quarta-feira, 8 de março de 2023

Mulher: Luta(s) pela Igualdade

 


Jornal do STAL nº 124 - 2023 Março

* Victor Nogueira  

As mulheres são cerca de 50 % da Humanidade,  sujeitas às mesmas ou mais agravadas condições de trabalho, exploração e restrição dos direitos socio-económicos.  (1)

Na Revolução Francesa   Olympe de Gouges contrapôs a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã (2), em oposição ao patriarcado da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Devido às suas ideias revolucionárias, Olympe  foi guilhotinada em 1793. A igualdade entre homens e mulheres foi foi reconhecida pela efémera Comuna de Paris (1871), sangrentamente reprimida pela burguesia europeia.

Em 1910  na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, Clara Zetkin  e Alexandra Kollontai propuseram a criação do Dia Internacional da Mulher, como jornada anual de luta pelo direito de voto para as mulheres, pela igualdade dos sexos e pelo socialismo. 

O primeiro Dia Internacional da Mulher foi e 19 Março 1911. Posteriormente, passou a 8 de Março. Com efeito, neste dia, em 1857,  nos EUA,  na sequência da violenta repressão dum protesto por melhores condições de trabalho,  130 tecelãs morreram carbonizadas.

A luta pela igualdade entre homens e mulheres e pelos direitos destas e do proletariado foi uma constante. A Revolução Russa de 1917 é uma importante etapa, ao reconhecer e aplicar os direitos dos trabalhadores e a igualdade entre homens e mulheres, servindo de guia para as lutas pela igualdade e anticapitalistas que se lhe seguiram por todo o Mundo.

Em Portugal a igualdade formal entre sexos só foi alcançada com a Constituição de 1976, embora cada vez mais os sucessivos governos ao serviço do capital limitem os direitos de todos os trabalhadores, atingindo com especial gravidade as mulheres. (3)  (4) (5) (6)


(1) urap.pt/index.php/cultura-mainmenu-42/961-revolucao-e-mulheres-de-maria-velho-da-costa 

(2) dhnet.org.br/direitos/anthist/mulheres.htm 

(3) repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/146221/2/595246.pdf 

(4) publico.pt/2020/09/27/sociedade/noticia/cem-anos-lutas-femininas-feministas-portugal-exemplo-pioneiras-1932367 

(5) fem.org.pt/feminismos/ 

(6) fem.org.pt/contributo-para-a-contextualizacao-historica-das-lutas-feministas-na-historia-mundial-e-em-portugal-1848-1950/

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VER, de Victor Nogueira:


«A luta das mulheres» 

in https://aoescorrerdapena.blogspot.com/2013/03/victor-nogueira-luta-das-mulheres.html

«A mulher e o mundo do trabalho - igualdade por cumprir» 

in https://aoescorrerdapena.blogspot.com/2013/03/victor-nogueira-mulher-e-o-mundo-do.html

«Tanta gente, Mariana, tanta gente» 

in https://aoescorrerdapena.blogspot.com/2017/12/tanta-gente-mariana-tanta-gente.html

«A ideia e a prática da inferioridade "congénita" da mulher» 

in https://aoescorrerdapena.blogspot.com/2014/07/a-ideia-e-pratica-da-inferioridade.html

«As públicas virtudes e os vícios privados, "comme il faut"» 

in https://aoescorrerdapena.blogspot.com/2014/07/as-publicas-virtudes-e-os-vicios.html

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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)