quarta-feira, 7 de agosto de 2024

É a guerra, é a guerra, no cinema


Grande Guerra - Kanal (insurreição dos polacos contra os nazis em 1944, de Andrzej Wajda (1957( Neste filme vêm se os horrores da guerra, só desejada pelos que ficam em casa e não se arriscam como os soldados se arriscam, a morrer sem saber quando), L'Almiral Canaris, no Cine Vox. (Filme de espionagem alemã hitleriana. L'Almiral Canaris, o chefe da espionagem alemã, que sempre foi contra a guerra, e que foi enforcado por ordem de Hitler horas antes dos aliados tomarem a cidade onde ele residia. Grande parte das cenas deste filme são verídicas, pois são provenientes de documentários da época). 

Le Dictateur (1940) (Neste filme, que é de rir até mais não, Charles Chaplin põe no ridículo Hitler), 

Le Renard des Oceans (Sea Chase), de  John Farrow (1955)


Outros géneros - "Scipion, L'Africaine". La Guerre et La Paix (War and Peace), de King Vidor, (1956)[Impressionantes as marchas da infantaria cerrada contra a artilharia, em vagas sucessivas e dizimadas.] Houve espectadores que abandonaram a sala de exibição (Cine Potinière). O filme tinha muitas cenas cortadas, especialmente no que se refere à derrota dos franceses. Uma cena foi suprimida: quando Napoleão queima as bandeiras francesas, forçado a retirar se da Rússia após a invasão até Moscovo]  (1959.08.09)


No dia 16 [03.1963] fui ver o filme "O Dia Mais Longo" (The Longest Day), .de Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki e Darryl F. Zanuck (1962) Era um bom filme, cuja acção decorria durante o desembarque dos aliados na Normandia, em 1944 (6/6) (Diário III - pag. 155)

Fui ao Olímpia (Porto) ver "O Homem que Matou Liberty Valance", com James Stewart e John Wayne. Nos três filmes do John Wayne (O Dia mais Longo, Álamo e este) [este] tem sempre um papel irónico ou coisa que valha. (1963.09.11/14 - Diário III)

Vi "O Pombo que Conquistou Roma" (The Pigeon That Took Rome), de Melville Shavelson (1962), no Rivoli. Comia se [uma comédia razoável]. (MEB - 1963.05.25) [Diário III - pag. 168)

Fui ao Batalha ver o filme "A Coragem é a Senha". (The password is courage), de  André L. Stone (1962) Embora fosse cómico, não gostei muito dele. Esperava outra coisa. (1963.07.08 - Diário III)

Á noite vi "Os Canhões de Navarone" (The guns of Navarone), de J. Lee Thompson (1961), no Asilo do Terço. Gostei do filme, que era deveras emocionante. (1963.09.23 - Diário III)

 
Fui ao Batalha ver "55 Dias em Pequim".(55 Days at Peking), de  Nicholas Ray (1963) Era bom, com cenas emocionantes, e baseava se no cerco de Pequim pelos "Boxers" em 1900. Não gostei muito do desempenho da Ava Gardner. Charlton Heston e David Niven saíram-se bem.


Tenho pena de não ter visto "Objectivo Burma" (Objective, Burma!), de Raoul Walsh (1945), com o mesmo actor, já falecido (Errol Flynn). (1963.11.12 - Diário IV) Vi posteriormente este filme, de que gostei, passado no Extremo Oriente, e o que dele hoje recordo é apenas a recolha das hpas de identicação dos soldados mortos, feita pelo principal protagonista (2024 08  07)

Tendes visto na rua aqueles miúdos que confrontam, amigavelmente, as suas forças? Já reparastes que normalmente os risos terminam em lágrimas, de ódio ou dor, e a brincadeira deixa de sê lo? Em tempos vi um filme que expunha este problema, cujo desfecho me surpreendeu, por imprevisível. Chamava se "Desafiando o Perigo" O seu enredo resume se em poucas linhas. Um navio norte americano equipado com mísseis, comandado por um oficial despótico, que exigia dos seus homens esforços sobre humanos, persegue um submarino adversário, procurando encurralá lo, destruí lo mesmo (embora estivessem as respectivas nações em guerra fria, apenas). A louca perseguição continua. O submarino adversário tinha a reserva de oxigénio praticamente esgotada e tinha de vir à superfície renová lo. A presença do barco norte americano, por motivos que já esqueci, impedia isso.(Não quero garantir, mas parece me que este forçou o submarino a violar águas territoriais). Estava portanto num dilema: ou continuava submerso, e toda a tripulação pereceria, ou vinha à superfície, o que lhe não convinha (talvez porque seria apresado pelo navio dos EUA). O estado de tensão da população deste último era enorme mas ninguém conseguia dissuadir o comandante da sua provocação. Deu se o inevitável: o oficial que comanda os mísseis, esgotado, carregou inadvertidamente no botão. Ouve se o silvo do míssil: as caras estupefactas ou aterrorizadas dos que ocupavam a sala de comando. O filme termina com um lindo cogumelo que se eleva do mar, a base alongando se, enquanto a cúpula se alarga. (NSF - 1968.08.21)

NOTA - Nada me permite identificar a que filme corresponde este texto



2022 07 14 - Uma outra vibrante interpretação de A Marselhesa, em Casablanca, de Michael Curtiz (1942)  Rick é um não colaboracionista que participou na Guerra Civil de Espanha, ao lado das forças republicanas. Em Argel, na França de Vicchy, abre um café, onde se encontram espiões, nazis e pessoas que querem obter um visto para Lisboa, plataforma giratória para fugirem aos nazis ou prosseguirem a sua luta. Victor Laszlo é um dos chefes da Resistência que no mercado negro procura obter o cobiçado visto para conseguir embarcar e prosseguir a luta. 

No café, num aceso diálogo com Rick, apercebem-se que os oficiais nazis começam a cantar uma das suas marchas. Laszlo dirige-se á orquestra e, com a anuência de Rick, esta começa a tocar a Marselhesa, entusiasticamente cantada pela maioria dos presentes, abafando o coro nazi. 

Perante aquela manifestação, o oficial nazi  ordena ao chefe da polícia local que encerre o café, ao que este contrariado acede, alegando com aparente indignação que acabara de descobrir que no café de Rick se jogava clandestinamente, sem no entanto prescindir de receber o habitual suborno.

Casablanca é um filme estadunidense, realizado em 1943 por Michael Curtiz, com interpretações de Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid e Claude Rains.

in Textos em julho 14

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