matinais
 

2020 03 21 foto victor nogueira - Mosteiro de Alcobaça (igreja - nocturno) - 1998.02.21

---------------------

1997

Visitamos Alcobaça, onde chegamos já de noite, com uma chuva miudinha que cai continuamente. É uma vila simpática onde se destaca a fachada comprida do respectivo mosteiro, da Ordem de Cister, situado destacadamente na Praça 25 de Abril: uma Igreja ao centro, dum amarelo rendilhado, exuberante, contrastando com a horizontalidade branca e ascética dos dois corpos laterais. Corpos que nas outras fachadas estão escurecidos e degradados, resultado das "conservações" para turista ver. 

O Mosteiro, considerado Património Mundial desde 1989, não é esmagadora e massivamente impositivo à povoação circundante, como o de Mafra. 

A Praça está ajardinada e num dos passeios de calçada à portuguesa figuram, oh! céus, os signos do Zodíaco. Num recanto umas carroças miniaturais com toldo, presumivelmente bancas do mercado que de dia ali terá lugar. 

Por aqui existem muitas lojas de louça artesanal da região e não só, com uma característica peculiar: na fachada, mas não ao alcance das mãos, louça-mostruário em exposição. Mas, para lá chegar, só de escadote, o que está manifestamente fora de questão.

Foram poderosos os frades da Ordem, dona das ricas terras agrícolas (coutos) em redor e dos seus habitantes, do interior até ao mar. 

A vila é alegre, de casas com traça antiga, cuidadas, havendo muitas para alugar, poucas arruinadas. Apesar de ser noite e da chuva, as ruas e os cafés estão cheios de gente e parece que estes têm freguesias distintas: os jovens, as pessoas bem vestidas... 

Porque por lá passamos, fico a saber que a povoação é atravessada por dois rios que lhe dão o nome: Alcoa e Baça, que aqui originam o Alcobaça. ( ) O Alcoa é atravessado por uma pequena ponte e nas suas margens ouve se o marulhar das águas correndo por entre dois paredões que lhe estreitam o leito. 

As casas têm varandas e janelas debruçadas sobre o rio e de noite poder se-ia imaginar que se trataria de Veneza, opinião de quem a conhece apenas de filmes, como em Sentimento ou Morte em Veneza, ambos de Visconti.

No rio Baça, no centro da povoação, vê se a roda duma antiga azenha, que já não é movida pelo correr das águas, cujo edifício agora é ocupado por uma loja de electrodomésticos, a TELE RIO.

Com tudo fechado pouco mais há para ver e a chuva não convida a mais. Entramos na sede de campanha da CDU, a única aberta, onde um candidato independente nos faz o balanço da situação e nos oferece uma ginjinha e bolos. Perto situa-se o Largo D. Afonso Henriques onde, no 3º domingo de cada mês, se realiza uma Feira de Velharias e Coleccionismo. 

Na praça da República, que comunica com o largo anterior através de dois arcos, realizava se outrora o mercado do peixe.

Daqui, por força duma placa, partimos em busca do castelo, que será miradouro deslumbrante sobre a povoação e o seu mosteiro; não sonhava que tal fortificação existisse, mas dela nesta noite não encontrámos rasto, salvo a Rua do... Castelo. Difícil seria encontrá lo, como soube posteriormente, pois sucessivos terramotos o destruíram. Mas deu para percorrer as ruas dos arredores, ladeadas de simpáticas vivendas, para além de quintas. ( ) (Notas de Viagem, 1997.10.25)

Para além de descobrir o castelo, como se refere em nota de rodapé anterior, visitamos a igreja do Mosteiro, cujas portas estão inopinadamente abertas. É um choque a visão daquela nave branca, ladeada duma floresta de colunas, elevando se para os céus. De cada lado antes do altar mor, maravilho me com os túmulos góticos de D. Inês e D. Pedro I, finamente lavrados, cujas estátuas jacentes estão suspensas por anjos. As arcas tumulares assentam em leões (D. Pedro) e em pessoas que me parecem monges ou nobres (D. Inês) e cada uma delas conta em quadros (baixo relevo), respectivamente e por um lado, a vida e morte de Cristo, e por outro a vida de S. Bartolomeu e dos dois amantes. (Notas de Viagem 1997.12.08)

1998

Numa nova visita passamos para além da igreja do mosteiro, passeando pelos claustros e pela sala do capítulo, defronte da qual existe um lavabo. Visitámos a sala dos reis, com estátuas de todos eles até determinada altura, para além duma série de peanhas vazias, talvez porque, entretanto, não tivessem concluído a estatuária por extinção das ordens religiosas; inexplicavelmente, do D. Manuel I salta para o D. José, sendo a peanha da filha deste, vazia, mais larga que as restantes. Reparámos na floreada porta para a sacristia, tomámos consciência da vastidão do dormitório, do refeitório (com o seu púlpito encrastado na parede) e da cozinha, na qual passa um braço do rio Alcoa e onde antigamente se guardaria o peixe vivinho da costa antes de passar aos caldeirões. 

Na sala dos reis, que foi panteão real, até transferirem os túmulos para outra sala, existe um painel de azulejos que pretende contar uma história, afinal inventada, relacionada com a coroação de D. Afonso Henriques, pelo papa e pelo fundador da ordem de Cister! 

As arcas tumulares daqui transferidas têm menos riqueza decorativa relativamente que as de D. Pedro e D. Inês. (Notas de Viagem, 1998.02.21)

NOTAS

1. - Nos coutos de Alcobaça. gritava-se não "Aqui d'el Rei", mas "Aqui, do Abade" 

De tal modo era a força do Abade que D. João I   não teve coragem de atender aos protestos das populações contra os desmandos e prepotências do Abade de Alcobaça.

2. - - Conta a lenda que o rio Baça e o rio Alcoa resultam das lágrimas de dois jovens e pobres namorados que as vicissitudes da vida separaram, mas que se voltaram a encontrar.-se E do reencontro nasceu o rio ... Alcobaça, junção dos seus nomes.

3- Noutra visita nocturna descobrimos finalmente o castelo, perto do qual estivemos doutra vez. Numa curva da estrada, um caminho lamacento leva-nos a um amontoado de pedras postas, dizem, para inglesa ver, quando Isabel II de Inglaterra visitou Portugal. 

Dali se avista o Mosteiro e a povoação, iluminados lá em baixo. O castelo teria origem goda, embora a ele estejam ligadas lendas mouriscas.


2017 03 21 TUTTO È FINITO - foto victor nogueira - Maria Luísa - Porto 1926.02.24 / Oeiras e Paço de Arcos 2017.03.17 - 

THERE'S A LONG, LONG TRAIL A-WINDING

poema de Stoddard King e música de  Alonzo "Zo" Elliott

As noites estão a ficar solitárias
Os dias são muito longos
Estou a ficar cansado de apenas
Ouvir a tua canção.
Há um caminho muito longo
Para percorrer
Para a terra dos meus sonhos
Onde os rouxinóis cantam
E os raios lunares brancos.
Há uma longa noite à nossa espera
Até que os meus sonhos se concretizem
Até ao dia que eu ande
Por esse longo caminho contigo.


There's a Long Long Trail (1913)

"There's a Long, Long Trail" is a popular song of World War I. The lyrics were by Stoddard King (1889–1933) and the music by Alonzo "Zo" Elliott, both seniors at Yale.[1] It was published in London in 1914, but a December, 1913 copyright for the music is claimed by Zo Elliott.

In Elliott's own words to Marc Drogin shortly before his death in 1964, he created the music as an idle pursuit one day in his dorm room at Yale in 1913. King walked in, liked the music and suggested a first line. Elliott sang out the second, and so they went through the lyrics. And they performed it—with trepidation—before the fraternity that evening. The interview was published as an article in the New Haven Register and later reprinted in Yankee Magazine. It then appeared on page 103 of "The Best of Yankee Magazine" ISBN 0-89909-079-6 In the interview, he recalled the day and the odd circumstances that led to the creation of this historic song.(SZABO MUSIC)

2016 03   03 21
 https://www.facebook.com/vicnog.na.rede/posts/pfbid036157EEe764SoNymCuEWjbkNUJD6kmLsndgzTbE7DZndDDQSed6CZvwXUUfJB7sFZl 


2014  03 21 Foto Rui Pedro - no século XX


2014 03 21 Fotos Victor Nogueira - Nas minhas arrumações descobri duas folhas com provas de contacto a preto e branco (2 rolos)

Nestas "tiras" há um daqueles difíceis "sucessos", que só se conhecia se havia resultado após a revelação do rolo em laboratório, numa altura em que não havia ainda máquinas fotográficas digitais.
Com efeito, à esquerda, na 2ª foto (foto 31), a mulher em cima do varão do carro do lixo não resultou de qualquer tratamento de imagem, como a subsequente demonstra.
Num rolo "programado" para 36 exposições com habilidade conseguia-se numa reflex obter duas suplementares. Mas por vezes havia percalços, como naquelas férias em que à 40ª já estava a considerar bónus excessivo da KODAK, AGFA ou FUJI e resolvi abrir a máquina no escuro. O rolo não tinha ficado bem preso na cremalheira, soltara-se e o carreto rodava em vão até ao infinito. Enfim, nenhuma ficara registada no negativo.

2013 03 21    PS anuncia voto contra «vergonhosa» resolução que recomenda demissão do Governo  Ora apreciem o lacãozinho no vídeo abaixo, i.e, no "súcialismo" em Liberdade com todo o seu €$p£€ndor !

E vão continuar a votar nos pantomineiros do PS que pelas vozes de Zurrinho e Lacãozinho  acham que é inconstitucional e não democrática a «resolução que recomenda demissão do Governo» da iniciativa do PCP» ?

Democrático para esta "troupe" ps-psd-cds e seus dirigentes é dar lucros fabulosos à banca internacional , de cócoras perante ela, lucros fabulosos à custa da miséria crescente dos povos em todo o mundo, homens, mulheres, jovens, idosos e crianças ? 

Democrático para esta gente e seus patrões é tripudiar sobre os direitos consagrados na Constituição da República, ainda vigente, e sobre a Declaração Universal dos Direitos da Humanidade, esse perigoso texto "subversivo" aprovado após a 2ª Guerra Mundial na sequência da derrota (aparente) do nazi-fascismo  !Ora apreciem o lacãozinho no vídeo abaixo

Sem comentários:

Enviar um comentário

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)