* Victor Nogueira
22 de fevereiro de 2013
epistolário 008 - ao (es)correr da pena e do (in)temporal - 01
Victor Barroso Nogueira
DECIDIDAMENTE O INFACELOCK PÔS-ME DE QUARENTENA e assim não brinco.
Façam como eu, que vou para a sala ao lado continuar a ler de Irvin D. Yalom "O Problema de Espinosa", escrito por um psiquiatra, que em capítulos paralelos efabula sobre este e Rosenberg, ideólogo do anti-semitismo nazi. Estou a gramar bué as teorias do Espinoza, com quem me parece partilho algumas ideias. E tb com Epicuro. Mas estas são leituras estilo "reader's digest, parece-me Tenho de abalançar-me a lê-lo no original. Já em tempos tentei, mas depois parei LOL
Começou a trovejar e a relampejar e à cautela talvez tenha de desligar o computador. A ver vamos, se a tempestade se aproximar.
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Deolinda F. Mesquita
Victor, muito bonito, mesmo lindos, doces. Adorei. Obrigada. Bjs
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Manuela Vieira da Silva
O diário de um funcionário da Câmara emprateleirado. Se o tédio fosse bom companheiro não terias tido tempo nem vontade de escrever estes relatos e observações camarárias, penso eu. Mas o que gostei foi da história da Maria do Mar, um mistério por revelar, e dos pensamentos sobre filhos e pais e suas complexas relações. Fiquei com uma noção da realidade de um funcionário autárquico, em que a cor política faz toda a diferença, divorciado com filhos e suas problemáticas, triste e melancólico por ter uma existência sem flores nem amores.🙂
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Victor Nogueira
Esta não escapa, Manuela Silva Nunca fui funcionário, mas sim trabalhador da Administração Pública, com uma enorme produtividade dos serviços que chefiei ou dirigi ou dos grupos de trabalho que coordenei. Com vários saneamentos ao longo da minha carreira profissional por sempre ter recusado os convites do PS para mudar de partido Mas nunca estive à venda LOL
E não é verdade essa ideia de que todos os trabalhadores da AP são calaceiros ou passam a vida a empatar . Muitos dos defeitos que lhes atribuem são provocados pela política e decisões do Governo ou daas vereações. E por chefias ou directores que de gestão, de administração ou de relacionamento humano e dinâmica de grupos pouco ou nada sabem.
E quanto à Maria do Mar ....Naturalmente, e de acordo com uma das leitoras de meus escritos, neste não se sabe bem o que é realidade e o que é efabulação. Mas efabulada ou não, saberás o que a pena lhe dedicará em posteriores escritos, caso os não abandone E a reflexão a ser feita não é sobre os filhos mas sobre as mães que se consideram donas dos filhos e marginalizam ou tentam marginalizar o pai, apenas como se este o fosse apenas aos fins de semana, cada 15 dias e não diariamente. Situação que conseguimos, eu e a mãe deles, fosse ultrapassada. LOL
E agora vou continuar a ler. Ah! E não me considero uma pessoa triste, ideia compartilhada por quem comigo convive ou trabalha.
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Judite Faquinha
Victor, como dirigente Sindical que fui... não do SETAL nem setor PÚBLICO, mas dos TEXTEIS, mas mais UNIÃO local BARREIRO E MOITA nos anos 80... adorei como tu descreves em premenór o teu trabalho, da Adeministração Pública!!! A história da Maria do Mar sendo linda... só a vós diz respeito, com divórcio filhos pelo meio... que tu poderás contar, ou não, mais adiante!!! Continua porque parar é morrer... e das-nos o prazer da história de uma vida real, que é a tua camarada!!!Beijocas,
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Manuela Vieira da Silva
Não digo que não tivesses grande produtividade antes de seres emprateleirado. O facto é que quando há mudanças políticas, as chefias são as primeiras a sofrer. Nunca percebi porque é que se mudam directores e chefes de serviços no sector público quando a cor política muda, ou o que é que a afiliação política tem a ver com o trabalho, se se trabalha em equipa, se é para o bem comum, dos cidadãos e dos munícipes. Porque é que não há confiança política, quando o trabalho é apenas trabalho, com competência e dedicação. Mas tb. conheço «trabalhadores» da função pública que se aproveitam ao máximo do seu «estatuto» para proveito próprio, o que acho errado e punível. Sobre filhos e mães e pais, ou sobre mães apenas, um pouco de racionalidade faria bem a ambos os pais, porque nenhum é proprietário dos filhos, mas ambos são responsáveis pelos filhos. E são eles que sofrem sempre pelas desavenças dos pais. Claro que me vais dizer que os teus filhos não sofreram e tiveram todo o apoio e amor de ambos.... mas não é a mesma coisa... enfim muito haveria a escrever sobre este assunto, bem actual e recorrente. Bjos.🙂
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Alice Coelho
A ternura.....presente!!! beijinho 😘
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Ana Albuquerque
O seu nome diz que ela é do mar. E o mar, o que dirá dela? E tu? E ela?
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Victor Nogueira
Ana Albuquerque, e eu sei? Talvez seja uma flor do mar sem guarida. Ou joana princesa com sabor a cravo e canela ? Ou maria papoila ? Ou será maria dos mil sóis rendilhados ? Sei lá os caminhos e os mares que o teclar de joão baptista lhes abrirá ! Quem saberá ler o percurso nas estrelas e no cintilar das ondas, Hannah ? Bjos
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Margarida Piloto Garcia
É sempre com enorme prazer que leio estas tuas memórias que tão bem soubeste preservar.Por elas se vai traçando o teu retrato e fazendo um pouco de história que não é só tua.
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Maria Jorgete Teixeira
Se a Margarida Piloto Garcia, autorizar gostaria de fazer minhas as suas palavras...
12 a
22 de fevereiro de 2013 ·
DECIDIDAMENTE O INFACELOCK PÔS-ME DE QUARENTENA e ssim não brinco.
Façam como eu, que vou para a sala qo lado continuar a ler de Irvin D. Yalom "O Problema de Espinosa", escrito por um psiquiatra, que em capítulos paralelos efabula sobre este e Rosenberg, ideólogo do anti-semitismo nazi. Estou a gramar bué as teorias do Espinoza, com quem me parece partilho algumas ideias. E tb com Epicuro. Mas estas são leituras estilo "reader's digest, parece-me Tenho de abalançar-me a lê-lo no original. Já em tempos tentei, mas depois parei LOL
Começou a trovejar e a relampejar e à cautela talvez tenha de desligar o computador. A ver vamos, se a tempestade se aproximar.
22 de fevereiro de 2017 ·
auto-retrato em Paço de Arcos - 2017 02 22 - Os dias vão aumentando, de céu límpido, azul e cintilante, com temperatura amena, um pouco fria a partir do entardecer.É tempo de ir aliviando o vestuário. No horizonte não há Penélope,My Fair Lady, Maria dos Mil-Sóis Rendilhados, Miquelina, Maria do Mar ou Joana Princesa que des(a)perte o meu sorriso. e faça em mim renascer a Primavera 😛
22 de fevereiro de 2020 ·
foto victor nogueira - réplica duma nau quinhentista, em Vila do Conde (foto em 2019.10.12)
Neste local eram outrora os estaleiros navais, presentemente transferidos para a margem esquerda do Rio Ave, em Azurara.
Esta nau que faz parte dum conjunto museológico dos ""Descobrimentos" é visitável.Trata-se duma casca de noz, com camarotes exíguos: os do capitao, dos oficiais e do padre.

22 de fevereiro de 2024 ·
Fotos victor nogueira - O pernilongo e o caracol, no Mindelo.
Na varanda em dia soalheiro reparo num raro pernilongo alapado na parede, que impávido se deixa fotografar.
Em anos anteriores os caracóis abundavam no quintalejo, deslocando-se pachorrentamente pelas paredes e muros ou alapados no interior do "casinhoto" das botijas de gás. Mas, por razões que desconheço, sumiram quase totalmente netes dois últimos anos. Por isso, este mereceu destaque, como modelo fotográfico, visto de vários ângulos pelo fotógrafo.
Depois resolvi mudar o cenário, colocando-o no corrimão da varanda, não reparando que este é abaulado, pelo que ele se estatelou lá em baixo, no chão de cimento, com o ruído de casca quebrando-se. Pu-lo de novo, mais seguro, no chão da varanda, prosseguindo ele a sua marcha, sem que eu desse pelo seu desaparecimento, pois entretanto resolvi fazer uma pesquisa na net.
Fiquei a saber que a casca não se reconstitui, mas que ele sobrevive.
Mas ... sabiam que a goma que ele deixa é tóxica, que se não deve tocar nela sem luvas e que se pegarmos no caracol pela casca devemos evitar tocar nos olhos ou boca, lavando as mãos? As coisas que a gente aprende!
E eu que descuidadamente toda a vida peguei em lesmas e caracóis! Aquelas escondidas debaixo de pedras, que levantava, no jardim da casa na Praia do Bispo, em Luanda. É como o mercúrio.
Em miúdos, quando se partia um termómetro, o mercúrio no chão formava esferas, que se juntavam ou cindiam à nossa vontade, desconhecedores da sua alta toxicidade.
No meu pequeno museu, na secção das curiosidades, tenho um frasquinho de mercúrio, desses tempos, ao lado de corais, dum enorme ovo de avestruz, de conchas marinhas, dum pesadíssimo calhau de minério de ferro, dum insecto preso na resina, de fósseis diversos ... Alguns desses fósseis foram-me oferecidos por alunos meus, nos recuados tempos em que dei aulas de geografia, no Barreiro.
Também há no quintalejo buracos das toupeiras, mas em nenhuma delas consegui ainda pôr a vista em cima. Apesar da sua utilidade para a agricultura, arejando e revolvendo o solo, são consideradas daninhas e condenadas ao extermínio pela generalidade dos agricultores, ao que me parece. A vizinha Amélia também considera que as toupeiras são uma praga!
EM TEMPO - Quebrando o silêncio que me cerca, ouço neste momento o troar abafado e longínquo dum avião. Olho para o relógio e são já 21h 30m. Para quem mora nas redondezas do aeroporto das Pedras Rubras, 15 a 20 km a sul do Mindelo, deve ser um suplício esta movimentação aeronáutica.
Há muitos anos atrás, no passado milénio, fiz inquéritos para o INE, em todo o distrito de Setúbal, que percorri então de lés-a-lés. Numa das vezes estava numa casa à beira da linha férrea, na Baixa da Banheira , quando passou um comboio, mesmo ao lado, pondo tudo a estremecer assustadora e ruidosamente.
Vejam lá este cerejal. Comecei a falar em pernilongos e caracóis e já vamos no comboio, sabe-se lá com que destino, pelo que esta viagem termina aqui!
EM TEMPO - Às 22 h 00 m ainda troam os aviões, paredes meias com o meu minúsculo espaço aéreo!
22 de fevereiro de 2024
Auro-retrato no Mindelo, em 2024 02 20. Hoje a barba foi à vida, há muito que a não deixara crescer tanto. O desbaste foi radical, ficando este registo prévio, para a posteridade. Quanto à trunfa, essa aguarda pelo meu regresso a Setúbal, em tarefa reservada ao Chagas, cf este outro registo
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)