domingo, 20 de outubro de 2024

Letras empilhadas, ano após ano, em Outubro, de 16 a 20, (re)colhidas em 2024

 * Victor Nogueira

16 de outubro de 2009  · 

Aceito sugestões soalheiras e sorridentes 🙂

16 de outubro de 2010 
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A manhã hoje está nebolenta, embora, conseguindo esconder o Sol, deste não consiga ocultar a claridade, embora do outro lado da avenida, para lá das suas margens, nada se distinga, encoberto que tudo é por uma cortina ou véu dum branco leitoso.

17 de outubro de 2009  · 

A Imaginação ao Poder e o Caminho nas próprias mãos? Onde estás Maio de 68 ou Abril de 74, neste Portugal triste, frio e cinzento, quase sempre à espera do Encoberto ou de Pinóquios (F/M)? 

Menina estás à janela
com o beijo recolhido
vem serena, bem singela,
voar, navegar comigo.
Voar, navegar, comigo,
qualquer que seja o tempo
bem para lá do postigo
com um doce passatempo
Com um doce passatempo
de sol, ar, mar e alvura
afastado o contratempo
na verdejante planura.
Na verdejante planura
há um vale, dois outeiros,
e na cisterna a ventura
dum cálido borralheiro.
Dum cálido borralheiro
com bainha de cetim
um mui viçoso canteiro
sem pós de perlimpimpim.
Sem pós de perlimpimpim
vamos lá nós cirandar
com as rosas e jasmim
pelas núvens a cantar.
setúbal 2014.10.17
1.
as palavras que me escreves
bem leves
são bonitas e catitas.
2.
pequeninas e boninas
as sensações que descreves
num enleio que cativa
3.
são sonhos que entretecem
4.
criam laços e abraços
5.
mas ...
as palavras que me escreves
não são para mim
6.
o que nos descreves
são meras efabulações
aflições
jogos de palavras
em vai-vém de sensações
livre de prisões
7.
e lassos se desfazem
os laços
aos baraços
8.
o desejo
sem ensejo
setúbal 2014.10.17

Nascimento Maria Lindo Poema ! jogos de palavras Bjs 10 a


17 de outubro de 2016  · 
UBERIZE-SE, NO CAMINHO PARA O JARDIM DAS DELÍCIAS

Em todas as profissões podemos encontrar bons ou maus profissionais. Não ando muito de taxi, mas os dedos duma das mãos devem chegar para contar a minoria de taxistas maus profissionais e sem brio. O que me causa perplexidade é apresentar todos os taxistas como merecedores de opróbio. 

Ele há em todas as profissões - mais numas  que noutras - quem mereça justificado reparo. Mas não é por isso que dizemos que todos os médicos, ou alfaiates, ou empregados de balcão ou de caixa, todos os talhantes, são para "abater". 

Toda esta campanha pelas "delícias" da Uber - tão "amiga" do cliente - faz-me lembrar as campanhas pelas privatizações, pelas "excelências" da gestão privada, pelo "paraíso" que resultaria da "concorrência" no mercado. Seriam os preços mais baixos dos bens e serviços. Seria o "pluralismo" resultante da "liberdade" de informação. Seriam serviços mais eficientes, para melhor satisfação do cliente/utente. 

Vê-se que eram tudo balelas. Porque o mercado funciona em regime de monopólo/oligopólio, com preços concertados. E o que conta para a gestão é o lucro para os grandes accionistas e não a verdadeira satisfação das necessidades sociais. Como demonstra a "eficiente" banca - a jóia da coroa à cabeça - salva pelos impostos e sacrifícios e "austeridade" para a maioria. Quem tiver pouco dinheiro, que pague a factura de quem o tem em demasia.


17 de outubro de 2020 · foto victor nogueira - Não sei porquê, mas gostava desta casa, na Avenida Independência das Colónias. outrora zona rural pois a cidade terminava ali, no extremo norte do Parque do Bonfim, um dos passeios da burguesia, ali, junto à Capela do Senhor Jesus do Bonfim, em zona onde veio a ser edificado o estádio d Vitória Futebol Club. Foi este construído em 1962, correspondendo ao início da urbanização desenfreada da rica várzea agrícola de Setúbal e correspondente destruição das quintas e laranjais, paulatinamente substituídos por betão e asfalto.
Nela terá funcionado ou uma repartição pública ou uma qualquer associação, considerando os dois mastros na varanda. O abandono e a degradação conduziram à sua demolição, sendo provisoriamente um parque de estacionamento de lataria, até que novo edifício ocupe aquele espaço,


17 de outubro de 2023  · 
Foto victor nogueira - Vila do Conde - Monumento aos Mortos da Grande Guerra (2023 10 file9159)

Situa-se este monumento num espaço ajardinado conhecido por Meia Laranja, mirante avançado sobre o Rio Ave.  Nele se encontram pessoas pescando à linha ou sentadas nos bancos, debaixo do frondoso arvoredo, ou pares de namorados,  contemplando o curso das águas fluviais ou o deslizar de kayaks.

Lá em cima, impositivo, dominante, no alto da abrupta falésia, a  mole imensa do antigo Convento de Santa Clara.


18 de outubro de 2009  · 
«Não há maior comédia que a minha vida: e quando quero chorar ou rir, admirar-me ou dar graças a Deus ou zombar do mundo, não tenho mais que olhar para mim» (Pe António Vieira, sj)

18 de outubro de 2010  · 

The mystery of the world is the visible, not the invisible” OSCAR WILDE


18 de outubro de 2012  · 

Forças Armadas querem fazer manifestação de protesto a terminar nos Restauradores, em homenagem ao 1º de Dezembro de 1640, data da restauração da Independência.  A mim parecia-me mais apropriado que a manifestação terminasse junto ao Monumento ao 25 de Abril, de 1974, traído por grande parte da hierarquia das Forças Armadas em 25 de Novembro de 1975 com um golpe militar que abriu o caminho ao súcialismo e ao estado súcial a que isto chegou. Golpe militar apoiado pelo PS-PPD/PSD-CDS/PP

Ou que terminasse na Praça do Município, onde a República foi proclamada q 5 de Outubro de 1910. Aliás, o 5 de Outubro de 1143 é a data da assinatura do Tratado de Zamora que, reconhecendo a "independência" do Condado Portucalense, abriu as portas ao nascimento de Portugal como Nação independente.

O monumento ao 1º de Dezembro é o ponto de encontro dos saudosistas da Monarquia e do senhor Duarte Pio.



18 de outubro de 2012  · 
 
Foto Victor Nogueira - Évora - Rua do Raimundo,  onde vivi de 1968 A 1974, no nº 44 - prédio em 1º plano, à esquerda. A seguir a Pensão e taberna dos pais do Cachatra.

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Tomás Roque -  Que belo "pão de forma", boas recordações...Já agora uma BELA TERRA.

12 a

Paulo Jorge Ceriaco~lembro me bem desta rua assim, era o meu quintal onde brincava com os meus amigos às escondidas e jogavamos futebol.

Ainda me lembro da mesma rua ter 2 sentidos no transito

12 a

António José  Pelo pão de forma e farol do 504 já lá devem ir uns aninhos

12 a

Cesar Osório Jorge - O Cachatra que foi Prof de desenho no nosso LNE?

12 a

Victor Nogueira - António José A foto é de 1974

12 a

12 a

Bernardino Barnabé  - Taberna dos Pais do Cachatra, que frequentei muitos anos para jogar Matraquilhos. Havia um jogador de alcunha "Baila Bem" que foi um grande campeão. Era espetacular a fazer golos desde o guarda redes, passando pelos defesas, meio campo e, quando punha … Ver mais

12 a

Manuela Vieira da Silva - Sabe bem «remexer» no passado, recorda-se revivendo épocas de vida. Bjos. Boa noite.🙂

12 a

Jose Cambeta  a famosa taberna do Nabo continua famosa mas agora como taberna do manuel dos potes

12 a

Victor Nogueira - A Pensão os Manueis foi a 1ª onde me hospedei quando em 1968 me fui matricular no ISESE e depois alguns dias após o início das aulas. Por ser mais em conta mudei mais para baixo, para a casa de hóspedes da D. Vitória, onde fiquei 6 anos. Nessa altura estavam lá hospedados alunos do isese - um de que não soube o nome e outros dos que eram o Alexandre Vaz e o Jorge Carvalheira, este tenente da GNR

Depois de terminado o curso regressei a Lisboa mas como só consegui arranjar lugar - contrariado - como professor - contrariado - na Escola Industrial e Comercial de Évora - foi nos Manuéis que voltei a hospedar-me até que eu, a Celeste, o João Garcia e a Filomena alugámos uma casa em conjunto na Quinta de Santa Catarina.

Depois eu e a Celeste resolvemos alugar uma casa na Rua de Serpa Pinto, que era do Santana dos Móveis, e onde vivemos de 1976 a 1981, quando, sem conseguirmos trabalho em Évora, nos mudámos para Setúbal, que me fazia lembrar a Cidade Luanda

Há uns 20 anos voltei de novo a Évora e fui almoçar aos Manueis com o meu filho Rui Pedro e fiquei surpreendido pois a cozinheira e um dos empregados, apesar da minha ausência de Évora de duas décadas, reconheceram-me e fizeram-me uma grande festa LOL

É a vida, João Gonçalves 🙂

12 a

Bernardino Barnabé - Talvez, lembrei-me agora que existiu aí uma casa, onde joguei algumas vezes mas, o "Velho" Cachatra era realmente a mais desejada. O Homem era muito simpático, quando já não tinhamos dinheiro, então ele abria o jogo para jogarmos mais uma ou duas vezes.

12 a

Deolinda F. Mesquita  - Muito obrigada Victor, já não me lembro de ver o famoso pão de forma....As casas são branquinhas... Uma boa noite, bjs

12 a

Maria Lúcia Borrões - Pelo que li, saíste de Évora precisamente no ano em que eu voltei: 81/82... São os encontros e desencontros da vida...

Esta é a rua onde nasci. A rua da minha infância, da minha adolescência, do princípio da minha vida adulta e à qual regressei (já casada e com 2 filhos) e vivi entre 1982 e 1989.

12 a



com embaraço não dás o braço
o abraço ou o beijo
sem ensejo
e
em rodilhas o desejo
enrodilhado
estilhaçados os brocados
setúbal 2014.10.18


18 de outubro de 2014

nos teus poemas
em floreado bailado
alado
partilhas as sapatilhas
sem atilhos
atalhas
em atalhos
para toda a gente
e
ninguém
no cais
fenecem os marinheiros

setúbal 2014.10.18



18 de outubro de 2016 ·

manhã de outono com ilusões de óptica
Não está poeticamente outonal nem soalheira e dourada a manhã, mas invernalmente cinzentonha e chuviscosa. Para lá da vidraça mas para cá do horizonte voam pássaros em cerradas e velozes formações, a rasar o solo. Tudo é silêncio, salvo o zumbido nos meus ouvidos, quebrado pelo hoje raro sobrevoo desta ou daquela aeronave, e baque rápido e compassado do meu dedilhar nas teclas - com intervalos de silêncio para refazer adequadamente esta ou aquela expressão ou palavra..

Os regos do cegado milheiral convergem para o edifício branco lá longe, tal como as hastes remanescentes do milho se alinham em rectilíneas fileiras, junto ao solo. Olho novamente pela janela e a mata verde escura parece-me mais próxima e não tão longínqua. Mas nem este é o Castelo de Dunsinane, nem aqui mora Macbeth. Logo, aquela não é a Floresta de Birnam.

Levanto-me, aproximo-me da vidraça e de facto, envoltas pelo nevoeiro, as árvores e as casas que bordejam o campo parece terem aumentado de tamanho e parece estarem muito mais próximas, como se estivessem agora ao alcance dum braço estendido. Vou buscar a Canon e pelo visor tudo me parece como habitual, às distâncias habituais. O terreno do quintal está despido e castanho - dentro em breve germinarão as nabiças - as folhas dos feijoeiros vão-se desverdando em tons de amarelo - é tempo de colher as últimas vagens - e algumas dálias laranja e rosas avermelhadas como vinho tinto timidamente tentam dar alguma cor ao tristonho meio-ambiente que me cerca.
... .... ...
No vídeo ouve-se a passagem dum avião proveniente de Peras Rubras, mais a sul.


José Manuel Candeias Sinais dos tempos, meu caro, dos tempos que se aproximam.
8 a
Maria Jorgete Teixeira - Expressiva descrição de uma paisagem exterior e interior. -
8 a
Carlos Rodrigues - Muito bom Vitor, também não é o Castelo de Macbeth nem o do King Lear, mas a associação invernosa das ideias aí te podia ter levado, se não tivesses tão perto das Pedras Rubras. Obrigado, um abraço.
8 a
Manuela Vieira da Silva - Um ambiente de Outono bem expressivo, nem o feijoeiro faltou. Grata pela partilha, Victor. Bjo.
8 a
Mia Pires Griff - Descreves tão ao pormenor,que inté parece que estou aí! Adorei! Beijocas meu querido.❤
8 a

19 de outubro de 2012 
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Público
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Sorriste e
na tua voz
os pássaros vieram de longe
pensando que era madrugada!

Foto Victor Nogueira - pôr do sol no Estuário do Sado
1992.03.10
Setúbal

Joaquim Carmo -Tanto... em tão poucos versos!... 12 a Fernanda Manangao - Já vivi ao vivo e a cores esta imagem ,no verão são dias de espectacular beleza 12 a Margarida Piloto Garcia - Finalmente o regresso à poesia . Tanto para partilhar neste oceano de sentimentos, escrupulosamente contido na magia de poucas palavras. 12 a Isabel Maria - Um sorriso poeta fotografo ...belo 12 a Maria Márcia Marques - Os pássaros sentem a beleza da voz aveludada que os chama para o voo da liberdade... 12 a Odete Maria Botelho ~Poucas palavras..com um grande significado..Obg. amigo Victor..Feliz fim de semana...A imagem é maravilhosa<3 ❤ 12 a Ana Albuquerque - De um tempo que já não tem tempo. Porque já é madrugada... 12 a Maria Mamede Uma beleza Victor, fotografia e poema. Parabéns! 11 a

19 de outubro de 2019  · 
foto victor nogueira - na praia de Árvore, onde não há árvores, as brumas cinzentonhas e depresivas não da Escócia, mas do norte de Portugal, com o marulhar das ondas, encrespando-se até se desfazerem em espuma, como rendilhados lençóis, mergulhando no areal.

19 de outubro de 2020  · 
 
Também não sei porque gosto desta casa, ali na esquina da Rua Dr. Vicente José Carvalho com a Praça do Quebedo, talvez por causa do quintalão e do ar rural
 
. A poente do Jardim fica o apeadeiro ferroviário do Quebedo e a nascente o Mosteiro dos Grilos. Ao cimo da rua o mira-sado no Largo Defensores da República  e o Museu do Trabalho Michel Giacometti. .

No convento está presentemente instalada a Polícia Judiciária e, há muito tempo, esteve instalado o Liceu de Setúbal.

No edifício rosa há uma oficina de electricista auto, de que era cliente cujo dono creio ter retornado creio que  de Moçambique e tinha um jeep Willys

Este Bairro de S. Domingos, onde nasceu  poeta Bocage,  ficava fora da muralha medieval, mas acabou por ficar dentro das muralhas setecentistas.

Foto victor nogueira


20 de Outubro de 2010

A noite e a manhã passaram e a meio da tarde o tempo continua soalheiro e  o céu dum azul poeirento  do ar mostrando a sua poluição. Do alto desta  torre no cimo duma encosta lanço as palavras ao vento e o vento nada me  diz, o vento nada me traz: nem brisa, nem tufão ! Em consequência ...  LOL


20 de outubro de 2010  · 
 
Até logo noite, até logo pessoal, até logo Mundo, até logo facebook. Vou mesmo para Vale de Lençóis, no quarto logo aqui ao lado do escritório/biblioteca. Mas ... com um corredor de 13 metros, vamos ver se me não engano na porta e adormeço lá fora no átrio, ao pé dos elevadores 😛


20 de outubro de 2012  · 
 
DO LIVRO DE MÁXIMAS 

- A felicidade tem o travo amargo de tudo o que é finito 
- Nunca digas nunca porque o sempre não existe
- Já perdi a inocência mas não a ingenuidade
- Sou  sobretudo aquilo que faço e não apenas aquilo que digo
- Olá ! Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde sem Alarde e Boa Noite sem Açoite. E viva a      Vida com Alegria, Humor/Amor e Fantasia. Ah! E não esquecer alguns trocos para os gastos.

(do livro de máximas de Victor Nogueira )

Foto Victor Nogueira - Nuvem antropomórfica

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Margarida Piloto Garcia - As tuas máximas, ou pelo menos estas, poderiam ser minhas. Acrescento uma da minha autoria. " Nunca apagues a chama que há ti. Ainda um dia vais precisar dela." Bj.
12 a ´
Judite Faquinha - A Foto está linda! Mais uma nuvem que passa, suavemente desliza como caricia pelo o ar... e nós apenas a podemos demirar, gostei um abraço.
12 a
Maria Márcia Marques - O tudo das palavras, pintadas em papel branco, deixa-nos o amargo daquilo que deixamos de dizer aos olhos que nos fixam.....hoje a comumicação faz-se no isolamento...mas com elas fazemos a teia que une todos os povos.
12 a
José Inácio Leão Varela - Olá caro amigo Victor (Nogueira), para já um obrigado por me identificares nesta foto; em seguida adorei tuas máximas que a acompanham; por último falas de um teu livro de máximas o que me levou a perguntar-te pelo tal livro teu (o da tua vivência por Évora) de que me prometeste que irias publicar...ainda está na tua mente fazê-lo? Tenho a certeza que iria ser lido por muita gente...força meu caro amigo...mãos à obra...prometes a mim e aos teus e tuas amigos/as? Abraço forte...dá notícias.
12 a
 Manuela Vieira da Silva - Há aí uma que contradiz uma outra muito famosa, que até se aplica a muita gente: Olha só para o que eu digo, nunca olhes para o que eu faço. Gosto mais da tua, para mim.🙂
12 a
Alice Coelho - felicidade é saber sorrir !!!
12 a


20 de outubro de 2012  · 

Passei apenas par deixar a brisa refrescanrte nesta noite de inverno em que as metáforas morrem ao nascer.



20 de outubro de 2016 
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Público
neste país submisso
para lá da rede com sede e sem sede
neste país submisso
envilecido e envelhecido ......
pode pedir-se ao vento
algo que não seja lamento
e
rime
com
jumento ?
Pode pedir-se ao ar
algo que não seja chorar
ou parar ?
Pode pedir-se ao sol
algo que não seja
dó, ré, mi ... ?
Com que rimam circumflexo
e
o til ?
E qual o acento
com assento?
Que resta
presta
e cresta
... segundo O'Neill
nesta sede de
.. inho's e de inha's
para lá desta rede
e
da
sede
destas linhas
de fomes que não comem
e somem
mas não somam,
apenas sub-traem?
Sem pão
no chão
restam núvens
e
babugens ?
É o poema de amor
sem sal
o
tal
sem
sol
só areia
com poeira ?

foto victor nogueira - pôr do sol no cruzamento de Areias (Árvore)

Mindelo, 2016.10.20



20 de outubro de 2016 ·

Também "arrepiantes" são comentários nas caixinhas dos ditos on line, clamando pelo "abate" imediato, determinada a "culpa" sem julgamento nem direito a "defesa", em pretensa justiça de talião, ao bom estilo dos "westerns": "olho por olho, dente por dente", "vivo ou morto", de preferência "morto" para justiceiros de faca e alguidar.

comentário em blogues.publico.pt/.../2016/10/20/caca-ao-homem/...



20 de Outubro de 2024

Noite de luar em quarto crescente,
sem par é minguante,
como sol sem sal, com azia.

Mais que ontem, sem núvens,
brilha esta noite o luar,
ao olhar!

Mas sem parelha,
a rima não rema nem arrima o poema!

Enrola-se e desfalece o ânimo,
a pena sem penas nem tinta no tinteiro!

Vazio por inteiro!

Foto victor nogueira - Noite de luar em Setúbal (2024 10 19 IMG_5247)


Setúbal 2024 10 20

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)