- Sigo os comentários para relembrar quem é Leonor Branco; alguma das minhas leitoras perdida no passado, no tempo em que comentavam nos meus blogs e eu nos de outrem, no tempo que mediou entre o mIRC / MSN e o hi5 / InFaceLock
O nome não me é estranho mas o caminho que hoje percorro desemboca no esquecimento e em dois blogs parados no tempo que, por breve que seja, neste efémero mundo corresponde a uma eternidade. Morreu Leonor Branco ? Casou ? Separou-se ? Cansou-se ? É tão pouco o que realmente sabemos da maioria das pessoas que estão para lá deste frio monitor ou caminham ao nosso lado ! Tão frágeis os laços que ligam a maioria das pessoas entre si ! Pó, cinzas e o vazio !
Sem marcas este é um poema intemporal que alguém hoje perdido inspirou. A Leonor Branco não, seguramente. Poderei talvez saber buscando através da data em que foi escrito mas isso já não importa. Fica a intemporalidade despersonalizada para quem o lê e por isso posso vesti-lo de ti como se em todo o tempo fosses tu o seu destino, o porto por mim ansiado. Sirvo-me hoje das palavras de ontem porque me recolhi em mim e não consigo voar para dar cor à paleta das palavras com novos sons para ti, só teus, só nossos.
Porque algumas pessoas persistem através de toda a nossa vida, para além da materialidade, como tu, Gaivotinha, uma marca indelével na vida e nos caminhos de João Baptista Cansado da Guerra. Eu e tu sabemos quem é a Gaivotinha e este reconhecimento, não me bastando, me basta.
Para a Gaivotinha, em Setúbal a 9 de Janeiro de 2012
Ao (es)correr da pena e do olhar: Um dia tu virás
aoescorrerdapena.blogspot.com/2007/11/um-dia-tu-virs.html
Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
.
Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
.
Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VN
Sem comentários:
Enviar um comentário