sábado, 19 de outubro de 2024

Em torno de Sebastião Gouveia e Melo

 


* Victor Nogueira

2024 10 19 – 

A cultura da acefalia na Central da contrainformação, nos ataques e apoucamento de PN Santos, na esteira de Miguel Sousa Tavares. Na caixa de comentários dum jornal público de "reverência" alguém escreve a propósito duma entrevista ao actual   Secretário-Geral do PS:

” Gouveia e Melo assusta a partidocracia por ter demonstrado capacidade de liderança, organização e independência. Alguém como Pedro Nuno Santos, sem profissão conhecida a não ser político e acionista da empresa familiar, teme a perda de influência que alguém independente possa desencadear no aparelho de Estado. Eanes foi também tudo isso até ter promovido o PRD. Não há que haver estigma por potencialmente um futuro ex-militar ocupar a Presidência. Pelo menos ele teve uma atividade digna e com competência, algo que duvido o entrevistado possa gabar-se.» 

E um outro comenta: «Claro que Gouveia e Melo não tem nenhum pensamento político. É precisamente isso que o torna tão popular. É virgem...»

Mas …. Mário Soares exerceu a profissão durante quanto tempo? E Francisco Assis? E Paulo Portas? E Passos Coelho? Que os habilitava a ingressarem na política a tempo inteiro?  Defende-se que o almirante das vacinas é competente, com a garantia de não ter pensamento político, com a missão de pôr Portugal a marchar em ordem unida)? Hum, dois, direita, direita?! Porque, ao contrário dos “políticos”, os “independentes”, que não fazem política, exercem ‘uma atividade digna e com competência, algo que duvido o entrevistado [PN Santos] possa gabar-se.»

 

EM TEMPO – O Público, apesar do lead, com este título-chamariz, consegue desviar os potenciais leitores do cerne da entrevista, omitindo deliberadamente o essencial para colocar em foco o que nem nota de rodapé deveria ser.

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)