Allfabetização
Escrevivendo e Photoandando
No verão de 1996 resolvi não ir de férias. Não tinha companhia nem dinheiro e não me apetecia ir para o Mindelo. "Fechado" em Setúbal, resolvi escrever um livro de viagens a partir dos meus postais ilustrados que reavera, escritos sobretudo para casa em Luanda ou para a mãe do Rui e da Susana. Finda esta tarefa, o tempo ainda disponível levou me a ler as cartas que reavera [à família] ou estavam em computador e rascunhos ou "abandonos" de outras para recolher mais material, quer para o livro de viagens, quer para outros, com diferente temática.
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Depois, qual trabalho de Sísifo ou pena de Prometeu, a tarefa foi-se desenvolvendo, pois havia terras onde estivera e que não figuravam na minha produção epistolar. Vai daí, passei a pente fino as minhas fotografias e vários recorte, folhetos e livros de "viagens", para relembrar e assim escrever novas notas. Deste modo o meu "livro" foi crescendo, página sobre página. Pelas minhas fotografias descobri terras onde estivera e juraria a pés juntos que não, mas doutras apenas o nome figura na minha memória; o nome e nada mais. Disso dou por vezes conta nas linhas seguintes.
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Mas não tendo sido os deuses do Olimpo a impor me este trabalho, é chegada a hora de lhe por termo. Doutras viagens darão conta edições refundidas ou novos livros, se para tal houver tempo e paciência.
VNsexta-feira, 29 de junho de 2018
Nora em Setúbal
terça-feira, 26 de junho de 2018
Trovoada em Setúbal
quinta-feira, 21 de junho de 2018
De quantas roupagens e de quantos espelhos se veste o amor ?
quarta-feira, 20 de junho de 2018
A praia fluvial da Saúde, no estuário do Rio Sado
domingo, 10 de junho de 2018
10 de Junho - O Dia da Raça e o fardo do Homem Branco
sexta-feira, 8 de junho de 2018
A Évora, a turbo-aspiradora
quinta-feira, 7 de junho de 2018
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Em Luanda, os Nogueira da Silva na Rua Frederico Welwitsch
terça-feira, 5 de junho de 2018
Em torno da Dignidade, da Liberdade e da "morte assistida"
2. - ALGUÉM CONCLUI QUE DEVIDO À COMPLEXIDADE DA QUESTÃO E AOS ASPECTOS EMOCIONAIS NUM EVENTUAL REFERENDO VOTARIA EM BRANCO
E EU COMENTO:
Votar em branco é deixar que outros decidam por nós SIM ou NÃO. Mas o que estava em causa nos 4 projectos era um processo burocrático a decidir por uma comissão de avaliação exclusivamente para pessoas em doença terminal, sem possibilidade de cura e com imensa dor e sofrimento. Na realidade todas as outras pessoas - menores, em estado inconsciente ou comatoso, pessoas sem personalidade jurídica ou que não tivessem preenchido o pedido estariam excluídas e protnto continuariam em processo de grande sofrimento. Mas para quem na hora da verdade tivesse passado por todos os crivos, ainda teria de encontrar um médico que não invocasse objecção de consciência. E poderia ou não ser em casa, mas para ser em casa apenas esta teria de ter condições para tal.
Pois, isto é complicado mas embora estivesse a ser discutido há longos meses, creio que só agora me consciencializai (não dei conta de reuniões ou artigos nos jornais) e tal como eu a esmagadora maioria dos cidadãos e cidadãs.
Por isso me causa incómodo e perplexidade a tentativa de aprovar uma lei a mata-cavalos nem que fosse apenas com a maioria de um voto no Parlamento, bem como toda a demagogia e má fé contra quem fosse a favor do SIM ou do NÃO, designadamente em relação às ponderações do PCP.
O facto de pessoalmente entender/aceitar/defender que uma pessoa possa por si só decidir terminar com a sua própria vida (como sucedia no Alentejo) ou que não deva persistir nela se falharem os cuidados paliativos e não houver possibilidade de cura, não deixo neste última situação de levantar questões a que qualquer dos 4 projectos não me dava resposta
Apesar da minha posição relativamente ao suicídio, o do meu irmão caçula é um peso/dor que eu e os meu pais tivemos e ainda tenho. Isto para não falar na situação caótica nos hospitais públicos e na Segurança Social devido às políticas anti-sociais dos Governos do PS(d)CDS