Sigo os comentários para relembrar quem é Leonor Branco; alguma das minhas leitoras perdida no passado, no tempo em que comentavam nos meus blogs e eu nos de outrem, no tempo que mediou entre o mIRC / MSN e o hi5 / InFaceLock
O nome não me é estranho mas o caminho que hoje percorro desemboca no esquecimento e em dois blogs parados no tempo que, por breve que seja, neste efémero mundo corresponde a uma eternidade. Morreu Leonor Branco ? Casou ? Separou-se ? Cansou-se ? É tão pouco o que realmente sabemos da maioria das pessoas que estão para lá deste frio monitor ou caminham ao nosso lado ! Tão frágeis os laços que ligam a maioria das pessoas entre si ! Pó, cinzas e o vazio !
Sem marcas este é um poema intemporal que alguém hoje perdido inspirou. A Leonor Branco não, seguramente. Poderei talvez saber buscando através da data em que foi escrito mas isso já não importa. Fica a intemporalidade despersonalizada para quem o lê e por isso posso vesti-lo de ti como se em todo o tempo fosses tu o seu destino, o porto por mim ansiado. Sirvo-me hoje das palavras de ontem porque me recolhi em mim e não consigo voar para dar cor à paleta das palavras com novos sons para ti, só teus, só nossos.
Porque algumas pessoas persistem através de toda a nossa vida, para além da materialidade, como tu, Gaivotinha, uma marca indelével na vida e nos caminhos de João Baptista Cansado da Guerra. Eu e tu sabemos quem é a Gaivotinha e este reconhecimento, não me bastando, me basta.
Para a Gaivotinha, em Setúbal a 9 de Janeiro de 2012
Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)