* Victor Nogueira
13 de novembro de 2012
3 poemas - 3 autores
SOSPIROS, CUYDADOS, PAYXOES DE QUERER,
SE TORNAM DOBRADOS, MEU BEM SEM VOS VER (Garcia de Resende)
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Sem feitio nem jeito
No mundo caminhando
Esta dor no meu peito
Levo, rindo e chorando!
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Ah!Ah!Ah!Ah!Ai!Ui!
Á procura d'amor
Ao teu encontro fui
Depressa, sem calor!
.
É tam grande trysteza
Amar ssem sser amado
Que nam vejo beleza
Ssem ti, bem a meu lado.
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Belas, d'amigo são,
Cãtygas medievais
Chora meu coração
Ay, já nam posso mais!
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Ruiz, Camões não sou
Mas muytos mil beijinhos
E abraços te dou
Nam fiquemos mal, sózinhos!
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Oh! Ribeyras do mar
Que tendes mil mudanças
Minha dor e lembranças
Levai; trazei seu amar!
.
O Ssol bem escurece
Cai, a noite se vem
Minha alma nam falece
Se és comigo, meu bem.
Paço de Arcos
89.08·30
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O poema anterior inspirou-se nos seguintes
* Garcia de Resende. ((1470–1536) )
Sospiros, cuydados
Sospiros, cuydados
payxões de querer,
se tornam dobrados,
meu bem, sem vos ver;
nom synto prazer,
sem vós hum soo dya
viuer nam queria
Nam quero nem posso,
nem posso querer,
viuer sem ser vosso
e vosso morrer.
Poys ysto ha-de ser,
por morte aueria
nam vos ver hum dia.
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Francisco de Sousa (século XV)
TROVAS A ESTE VILANCETE
Abaix´esta serra
verei minha terra
Ó montes erguidos
deixai-vos cair,
deixai-vos sumir
e ser destruídos,
pois males sentidos
me dam tanta guerra
por ver minha terra.
Ribeiras do mar,
que tendes mudanças,
as minhas lembranças
deixai-as passar.
Deixai-mas tornar
dar novas da terra
que dá tanta guerra.
O sol escurece,
a noite se vem;
meus olhos, meu bem
Mais cedo anoitece
aquém desta serra
que na minha terra.
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13 de novembro de 2013 ·
Foto Victor Nogueira - Bragança - torre de menagem do castelo
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Maria João De Sousa - Não consigo deixar de me sentir cativada pela beleza austera dos castelos medievais... obrigada, Victor Nogueira!
11 a
Victor Nogueira - Ah" Maria João De Sousa - Mas há castelos que parecem de contos de fadas, como os de Penedono ou de Vila da Feira, e outros rendilhados, como os de Leiria, Porto de Mós ou de Ourém Para não falar em igrejas acasteladas, como as Sés do Porto e de Évora, ou a do Convento da Flor da Rosa, no Crato, ou a de Leça do Balio
Nesta foto o de Bragança parece fantasmagórico ! 🙂
11 a
Fatima Mourão - eu conheço e muito bonito !!!!
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Maria Lisete Almeida - Grata Amigo!
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José Pires - A Capital do meu distrito ! Obrigado AMIGO Victor ! Um abraço Zé
11 a
Manuela Miranda - Linda esta Torre temos muita Beleza em Portugal espalhado beijinhos Victor Obrigada
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Graça Maria Teixeira Pinto - Victor Nogueira:Assombra-me tanto saber.🙂 Beijinho de boa noite.
11 a
Isabel Dias Alçada - Ó Amigo já dei aqui uma queda tão grande que até parti o tacão do sapato ......Beijinhos ❤
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Viriato F. Soares - Bela foto, uma torre imponente! Obrigado!
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Judite Faquinha - Castelo imponente, mais um cantinho de história do nosso Portugal, com sua beleza sempre grandiosa em monumentos adorei... Victor beijocas.❤
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Ana Maria Madail - Grata amigo!! Tem um bom dia.. Bjs..
11 a
Maria João De Sousa - Pode parecer um tanto ou quanto fantasmagórico... mas é belo, assim mesmo! Mesmo os castelos austeros me fascinam, Victor Nogueira...
11 a
13 de novembro de 2013 ·
Maria Márcia MarquesVictor Barroso Nogueira
O castelo de Bragança...tens aqui outra perspetiva....
12 de novembro de 2013 ·
Somos Transmontanos Fantástica foto do Castelo de Bragança. Foto: Rui Paulo Photography
Antonio Maria Louro Alves - Foto impressionante! - 11 a
Victor Nogueira - a minha foto é fantasmagórica, esta é mágica, Maria Márcia Marques Bjos e gracias 🙂
11 a
Antonio Maria Louro Alves - Esta foto meus caros Victor e Maria Márcia e extremamente bela. É mesmo mágica!
11 a
13 de novembro de 2013 ·
o riso deles é o nosso drama, qualquer que seja a narrativa.
É a valsa da burguesia que podes ver e ouvir aqui
Outrora a data de nascimento nem sempre era a que ficava oficialmente registada. Muitos partos ocorriam em casa e havia multas para quem não registasse o nascimento dentro dum certo prazo. Não sei se foi esse o caso do meu avô Luís, nascido a 11 de Novembro de 1899, na viragem do século, mas registado a 13. há 125 anos.
Meu avô Zé Ferreira
nascido em Mora
filho de comerciante ribatejano
Meu avô quimico-analista
alegre jovem despreocupado
que em menino me levava ao café
e de quem recebia o Pim Pam Pum e o Cavaleiro Andante.
Meu avô que eu adorava e amo.
(…)
Meu avô Luís viveu com os filhos em muitas terras
até em Angola onde nasci.
(…)
Meu avô Luís agnóstico
livre pensador e tolerante
que não aceita os bolcheviques.
Meu avô Luís que não vejo senão tão espaçadamente.
in «Elegia pela minha família dispersa» escrito em setúbal 1985.11.13
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)