Saudades de Luanda, do sol, do calor e da praia o ano inteiro com água tépida e ondas rendilhadas e brancas marulhando no areal :-)
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
domingo, 29 de janeiro de 2017
Sem andor nem ardor ardente
* Victor Nogueira
Sem andor nem ardor ardente
estão paradas as palavras
não aram nem lavram
mas estiolam
os gestos
tortas as portas
sem janelas singelas
gela-se
as mãos frias e dormentes
as pedras soltas
baralhadas no areal
chove
chuva miudinha
morrinhenta e cinzentona
para lá das nuvens
muito acima delas
brilha o sol
e
o silêncio em
dó ré mi ...
Para lá da vidraça
elegantes e em voo gracioso
planam as gaivotas
Setúbal 2017.01.29
foto victor nogueira - TM Nokia
chove chuva
Luanda amanheceu chuvosa. Chuva quente, de verão.
Victor Barroso Nogueira Por aqui tb chove, hoje chuva morrinhenta, miudinha e cinzenta de inverno. Abraço
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Está de cinza o dia, cinzento
* Victor Nogueira
Está
de cinza o dia, cinzento, sombrio, de chuva, brilhante a relva - no parque
verde, esquálidas as arvores, despidas, cintilante o asfalto nas áleas e na
avenida, com esparso trânsito, caloroso e leve o beijo que te envio como suave e
doce brisa.
Setúbal, 2017.01.26
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
brevíssima cantata d'amoramizade
cantata d'amoramizade
* Victor Nogueira
De que cor se vestem as palavras
e que sóis encerram ?
Envoltas num véu
são pedras calcinadas
no leito dum rio seco
São muro ou ponte
o caminho ou carinho
em voo sem culminância
na torre de menagem
Ncas tuas mãos e no olhar
as minhas palavras são
ave inquieta e prisioneira
em busca do sabor a liberdade
Receosas
murmuram
em busca do sol e do mar
as letras no horizonte desfiando-se
Escondem o gesto
como se fossem espelho baço
De que se vestem
as palavras e as emoções
d' amoramizade
em cristalina e luminosa cantata
como poderão esvoaçar e renascer os sons
que em ti vislumbro
e a ti me prendem ?
Setúbal 2017.01.25
sábado, 21 de janeiro de 2017
sobre a democracia
* Victor Nogueira
Pois ... A de Salazar era uma "democracia orgânica", tal como a de Hitler era "nacional-socialista dos trabalhadores", como uma certa UG"T! ou os centros democráticos sociais ou partidos populares democráticos ou da liberdade quando não democrata-cristãos Nenhum deles defende a "ditadura" dos trabalhadores, mas sim a "democracia" do grande patronato: "tudo pelo patronato, nada contra o patronato", numa barrela de "consertação" em "concertação", com a concentração capitalista e desconcerto, concerteza.
sábado, 14 de janeiro de 2017
Querem palavras belas, singelas
* Victor Nogueira
Querem na pagela
palavra bela
ideia singela
de cravo na lapela
flor com amor rimando
calor e fervor
e o coração
tique taque tique taque ....
relógio de corda
trrriiimmmm trrriiimmmm trrriiimmmm
pela estrada fora
toc toc toc toc
rima que não tenha sonho bisonho
mas alegria e a doçura de aletria
arroz doce que fosse
rosa preciosa
mal-me-quer-bem-me-quer
e bom solário
sem dromedário
Paço de Arcos 2017.01.14
foto victor nogueira - vila do conde - centro de memória - escultura de Jorge Curval
(expo Os Homens e Deuses)
* Fernando Pessoa
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
(expo Os Homens e Deuses)
* Fernando Pessoa
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
VEM DE
as gaivotas luciferinas in http://aoescorrerdapena.blogspot.pt/2017/01/as-gaivotas-luciferinas.htmlciferinas.html
as gaivotas luciferinas
* Victor Nogueira
(es)correm as palavras
belas e singelas
são telas
que marcam o coração
não brincas com as palavras
em meros jogos de artesã(o)
folhas largadas ao vento
dardos de criança
alinhas as palavras
- letras ou livrança -
e com elas entreteces
entretendo
a (nossa) vida
de ilusão
Paço de Arcos 2017.01.14~
foto victor nogueira
O Tejo refulge azulado
* Victor Nogueira
Com que rimas a estima
que (não) anima ?
e de que (im)paridades
se veste o amor ?
(ar)dor, fervor,
(an)dor de andarilho ?
Ah! o sarilho ensarilhado
com a meada que se tece
e entre/entris/tece:
(não) aquece e arrefece
no plaino abandonado
quem jazz
fitando os céus perdidos
os sentidos
sem mão no coração ?
Quem tu és e que nome
te
hei-de
dar ?
De que silêncios te vestes
e que palavras nos desvendam ?
Andas e cirandas
e eu sem andas em demandas
e em bolandas
O Tejo refulge azulado
com suave ondulado
e o Tejo não é o rio da minha aldeia;
na minha cidade não vive a sereia
que seja Tágide minha.
Esta a rima que não rema
nem arrima !
EM TEMPO
Bom dia, Victor!
As nuvens estão a dissipar-se hoje em Oeiras. Aproveita o sol!
Foi a recomendação do infaceLock no dia de hoje
Paço de Arcos 2017.01.14
foto victor nogueira
foto victor nogueira
quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
6 imagens 5 momentos e 1 filme
Lisboa - Largo do Carmo em 25 de Abril de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Helena Vieira da Silva - A poesia está na rua - 25 de Abeil de 1974
Porto - Outubro 1974 - visita do 1º Ministro General Vasco Gonçalves
Lisboa, 15 de Junho de 2005 - funeral de Álvaro Cunhal
As "últimas" palavras de Álvaro Cunhal em 2005
"É minha vontade ser incinerado no forno crematório e que as cinzas sejam espalhadas na terra ou canteiros de flores do cemitério.
É também minha vontade, que peço ao meu Partido que respeite, que no funeral não sejam pronunciados quaisquer discursos.
É-me também particularmente grata a ideia de que poderão querer (seja-lhes ou não possível fazê-lo) despedir-se de mim nesse dia, designadamente:
- camaradas meus, dos mais responsáveis aos mais modestos e desconhecidos, junto com os quais, antes e depois do 25 de Abril, lutei até aos últimos dias de vida (sempre com confiança no futuro) pelos interesses e direitos dos trabalhadores, por uma sociedade de liberdade e democracia, pelo bem do nosso povo e da nossa pátria, pelo nosso partido como partido da classe operária, dos trabalhadores, de todos os explorados e ofendidos, por uma sociedade socialista;
- também familiares a quem muito quero, antes de mais a filha querida e seus filhos, a irmã, a companheira mulher amada e outros familiares próximos, aos quais, mesmo quando longe, me ligaram, e ligam, até aos últimos momentos de vida, os mais profundos e ímpares sentimentos de amor e ternura;
- e ainda amigos sem partido, e homens, mulheres e jovens que me habituei a estimar e a respeitar, e a muitos dos quais me ligaram profundas relações de amizade e compreensão;
- outros que queiram estar presentes, com respeito pelo que como comunista fui toda a vida, com virtudes e defeitos, méritos e deméritos como todo o ser humano.
A todos desejo que, vida fora, realizem os seus sonhos."
Álvaro Cunhal
Por que foi tão pouca gente ao funeral de Soares? pergunta angustiosamente JMT
* Victor Nogueira
João Miguel Tavares é um cronista do Público que assina como "jornalista" as suas crónicas neoliberais, uma espécie de neocon caseiro. Sobre Soares escreveu nestes últimos dias duas crónicas magistrais:
1. - O meu Soares não foi o melhor Soares
2. . Por que foi tão pouca gente ao funeral de Soares?
Nesta última lamenta a ausência de amplas massas populares que ingratamente não estiveram presentes no funeral de Soares contrariamente ao que sucedeu com o de Álvaro Cunhal, neste caso e segundo JMT devido à "extraordinária capacidade de mobilização do PCP, e o facto de a devoção comunista estar mais próxima de um fenómeno religioso do que político." Segundo JMT "É muito triste esta incapacidade de nos sentirmos em dívida para com os melhores de nós. E de lhes prestarmos o justo tributo enquanto tal." lamentando "a incapacidade da nossa democracia em produzir os seus próprios heróis" no século XX.
Ora, na crónica anterior de JMT intitulada "O meu Soares não foi o melhor Soares " está por ele exposto o motivo desta "democracia" de que Soares foi o avô e Cavaco o pai não terem "heróis" que a burguesia possa incensar.
Com efeito, começa a referida crónica de JMT "Soares não teve sempre razão, mas teve razão nos momentos fundamentais, e essa é uma dívida inestimável que o país tem para com ele." concluindo a mesma afirmando que "O mais importante é aquilo que está escrito na nota que o Partido Comunista Português escreveu acerca da sua morte. Soares, lamenta o PCP, destacou-se “no combate ao rumo emancipador da Revolução de Abril”. Acreditem: não há mais belo obituário. É por causa desse combate que todos devemos tanto a Mário Soares.", conclui JMT
Pelos vistos, o "Todos" de JMT afinal e apenas uma pequena parte e essa não inclui a esmagadora maioria do "ingrato" povo português que JMT abomina e pelo qual tem profundo desprezo
Por que foi tão pouca gente ao funeral de Soares?
O meu Soares não foi o melhor Soares
É muito triste esta incapacidade de nos sentirmos em dívida para com os melhores de nós. E de lhes prestarmos o justo tributo enquanto tal.
PUBLICO.PT|DE JOÃO MIGUEL TAVARES
5 imagens 5 momentos
Lisboa - Largo do Carmo em 25 de Abril de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Lisboa - 1º de Maio de 1974
Helena Vieira da Silva - A poesia está na rua - 25 de Abeil de 1974
Lisboa, 15 de Junho de 2005 - funeral de Álvaro Cunhal
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
Teresa Rita Lopes - Um dia quando eu morrer
* Teresa Rita Lopes
Um dia quando eu morrer
isto é um dia quando eu estiver debaixo da terra
não quero que me vão levar flores
mas que as vão lá buscar
Gostava que por cima da minha cova não pusessem
laje nenhuma
só terra por mim estrumada
e aí plantassem as flores que amei em vida
açucenas rosas Palminhas de Santa Teresa (ditas Frésias)
ervilhas-de-cheiro goivos cravos jasmins
tudo flores com perfume
que é a alma das plantas
Sempre gostei mais de dar do que de receber
por isso ficarei feliz se forem à minha beira
buscar flores
os que me quiserem bem
Que as levem para casa e as ponham numa jarrinha com água
à cabeceira ou em cima da mesa de escrever
ou de comer
onde possam sentir minha presença viva
e trocar comigo olhares e sorrisos
e quem sabe talvez palavras
essas as mais importantes que em vida
nós não soubemos dizer
isto é um dia quando eu estiver debaixo da terra
não quero que me vão levar flores
mas que as vão lá buscar
Gostava que por cima da minha cova não pusessem
laje nenhuma
só terra por mim estrumada
e aí plantassem as flores que amei em vida
açucenas rosas Palminhas de Santa Teresa (ditas Frésias)
ervilhas-de-cheiro goivos cravos jasmins
tudo flores com perfume
que é a alma das plantas
Sempre gostei mais de dar do que de receber
por isso ficarei feliz se forem à minha beira
buscar flores
os que me quiserem bem
Que as levem para casa e as ponham numa jarrinha com água
à cabeceira ou em cima da mesa de escrever
ou de comer
onde possam sentir minha presença viva
e trocar comigo olhares e sorrisos
e quem sabe talvez palavras
essas as mais importantes que em vida
nós não soubemos dizer
Teresa Rita Lopes, in ". Afectos", Lisboa: Editorial Presença, 2000
FOTO victor nogueira - pôr-do-sol em beringel
filipe chinita sobre um comentário de victor nogueira
safa!
(que) até parece o choradinho do funeral do sá carneiro
imediatamente antes das eleições
em que o PS e o PCP
apoiavam eanes
e em cuja campanha Mário.o fabuloso.secretário-geral!
pasme-se! se recusou a apoiar e participar.
(que) até parece o choradinho do funeral do sá carneiro
imediatamente antes das eleições
em que o PS e o PCP
apoiavam eanes
e em cuja campanha Mário.o fabuloso.secretário-geral!
pasme-se! se recusou a apoiar e participar.
não apoiando eanes...
numa campanha contra um candidato (fascista)
da chamada ADemocrática
que pretendia
soares
?!
.
ainda o victor
no branco muro
do chinita
fj
2017.01.10
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
uma "piquena" linha
*Victor Nogueira
Beijos meus com os cinco sentidos e mais outros tantos que os cinco multipliquem :-)
filipe chinita sobre um texto de victor nogueira
mário soares cartoon de antonio
* Filipe Chinita / Victor Nogueira
Muita coisa ficou na Constituição de 1976
que dela e posteriormente foram retiradas
em sucessivas Revisões Constitucionais
do PS/PSD/CDS.
Mário Soares formou Governo com o CDS,
partido que votara contra a referida
Constituição de
1976
.
sim
como mui bem lembra o Victor
o homem até conseguiu formar governo
com o único! partido que votara contra
a constituição! que já não tencionava
cumprir!
mais um gesto de patriotismo
e de socialismo...
(já na gaveta)
claro está!
como podemos nós retirar-lhe
tão abundantes
méritos!
democráticos... e socialistas
.
fj
com o victor
2017.01.10
em torno dum poema de filipe chinita
(Nem mais, Filipe Chinita).
e quem andou.ou estava no Alentejo
nos idos de 1974.e anos posteriores
sabia que lá só havia dois
partidos políticos:
o Partido (de 1921)
e o PS (de 1973).
este.o guarda-chuva dos oportunistas
e de quem estava contra a revolução (e a Reforma Agrária)
e na sua alentada entrevista - a Mª João Avillez -
Soares confessa que na altura
só defendia o socialismo
porque doutro modo
não teria
votos.
encerradas as urnas
meteu - para sempre! -
o socialismo na
gaveta!
.
victor
no branco muro
de chinita
fj
e quem andou.ou estava no Alentejo
nos idos de 1974.e anos posteriores
sabia que lá só havia dois
partidos políticos:
o Partido (de 1921)
e o PS (de 1973).
este.o guarda-chuva dos oportunistas
e de quem estava contra a revolução (e a Reforma Agrária)
e na sua alentada entrevista - a Mª João Avillez -
Soares confessa que na altura
só defendia o socialismo
porque doutro modo
não teria
votos.
encerradas as urnas
meteu - para sempre! -
o socialismo na
gaveta!
.
victor
no branco muro
de chinita
fj
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Pelo Sul está sol, mas frio, um frio pastoso
Pelo Sul está sol, mas frio, um frio pastoso, insidioso, ao contrario do norte, onde o frio é gélido e agreste, estando hoje e por lá nublado o céu. O sol aqui bate toda a tarde neste casarão donde das janelas se avista o Tejo refulgente e mais além o rochedo do Bugio com o forte e o farol que marcam o limite da barra. Tudo é silencio e nunca se ouvem aviões neste 9º andar, mais pertinho do céu como rezava a cancão brasileira “Avé Maria no Morro”, aqui sem telhado de zinco nem passarada."Ave Maria no Morro" é uma canção composta por Herivelto Martins e gravada por seu Trio de Ouro em 1942.Barracão de zinco Sem telhado, sem pintura Lá no morro Barracão é bangalô Lá não existe Felicidade de arranha-céu Pois quem mora lá no morro Já vive pertinho do céu Tem alvorada, tem passarada Alvorecer Sinfonia de pardais Anunciando o anoitecer E o morro inteiro no fim do dia Reza uma prece ave Maria E o morro inteiro no fim do dia Reza uma prece ave Maria Ave Maria Ave E quando o morro escurece Elevo a Deus uma prece Ave Maria.
domingo, 8 de janeiro de 2017
bloqueios no inFaceLock
* Victor Nogueira
A publicação da foto falhou
Parece que algo correu mal no carregamento da tua fotografia. Por favor tenta novamente mais tarde.
Acção bloqueada
- Estás temporariamente restrito de identificar pessoas até amanhã às 18:07
- Se achas que estás a ver isto por engano, entra em contacto connosco.
Bloqueios do Facebook
Para ajudar a manter o Facebook em segurança, por vezes bloqueamos determinados conteúdos e ações. Se consideras que cometemos um erro, informa-nos. Apesar de não conseguirmos responder a denúncias individuais, a opinião que nos enviares vai ajudar-nos a melhorar a forma como asseguramos a segurança do Facebook.
Explica porque é que achas que isto foi um erro
Recebi cerca de 200 mensagens de felicitações pelo meu aniversário em 2017.01.05. Na impossibilidade de responder e agradecer a cada uma individualmente resolvi fazê-lo em dois posts, tendo sido bloqueado após o envi do 1º, o que considero incorrecto da parte da equipa do FB e do programa informático que levou a este bloqueio. O FB pretende que as pessoas sejam simpáticas e inter-aja mas depois aplica sanções injustificadas e "cegas"
Victor Barroso Nogueira Grato, Antónia Matias, mas foste a 3ª pessoa a felicitar-me aqui mo inFaceLock, a 5 janeiro :-)
Não é possível publicar comentário.
Acção bloqueada
- Foi-te aplicado um bloqueio temporário para impedir que realizes esta acção.
- Se achas que estás a ver isto por engano, entra em contacto connosco.