* Victor Nogueira
1. - SOBRE AS VIAGENS DE FINALISTAS E A "CULPA" QUE ENJEITO - Sempre houve irreverência e mesmo agressividade na juventude. Basta por exemplo pensar nas praxes e desacatos na Universidade de Lisboa/Coimbra desde a sua criação em 1290 por D. Dinis até à Crise Académica de 1969. Basta pensar nos desacatos dos jovens estudantes liceais desde sempre.
Eu não me sinto culpado do que quer que seja, numa sociedade onde os valores, comportamentos e famílias ditas tradicionais são postos em causa. Não estou a defender esses valores, muitos altamente questionáveis. O que estou a dizer é que face ao individualismo, ao salve-se quem puder dominantes na net e na TV e na publicidade, face ao facilitismo sobretudo da generalidade das universidades privadas, a maioria envoltas em fumos de corrupção, os pais e as escolas pouco podem.
Toda esta narrativa agora lançada aos 4 ventos pelos meios de comunicação que pretendem facturar, nada tem de novo pois ano após ano elas sucedem-se com actos de vandalismo mais ou menos graves.
O que está em causa é todo o negócio entre agências de viagens e indústria hoteleira e o cerne da questão está no que alguns jovens teriam dito: que foi uma reacção ao mau serviço do hotel. Isto é, à boa maneira do far-west ou de Goebbels, sentindo-se lesados, em turba, os jovens resolveram fazer justiça com as próprias mãos, sacando do "revolver".
Esta narrativa da "culpa" (sentimento da moral judaico-cristã) em contraposição à responsabilidade social e individual, é uma narrativa que pretende criar "pecadores", a merecerem "castigo" ou "penitência", como o pretensamente aplicável aos países do Sul da Europa, cujos cidadãos irresponsáveis teriam vivido à vara-larga com o crédito concedido por beneméritos e honrados banqueiros, ou gasto as ajudas em vinho e mulheres, isto é, pecaminosamente.
Eu, desde sempre reivindicando a minha condição de cidadão participante na gestão da polis e da res-publica, agindo em conformidade, assumo as minhas responsabilidades mas enjeito as "culpas" e os "castigos".
No post 25 de Abril, eu nunca fui expulso, mas apenas saneado para o desemprego ou colocado em prateleiras douradas por pseudo democratas socialistas ou "revolucionários" de pacotilha, integrados nas mordomias e benesses do sistema socio-económico que diziam combater.
Strauss - Vinho, Mulheres e Canções - Música, Maestro ou Maestrina in
2. - Li a crónica, que coloca questões pertinentes, e percorri as caixas de comentários, onde não poucos dizem que foram adolescentes bem comportados, incluindo a daquele que tendo prestado serviço militar na guerra colonial afirma que nunca cometeu nem destruiu mas construiu nem cometeu ou terá visto cometer atrocidades ou actos de vandalismo contra o que a propaganda dizia serem os "terroristas". Enfim ...
OPINIÃO
Mil jovens em Espanha: nós e eles
Quem é que no seu são juízo pensaria que estes jovens iam para a praia ler o seu Saramago?
11 de Abril de 2017, 6:32 - DAVID RODRIGUES
https://www.publico.pt/2017/04/11/sociedade/noticia/mil-jovens-em-espanha-nos-e-eles-1768322
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)