* Victor Nogueira
11 de outubro de 2010 ·
Que é tarde e são horas de ir para vale de lençóis, para os braços de Joana Pestana, a Morfeia 🙂
12 de outubro de 2010 ·
As auto-estradas da "teia", também conhecida como WEB, são como um vaivém espacial, com mais idas que regressos, com breves paragens na Lua em Marte ou em Vénus, do que estadias prolongadas, com um renovar consta de pessoas como as que circulam anonimamente nas grandes superícies comerciais, com as suas lojas "âncora" ...em torno das quais se fixam as outras, muito mais pequenas e menos gravitacionais. "Suprimir a distância é aumentar a duração do tempo.A partir de agora, não viveremos mais;viveremos apenas mais depressa" (A.Dumas) Mas paradoxalmente, raramente o longe se transforma em perto e com frequência o perto está noutra galáxia!
12 de outubro de 2010 ·
Mal com El Rey por amor dos homens, mal com os homens por amor d'El Rey (Afonso de Albuquerque), em citação dum Republicano !
12 de outubro de 2011 ·
O Poeta é um fingidor? "Acordo contigo no meu pensamento, a minha cabeca na tua almofada mas sem ti, sem o perfume do teu cabelo, sem o teu sorriso, o teu riso e o brilho do teu olhar, a macieza da tua pele, o teu corpo de mulher apetecida junto ao meu, minha deusa do mar. Está um dia brilhante e soalheiro, como cheios de sol e cintilantes são os bjos e carinho que te envio nas asas do meu desejo de ti."
12 de outubro de 2013 · ·
tudo ok.
agora é a preocupação de fazer tudo certinho.
E a seca de olhar para as paredes, não sair e só ter os meus botões como interlocutor e companhia 😛
12 de outubro de 2014 ·
1.
de dia
o que na estela fia
desfia penélope a teia
que de noite e sem açoite incendeia
não desafia
2.
porfiando ulisses
aos ésses
é míope e muda
calíope
amblíope
Paço de Arcos 2014.10.12
12 de outubro de 2018 ·
foto victor nogueira - Lisboa - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - na altura em que andei a consultar os arquivos da PIDE/DGS, para as minhas memórias de évoraburgomedieval
12 de outubro de 2019 ·
foto victor nogueira - Vai para meio século, no tempo em que o meu avô António construiu esta casa no Mindelo, a dois passos da estação ferroviária da linha suburbana, tudo aqui era campo e silêncio. A rua, de terra batida, então sem nome, nem meia dúzia de moradias tinha, modestas, todas de emigrantes menos esta.
O comboio suburbano foi substituido pelo metro de superfície ligado a ma rede alargada. A rua, essa já tem nome e está ladeada de vivendas muito menos modestas A água já não é retirada do poço pois os lençóis freáticos estão inquinados pelas fossas sépticas e produtos químicos agrícolas. Hoje em dia a água é canalizada e fornecida pela autarquia, que apenas há quatro anos terminou a rede de esgotos e saneamento básico na freguesia.
O silêncio é agora quebrado pelo suave rolar no empedrado da rua pelo esparso trânsito automóvel e pelo troar mais ou menos ruidoso e regular do movimento dos aviões em torno do aeroporto das Pedras Rubras, mais a sul.
Este é o registo duma das aeronaves que desse aeródromo levantou voo um dia destes
12 de outubro de 2020 ·
Pela cidade encontram-se barcos varados em terra, talvez porque os seus proprietários não tenham posses para os manter no Clube Naval ou na Doca de Recreio.
Mas embarcações construídas a via pública num bairro residencial é obra digna do registo. Bem sei que o meu pai na Paia do Bispo, em Luanda, sucessivamente, construiu três "gasolinas", mas fê-lo no quintal, a partir de planos da "Popular Mechanics ", mas essas embarcações, de motor fora de borda, eram de mais modesta dimensão.
foto victor nogueira - Em Setúbal, um estaleiro naval "doméstico", a long time ago, na via pública.
12 de outubro de 2021 ·
A Casa da Praça, armoriada, remontará aos finais do século XVII e situa-se na artéria principal da vila, nas imediações da Igreja da Misericórdia. Em 1970 / 1980 as obras de conservação, realizadas pelo proprietário, alteraram profundamente a fachada das traseiras bem como o interior do edifício, mantendo unicamente a integridade da fachada principal.
Foto victor nogueira - Azurara - Capela da Casa da Praça e cruzeiro (2016.09.26)
12 de Outubro de 2024
Estão pois cinzentos os dias, as núvens pesadamente carregadas de plumbeas cores, a chuva chuviscosa, a humidade entranhando-se na pele, até ao tutano, o ar parado, as articulações doloridas, o ânimo esfarelando-se. Não há estrelas no céu nem rima que arrime!
Ao centro, mirando-nos, emerge o que parece ser a cabeça dum felpudo canídeo.
Foto victor nogueira - Céu muito nublado, em Setúbal (2024 10 12 IMG_5237) Já de seguida, Rui Veloso fala das estrelas no céu, apropriadamente.
O Poeta é um fingidor ? 1. "Tenho dentro de mim a tua imagem e o vazio da tua ausência e do teu silêncio. Bjos com o sabor e a cor que lhes quiseres dar e retribuir. " 2. "um dia tu virás / e seremos um rio ao luar / ave desperta / rosa aberta / no calor do teu olhar"
13 de outubro de 2016 ·
Outrora no jardim público passeavam-se as famílias, por vezes juntando-se em torno do coreto ouvindo a banda musical, interpretando marchas militares, canções de amor ou peças de música clássica, mais ou menos ligeiras. Évora no seu Jardim Público também tem um coreto, perto do qual há ou havia uma oliveira plantada no termo da Grande Guerra, a primeira, com o desejo que tivesse sido a última. Embora tenha uma foto do eborense coreto in illo tempore, o desta minha foto é na Póvoa de Varzim.
foto victor nogueira - no parque infantil do Bonfim, a long time ago. In llo tempore corríamos todos os parques infantis de setúbal, mas não só estes
Há diferenças entre os parques infantis de antanho e os de hoje, estes mais coloridos e com equipamento menos susceptível de causar acidentes. Outrora, quando as criancinhas eram mais pequenas, aos fins de semana corríamos os de Setúbal, mas não só. Esta é uma pequena recolha, de fotos sobre esta temática, entre Évora, Setúbal, Paço de Arcos e o Porto. Para além de textos em que surgem referências minhas a parques infantis, assinalo com (*) as fotos de autoria do meu tio José João, as do Porto.
13 de Outubro de 2024
2024 10 13 - Jogo do Quim e do Manecas, de Stuart Carvalhais, reproduzido por JJ Castro Ferreira.
Este é um dos jogos de tabuleiro para mim reproduzidos pelo meu tio José João, para não estragar o jornal ou revista onde havia sido publicado. É uma cópia quase fiel, embora exista outro, reinterpretado nos desenhos, sobre a caça ao tesouro por piratas, publicado num dos Livro da Juventude, uma edição anual das Selecções do Reader's Digest.
Nesta imagem figura o desenho original de Stuart Carvalhais (1887 / 1961), produzido entre 1916 / 1924.
«O jogo é do tipo "jogo da glória", com temática inspirada na primeira guerra mundial: os obstáculos a ultrapassar são submarinos, prisões, canhões, gás asfixiante, zepelins e aeroplanos.
Quim e Manecas são figuras de uma banda desenhada criada por Stuart Carvalhais, que começou a aparecer em 1915, em O Século Cómico. A série durou mais de 500 episódios. A sua enorme popularidade foi associada, entre outros, à produção de jogos, brinquedos e publicidade.
A série «Quim e Manecas» passou a designar-se «Manecas e João Manuel» durante uma curta fase (1939-1940), tendo aparecido no semanário humorístico Sempre Fixe no tempo do Estado Novo.»
14 de outubro de 2010 ·
«No dia 5 de agosto de 2010, uma explosão bloqueou o acesso à mina de San José, no deserto do Atacama, no Chile, deixando 33 trabalhadores presos a cerca de 700 metros de profundidade, num refúgio de 50m2, em condições extremamente insalubres. Apenas 17 dias após o acidente, o grupo foi localizado. A partir de então, teve início a maior operação de resgate da história da mineração.»
O avanço científico e tecnológico permitiu o salvamentos destes mineiros. Mas o desastre aconteceu porque com a ganância do lucro a empresa não respeitava as normas de segurança e conseguiu a re-abertura das minas em contravenção das normas de segurança que estiveram na origem do acidente. E não esquecer que a empresa se preparava para declarar falência para não pagar salários nem indemnizações. Se foi descoberto um filão de ouro, a quem aproveitarão os eventuais lucros: aos patrões ou aos mineiros? A mesma ganância de lucro que provoca a fome e a miséria em todo o mundo e que levou à catástrofe ecológica no poço de petróleo da BP no Golfo do México, apesar dos avisos dos técnicos de segurança ! A Humanidade poderia não viver na miséria desde que os seus autores fossem erradicados. Esta a lição a tirar do resgate dos mineiros. Quantos acidentes de trabalho, quanta miséria, quantos desastres ecológicos continuarão a suceder para que uma minoria de predadores conduzam a maioria à miséria, à fome, à descartabilidade, ao desastre ?
14 de outubro de 2011 ·
"Onde não há humor, não há humanidade" Ionesco
Victor Barroso Nogueira - LOL Ana. Humor não me faltta; careço é de amor e duma Pilar :-)*
13 a
Ana Albuquerque - Que bom p'ra ti, amigo. Revolta, desânimo e medo pelo futuro, são os sentimentos que me assistem. E já nem é por mim, que já estou velha, é pela minha filha, pelos nossos filhos, que não serão os filhos de todos mas são certamente os da maioria.
13 a
Victor Barroso Nogueira - Ana, se eu não levasse isto com humor já estava no manicómio. Tenho as mesmíssimas preocupações que tu, desde os 18 anos - já lá vão 47 - Eu Lutei e continuo a lutar; aos nossos filhos e netos, que nasceram depois do 25 de Abril e não sofreram o fascismo, cabe-lhes continuar a luta. Aos meus ensinei a pescar; a maioria recebeu sempre o peixe. Que lutem também agora como alguns de nós lutámos desde sempre, antes e continuamos a lutar!
13 a
Ana Albuquerque - Concordo contigo mas o meu sentido de humor evaporou-se. Quanto a pescarias, também há quem tenha sido ensinado a pescar e até não pesca mal mas roubam-lhe o peixe todo.
13 a
Victor Barroso Nogueira Bjo Ana e ... "Contra os patrões/vendilhões/ladrões/tubarões lutar, lutar"
13 a
14 de outubro de 2012 ·
Foto Victor Nogueira - Évora - Convento do Espinheiro
Manuela Vieira da Silva - No silêncio do monte, de terra encarnada, brancas lages abraçam inteiro em recolhimento a plenitude do Mosteiro, lugar de paz e isolamento. Muito bonito, Victor Nogueira, inspira serenidade. Boa noite.🙂
12 a
foto victor nogueira, em 2019.10.12 - Foz do Rio Ave, em Vila do Conde, com o farol da entrada da barra e a Capela de N. Sra da Guia. Sobre esta há uma visita virtual ao alcance dum clique em Entre as Senhoras da Lapa e da Guia em Vila do Conde
Indiferentes à violência das ondas que por vezes varriam o paredão, pessoas passeavam-se nele ou nele pescavam à linha.
15 de outubro de 2010
Crónicas do dia-a-dia, sem sal nem pimenta repescadas
A esta hora da madrugada, quando tudo é silêncio e há muito deveria estar em Vale de Lençóis nos braços de Morfeia ou de Joana Pestana, ouço ainda o dedilhar nas teclas e e taque seco na tecla de espaços. Olho pela janela e sobre a terra um denso nevoeiro que não permite ver para além da avenida, lá em baixo. No entanto, lá no alto, brilhante e como que recostada num sofá, a Lua em Quarto minguante, uma Lua mentirosa, pois tem uma forma de C reclinado, tal como estudávamos em Angola, onde era um anacronismo o que nos metiam pelas goelas abaixo pois os programas eram idênticos aos de Portugal, no Hemisfério Norte. Também nos era impossível orientarmo-nos pela Estrela Polar, por mais garantias que os compêndios nos encaixavam, pois o que encontrávamos era o Cruzeiro do Sul. E desmentindo os "livros únicos" de Portugal do Minho ao Timor, a serra mais alta de Portugal não seria a da Estrela, pois em Angola e Moçambique alcançavam-se maiores altitudes! E nos livros da primária, por mais multi-racialidade que fosse apregoada, só apareciam criancinhas brancas e a única negra era vestida com trajes "primitivos".
CONTINUA EM Crónicas do dia-a-dia, sem sal nem pimenta repescadas
Victor Nogueira ~ Fui repescar isto a um texto abandonado nos rascunhos do Ao (es)correr da Pena e do Olhar 🙂 A minha meta é publicar pelo menos um post diário em cada um dos meus oito blogs. "Conquistado" pelo facebook tenho descurado o hi5, como já deves ter notado, para além do Jornal dos Blogueiros
14 a
Carmen - A nota está boa! Gosto de ler coisas sobre o
quotidiano das pessoas! Quanto ao quadro, vai ter de descobrir, rsrsrsrs! Bem,
eu é que vou agora para os braços de Morfeu... Depois, gostava de saber o que
achou do quadro (foto de uma pintura, rsrsrsrs) Um beijinho, com carinho!
o 12
ano(s)
Victor Nogueira - Já vi! És uma joia. Esta noite não
dormirei nos braços de Joana Morfeia mas em sonhos com tão delicada e
melancólica figura, e o sonho me dirá o que verei daquele corpo para além do
que meio encoberto está LOL A sério, o quadro comoveu-me. Pena que não passe de
um jogo de luzes e se não materialize junto de João Baptista Cansado da Guerra
ou do Conde Niño, dois dos personagens dos meus "rimances"
o 12
ano(s)
• Carmen -
Também há a Teresa Batista Cansada da Guerra ...
o 12
ano(s)
Victor Nogueira - Que não és tu mas um personagem do
Jorge Amado, se errado não estou 🙂
As damas de João Baptista chamam-se Maria do Mar, Maria
Papoila, Joana Princesa dos Muitos, cálidos e ásperos nomes, Maria Vai com as
Outras, Fáfá das Caldas, and so on. Todas têm existência real mas a chave essa
está comigo fechada a sete chaves 🙂
Tenho de inventar um nome para ti 🙂
sorry rssssss (respeitando os direitos da autora) Vou pensar
se ficarás a ser a "Aguia que Ruge!" ou apenas "Carmencita
Nectarina dos Deuses". Não. Mereces melhores nomes literários
o 12
ano(s)
15 de outubro de 2013 ·
O Domingo na Poesia ~ segundo vários escritores - 02
Nas nossas vidas o que é o domingo? Antes de tudo, o dia de ir à missa, dia de religião mas também de convívio, de vestir o fato de ver-a-Deus. Especialmente em Luanda, dia de ir à praia na estação quente ou de na estação fresca (cacimbo) almoçar num dos restaurantes dos arredores (frango assado ou bacalhau assado ou bife com ovo a cavalo e batatas fritas) - não me lembro se na estrada do Cacuaco, se na da Catete. Dia do passeio dos tristes, sobretudo em Portugal - pela linha do Estoril (com os meus padrinhos), em Lisboa, pela Estrada da Póvoa (de Varzim) ou a Matosinhos ou à Foz do Douro e Castelo do Queijo, se no Porto (com os meus avós). Ou de ir a Goios e conviver com os meus primos e primas. Também havia em Luanda o passeio dos tristes, de ir até à ponta da Ilha do Cabo (com lanche numa cervejaia), ou ao Cacuaco ou à barra do rio Dande,
Em Portugal era também para muitos portugueses/as o dia do namoro, no jardim, não poucas vezes com a banda a tocar no coreto. Era de sábado para domingo também o dia (ou a noite) dos bailaricos, nas sociedades recreativas, as miúdas sob o olhar atento das mães, das tias ou dos irmãos mais velhos. E também o dia das bebedeiras dos homens nas tabernas. Ou da ressaca. E era também para muita gente o dia da ida ao cinema, fossem de estreia, fossem de "reprise", estes com dois filmes diferentes.
Mas poemas que se referem a isto aparecerão mais à frente, noutra nota. Hoje, selecionei e partilho estes. Boa leitura.
* Manuel Alegre – Poemarma / * Alfred Lichtenstein - Domingo à tarde / * Vinicius de Morais - Soneto de um domingo / * ferlumbras - Domingo à noite merece um poema / * Cazuza - QUERIDO DIÁRIO (TÓPICOS PARA UMA SEMANA UTÓPICA) / * Jorge de Sena - Lisboa um domingo / * Alda Lara - AS BELAS MENINAS PARDAS
Carlos Rodrigues ~Belos Poemas sobre o Domingo e não só. Dia de descanso físico e mental, assim convencionado, outros dizem ser o Sábado ( o Sétimo Dia Bíblico e o que realmente significa Descanso ). Em certas profissões ao Fim de Semana não há sequer Dia Santo, mas não é pecado trabalhar, pecado é não haver trabalho para quem quer trabalhar. De resto gostei muito dos Poemas dos vários Poetas que falam do Domingo. Quando eu o fiz não disseste água vai... 🙂
11 a
Victor Barroso Nogueira - Estou em convalescença e só aos poucos vou podendo começar a ler sem ser com uma lupa. Mas dá tempo ao tempo.Se comento as partilhas de uns e não de outros, poderá haver melindres. Portanto, quando me atraso por algum motivo, tenho de reservar tempo para ler e comentar tudo de seguida. Um abraço 😉
11 a
Carlos Rodrigues - Não sabia, Vitor. Foste operado à vista ou estás a convalescer de algum tipo de intervenção cirúrgica ? As tuas melhoras and don't worry, take your time.
11 a
Manuela Miranda - O 1º poema lembrou-me muitas coisas de antes ao Domingo, mas todos eles Têm bomitas palavras e 2 fotos em que o Amigo está todo Feliz no meio da família,
11 a
15 de outubro de 2013 ·
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Águas passadas não movem moinhos? Bem ... enquanto passaram podem ou não tê-los movido e assim ajudado ou não a produzir a farinha para o pão que alimenta o corpo sem o qual o espírito não existe. (Victor Nogueira)