quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

marco do correio 01

* Victor Nogueira

Última edição 27 de dezembro de 2014


As larguíssimas centenas de cartas que recuperei dos muitos milhares que escrevi permitem vários tratamentos. Nesta série o tema é  o Marco do Correio. 

(…) Antigamente as pessoas escreviam muito e as cartas eram meio de transmitir notícias e muitas delas, com maior ou menor valor literário, tornaram-se testemunho dos factos, acontecimentos, ideias e sentimentos. Mas hoje, hoje as pessoas telefonam ou encontram-se, devido à facilidade e rapidez dos transportes e das comunicações, e o tempo é pouco, paradoxalmente, devido à sobrecarga do que se gasta em transportes, sentado frente à TV ou em tarefas domésticas. 

 O mesmo sucede com o convívio e a conversação: por vários motivos os cafés e as tertúlias desaparecem, só se conhece o vizinho da frente ou do lado, quando se conhece, e as pessoas metem-se na sua concha, casulo, carapaça ou buraco. Muita gente junta, ao alcance da mão ou da voz, não significa que estejamos mais acompanhados e humanizados. (…) (Victor Nogueira à «Maria do Mar», 18.08.1993)


foto victor nogueira - beja - marco do correio

1959

Eu não sei escrever cartas sem ser em estilo telegráfico, pois a minha vida aqui [em Pointe Noire, na Àfrica Equatorial Francesa] é sempre igual. (MNS - 1959.08.05)

Quase todas as terças-feiras ia ao correio comprar selos e despachar as cartas. Escrevi vinte e uma cartas: cinco ao pai (3), três ao José João (2), oito à mãe (6), duas à Gininha (0), uma ao avô Zé Luís (0), uma à Maria Luísa (0), uma ao Espinheira Rio (1). Os números entre parênteses indicam o número de cartas que recebi em resposta. Não recebi resposta a nove cartas.

Fui a dez matinées e onze soirées. Vi 25 filmes. Todas as terças feiras e algumas vezes à quarta havia dois filmes à noite, num dos cinemas.

Em Pointe Noire  comprei quatro livros e uma lembrança, além de várias coisas que necessitava. (MEB - 1959.09.04

1962

Por cá tudo bem. Tem feito algum frio e há uns dias que não conseguia pegar na caneta para escrever. No dia de Natal fomos a Goios. Gostei do passeio. Ontem o tio [Zé Barroso] foi a Vila Nova de Gaia, a Matosinhos e à Foz do Douro e eu fui com ele.

Anteontem houve um tremor de terra, mas aqui no Porto parece que só se abriram brechas num prédio. Em Lisboa é que o sismo teve maior intensidade, tendo abatido alguns telhados e rachado as paredes de muitos prédios. (...) Já estou a gostar um bocado mais do Porto. Contudo não modifiquei a minha opinião: é uma cidade triste e velha. (NSF - 1962.12.21)

1968

Escrevo sob a luz dos holofotes que iluminam a Praça do Giraldo, o Rossio cá do burgo, escrevo apoiado no parapeito duma fonte aqui existente. ( ) (NSF - 1968.1

São 12 h 00.m. Estou a escrever sentado numa das mesas dum dos cafés do Rossio, [em Lisboa] que tem resistido às investidas dos bancos (por quanto tempo, ainda?) mais precisamente o Nicola, que foi o poiso dum dos nossos maiores poetas: Bocage. Escrevo e simultaneamente vou comendo um "croissant", sorvendo aos poucos um escaldante "garoto" claro (ou "pingo", como se diz lá para o Norte).

Nas mesas homens que já não são jovens - pelo menos cronologicamente como eu - encafuados em pesados sobretudos, alguns de chapéu na cabeça, cavaqueiam (sobre quê?), lêem o jornal ou limitam-se a seguir com os olhos, absortos em pensamentos, o fumo dos cigarros. Também estão algumas mulheres (talvez senhoras, mas isso não interessa, somos só homens e mulheres). Aquela ali à minha esquerda escreve, não cartas mas, numa agenda ou bloco, notas.

Ali a porta gira, gira, gira. Na fonte que se entrevê pela montra, a água jorra, jorra, jorra. Os automóveis passam, passam, passam. E o murmúrio das vozes, o tilintar das louças, a gaveta da caixa, constituem um pano de fundo. Évora morta, chata, entediante, onde estás tu!? (...) [Depois da monotonia de Évora, todo este bulício é reconfortante]. São 14:50. Fui corrido do café pois um "garoto" e um bolo não dão direito a mesa "per omnia saecula, saecolorum"! Especialmente à hora do almoço. (NSF - 1968.12.23)

1969

Lembras-te do Cunha? Em Luanda era um alfarrabista de corpo dolorido e disforme a quem os miúdos roubavam e provocavam. Cria em mim, esperava ainda ver o meu canudo de senhor doutor, dizia ser eu um jovem diferente dos outros e nunca o consegui convencer do seu erro; falávamos de ópera  e ele trauteava as árias, falávamos do Camilo e do Zola e da enorme fortuna que ele teria se o os livros em stock fossem libras. O homem que não conseguiu ser ele mesmo, condenado a vender a abominável literatura de cordel. "Escreva-me, não se esqueça deste pobre velho!""Havemos de ver-nos nas Ferias Grandes! " O meu postal ficou sem resposta. O Cunha morreu, só, abandonado, como um cão! (Eu, que era seu amigo, nunca o convidara para a minha mesa). E nas tardes quentes e plúmbeas mais uma voz silenciou-se: os frigoríficos do Pólo Norte -Frimatic, o Rei dos Frigoríficos - substituem os livros que nunca foram libras! ( ) (1969.02.24)

Aproveito a frescura da noite, que entra pela janela entreaberta, para escrever. Daqui a cerca de uma hora irei até ao Largo da Sé, em cujas escadarias se fará uma récita, integrada nas Festas dos Finalistas do ISESE, que têm brilhado pela falta de brilho e pela improvisação. Ontem estive a fazer o serviço de bar durante o torneio de tiro aos pratos, organizada por aqueles. Uma experiência nova, que me fez sair de lá com a cabeça aguada, perguntando-me qual a piada que a fina flor da "nobreza" cá do Alentejo encontra no "pratopumpumzero" (Alguns lá conseguiam acertar mesmo). (...) A cidade mais bela do mundo tornar-se-à insuportável, muitas vezes, para os desenraizados. (NSM - 1969.05.22)

1970

Um novo postal para a colecção do Zecas, este de Setúbal, onde vim passar uns dias em casa do Dr. Armindo Gonçalves. A igreja da foto tem um aspecto vagamente hispânico, mexicano. Dei hoje uma volta pelo centro da cidade, sem ficar a conhecê-la. Tenciono ir a Lisboa 2ª de manhã, para tratar de alguns assuntos e à noite regressarei, de comboio, ao burgo alentejano. Chegada prevista lá para a meia-noite, como é costume. Estou a escrever-vos de casa duma amiga minha, a mesma em casa de quem passei parte das férias da Páscoa há dois anos [em Sousel]

 Dentro de dias – 3ª feira – inicia-se mais um ano lectivo; espero seja o penúltimo do meu desterro na cidade museu. Saudades e um abraço amigo do VM (NSF 1970.10.24)

A igreja da foto está na praça principal da cidade. Penso que deve ser do século XVIII. Tem uma série de azulejos referentes à vida e martírio  de S. Julião. Dei hoje uma volta mais demorada pelo centro da cidade. Algumas das suas ruas assemelham-se às de Badajoz. Ultimamente a cidade tem sofrido um grande desenvolvimento, graças à industrialização, sendo actualmente talvez a 3ª cidade do país, aquela que foi um pequeno porto de pesca. Assim, pouco há para ver, pela inexistência de passado histórico. Mas os arredores são maravilhosos. Estou a escrever-vos em casa do Dr. Armindo, enquanto a TV trabalha. Enviam-vos cumprimentos e a sra D. Maria José escreverá em breve. (NSF 1970.10.25)

São quase horas de jantar. Passei o dia com malta amiga numa Quinta dos arredores; foi agradável! Estudei umas coisas e a agora escrevo-vos, brevemente. Uma direcção da Associação [dos Estudantes] terminou o mandato e outra tomou posse: passei de Vice-Presidente a Secretário. Claro, estou na nova Direcção. Rever os estatutos, tornando-os mais flexíveis e funcionais, e dinamizar a Junta dos Delegados de Curso são as duas principais metas que nos propomos. Dentro de 13 dias começam as férias. Vou ao Porto, onde quero ver se consigo participar num Encontro sobre Cinema Português.  (NSF 1970.12.06)

Hoje tentei pôr a correspondência em dia, mas aquilo está tão atrasado que devem ser necessários uns longos serões. A partir da recepção deste postal devereis começar a escrever‑me para Évora. Espero que tenhais recebido o SDS que enviei na véspera de Natal.. Que mais dizer? Estou na estação dos CTT da Batalha [no Porto]; a escrivaninha treme que se farta com o esforço que um "hominho" faz para fechar um envelope. Uma mulherzinha procura quem lhe preencheu um telegrama para dar‑lhe qualquer coisa. E ao contar‑me isto poisa‑me a mão no braço. Gosto da gente do Porto; parece‑me mais humana que a de Lisboa e de Évora. (NSF 1970.12.26)

1971

Escrevo-te e ouço a "Sagração da Primavera" do Stravinsky. Sou doido! Estou endividado, preciso urgentemente de renovar o meu inestimável guarda roupa, não quero pedir dinheiro para casa, não sei como ganhá-lo ...  E continuo a gastá-lo em livros e discos! Sei que não devo fazê -lo, que ficarei chateado por isso, mas continuo a fazê-lo. (NSM - 1971.01.14)

Em 5 de Abril de 1971 escrevia eu: "Sábado fui com o Jorge ao cinema, ver um filme de desenhos animados com o Asterix. Pois bem, o miúdo pulava e ria‑se, enfim, era um espectáculo. Gosto dele, só tenho pena ... que não estude. Tem‑me oferecido rebuçados, uma daquelas bolinhas de plástico que saltam muito  e até me chegou a pagar o jornal ! Há dias apareceu‑nos no café todo eufórico. Tinha ganho algum dinheiro e então comprou um cinto com uma espada de plástico, postais, maçãs e ... um copo. Enquanto não mostrou a espada a toda a malta sua conhecida não descansou. Queria também que aceitássemos as maçãs dele e os postais.   (MCG - 1971.04.05)

1972

Estou no café, no "velho", barulhento e de ar viciado que é o Arcada. Deixei os jornais em cima de uma mesa, para marcar o lugar, enquanto ia à tabacaria comprar uma folha de papel. (...)   Enquanto escrevo vou bebendo o galão e comendo a sanduíche de fiambre, acto quotidiano das 17 horas.

Na sala meio cheia umas pessoas conversam, outras lêm os jornais da tarde, alguns estudam, uns olham simplesmente para coisa nenhuma, embrenhados sabe se lá em que pensamentos. Reconheço alguns, poucos, companheiros indiferentes, quase móveis da casa. Dos outros, é de assinalar o seu mau gosto no vestir, fatos escuros, a boina ou o chapéu de abas viradas para os olhos. Conversam com a cabeça apoiada na mão, uns sorridentes, outros de rosto grave, testas enrugadas. Por vezes recostam se para trás nas cadeiras, outras juntam as cabeças, convergindo para o centro da mesa, quais conspiradores.

Olho à minha volta e o café está [continua] meio cheio. O João Luís [Garcia]  chegou e começou a ler o jornal. Daqui a pouco chegarão o Camilo e o Carlos Nunes da Ponte, que virão do exame. Domingo Évora será um deserto, estupidificante. Eis que assomam à porta do café o Chico Garcia e o Manel. Ficaram se pelo balcão da pastelaria. Entretanto entra também o Álvaro Lapa, que é pintor, e corresponde cordialmente ao meu largo aceno. Entretanto o João Luís protesta porque não consegue ler o jornal; a mesa está desengonçada e tremeliques. (MCG - 1972.03.18)

Aqui em casa novamente; a tua carta amiga e cordial diante de mim,  Zorba no gira discos, uma vontade doida, que acordou esta manhã comigo, uma vontade doida de bailar até ao delírio para cansar sei lá o quê ... as tensões pela alegria e pela impossibilidade da tua presença ... Mas o importante és tu e a alegria ao pensar-te. Como ficaria ou me sentiria se aceitasses namoro ao Diogo? É parva, a miúda! Sei lá como ficaria ou me sentiria se isso acontecesse! Vê lá se queres que eu me estenda ali na cama a pensar no que sentiria se... (…) Apenas sei dizer-te que gosto da tua maneira de falar e de escrever - reflexo teu - e que sinto um enorme desejo da tua presença, do teu riso, do teu corpo, em suma, de ti. E sei também que a minha maneira de ser, a minha frieza e austeridade, se não permitem que eu viva tão intensamente como desejaria, também não me deixarão morrer. Eduquei-me para nunca me entregar totalmente e deixar sempre assegurada a retirada. Esta é a única resposta que posso dar à tua questão hipotética. (MCG - 1972.07.06)

O senhor Marquês  escreveu-me [de Aveiro], uma carta muito formal. Está bem. ( ). Da Bia [Almeida, de Safara]  não há notícias; escrevi-lhe meia dúzia de linhas pelo aniversário. O Diogo  [de Santo Aleixo da Restauração] foi-se embora sem dizer água vai nem a mim nem ao seu homónimo. O Diogo Guerreiro [da Amareleja]  agora mais sorridente e falador - fez hoje oral de Inglês [e passou com 13] (MCG - 1972.07.21)

São 12:30. [Em Paço de Arcos) Ouço o portão chiar e assomo à janela... e não vejo ninguém (Algum miúdo que entrou e saiu, penso eu). Mas eis que batem com a aldraba na porta. Abro-a e lá está o carteiro no gesto habitual, mão estendida com as cartas (hoje, apenas carta!) Cumprimentamo- nos e agradecemos mutuamente. Fecho a porta. Regresso à sala de estar, pego na tesoura para abrir o sobrescrito, que resguarda as notícias. (MCG - 1972.09.06)

Aqui estou no meu quarto [em Évora], buscando para ti as palavras que não encontro, corpo sem imaginação mas irritado e desassossegado pela constipação que me percorre as veias e me enche dum nervoso miudinho. Busco para ti as palavras dos outros, nos livros dos outros, os ponteiros aproximando-se das nove e trinta, hora da vinda do homem que levará de mim as letras que cadenciadamente vão surgindo no papel branco que já não é só! Busco as palavras e apenas encontro estas, hoje vazio de ti pela tua ausência, ontem pleno pela nossa presença. São vinte e uma e vinte, hora de parar, os livros espalhados pela mesa, o corpo quebrado, a imaginação e a voz quase secas e frias. Daqui desta terra, para ti noutra terra, te abraço e beijo com ternura e amizade, na memória do tempo que fomos juntos. Aqui estou!  (MCG - 1972.09.21)

O Arcada é um mar de gente em burburinho, uns lendo, outros comendo, outros escrevendo ou preenchendo sonhos de Totobola, outros conversando com a língua e os dentes e os lábios e as mãos quando não com o corpo inteiro. Do outro lado, além à minha esquerda, um homem está sentado tirando dum saco de plástico algo cujo conteúdo lhe enche as mãos: talvez moedas. Insólito, a seus pés, uma enorme e brilhante bacia de cobre amarelado. O homem levanta se - tem uma pasta de cabedal quase do seu tamanho - pega na bacia e encaminha se para a porta, por onde entra e sai muita gente, com ar lento e vagaroso de quem nada tem para fazer. Lembro me de há quatro anos - ou mesmo há dois - e há muito mais mulheres e raparigas - algumas bem giras por estas mesas. Évora "civiliza se". (…)  À minha direita dois velhotes conversam: um deles conta qualquer episódio relacionado com a sua estadia na Grande Guerra de 14/18. Olho à minha volta e o café está mais vazio; não encontro o Camilo,  que pela segunda vez passou há pouco além no corredor central. Deve estar em dia não. Mais velhotes sentam-se ao lado da minha, iniciando amena cavaqueira. Agora reparo que esta é a mesa deles. Adeus, estudo. Um deles diz que os gajos da situação são os que mais maldizem o Marcelo [Caetano] e os que mais o homenageiam. (MCG - 1972.09.28)

Ali o José Emílio pergunta-me se estou escrevendo as minhas memórias, entre uma garfada de arroz e outra de carne. (...) É depois do jantar. Chove e as pingas caiem descompassadamente no cimento, lá em baixo no pátio. O rádio transmite uma música solene e majestosa que não identifico.  O Aristides vai folheando um livro de poesia e divido a minha atenção entre o que escrevo e o que ele me diz. - lá vou dando conta do recado (O Aristides comenta o  Fernando Pessoa dizendo que é poesia de salão). (MCG - 1972.10.12)

Enquanto o Carlos  fazia os seus estudos de piano e o Camilo  vasculhava a secção de poesia da Margarida [Morgado], eu peguei numa folha que estava  na camilha  e fui rabiscando, com a caneta do Chico Bellizi,   um pintor brasileiro de que terás visto comigo uma exposição no Palácio D. Manuel. (…)  Mas é muito fácil desenhar com uma caneta daquele género. Tem um traço muito fino e sensível, contrariamente, por exemplo, à Pelikan com que estou escrevendo. (MCG - 1972.11.07)

Este postal é - creio - uma fotografia retirada dum dos dois filmes que há dias vi sobre as campanhas de alfabetização, as tais em que eu gostaria de ter participado em Agosto último se ... Esta cena do filme era comovente: uma mulher que até aí não sabia comunicar por escrito, conseguir fazê-lo. A procura das sílabas, o gesto hesitante, o voltar atrás para corrigir ou desenhar melhor a letra !!! Deve ser bestial um tipo descobrir que sabe ler, não achas?  (MCG 1974.11.17)

Fatima Mourão

Obrigado pela partilha,beijo e continuação de um bom fim de semana!!!

9 ano(s)

Viriato F. Soares

Hoje a frieza e desumanização das relações humanas, são produto desta sociedade ocidental dita civilizada, moderna e "democrática", em que os donos do mundo , dos países e dos governos querem e estão a manipular e fazer lavagem ao cérebro dos cidadãos para melhor os escravizar. Obrigado pela partilha! Um abraço!

9 ano(s)

Editado

Joaquim Carmo

Um forte abraço, caro Victor com votos de um óptimo 2015!

9 ano(s)

Isabel Dias Alçada

Feliz fim de semana meu amigo , que o novo Ano te traga muitas descobertas e alegrias , beijos e um xi ❤

9 ano(s)

Deolinda F. Mesquita

Excelente, Victor, gostava imenso de receber cartas....praticamente já não acontece...Muito obrigada pela partilha.

9 ano(s)

Clara Roque Esteves

Que saudades eu tenho de uma carta trazida pelo correio que não venha das finanças ou do IMT. Gosto dessa tua veia saudosista mas sempre actual. Obrigada pela partilha. Beijinhos.

9 ano(s)

Alice Coelho

9 ano(s)

Cecília Barata

❤ ❤

9 ano(s)

Elisa Fardilha

Poucas cartas escrevi...não tinha a quem!!!

9 ano(s)

Maria João De Sousa

Obrigada, Victor Barroso Nogueira! Entre baixas médicas e vales postal, ainda dependo muito dos correios e da papelada que tenho de preencher. Mas que tenho saudades desses velhos marcos do correio, tenho! Abraço!

9 ano(s)

Nascimento Maria

Nunca gostei de escrever cartas Mas ademiro quem gosta de escrever

9 ano(s)

Maria Rodrigues

Gostei Victor, um Feliz 2015, beijinho ❤ 😃

8 ano(s)


Sem comentários:

Enviar um comentário

Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)