* Victor Nogueira
2023 06 10 Cum caraças! Hoje, ao abrir o Chrome, dou com um doodle que me parece ter tudo a ver com azulejaria e uma canga ou bengaleiro! Tiro-me de cudados, clico na imagem e, no monitor, esvoaçam miríades de "papelinhos" amarelos e vermelhos. Fico esclarecido!
Já foi o dia da Raça! Agora, é o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. É o 10 de Junho, já não com os inenarráveis discursos de Américo Thomaz, Almirante, Venerando Chefe de Estado e Supremo Magistrado da Naçóm, mas com mais uma das homílias dum seu homólogo e sucessor, o Senhor Professor Doutor Marcelo, II, o Comentador e Encomendador Mor do Reyno.
2023 06 10 A FLORESTA DE ENGANOS, A GALINAGEM, AS POEDEIRAS, AS ReAÇÕES, A MATILHA E OS "PAPARAZZI" INVESTINDO COMO CÃES ESFAIMADOS ÀS CANELAS DE GALAMBA!
Hoje foi o 10 de Junho, antigo Dia da Raça transformado em Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Marcelo homiliou. Com as habituais farpas e recados. O seu discurso não foi apenas isso, disse algumas coisas dignas de menção e análise. Mas nada disso interessa.
A reacção servida pelo mass media ficou-se pela floresta de enganos e pelas ramadas envilecidas. Ração logo sofregamente abocanhada pelos mesmos do costume, pelas direitas ansiosas por se ajoujarem sofregamente debaixo da árvore das patacas, sob o guarda-sol do PR, o Encomendador de Almas e Comentador-Mor do Reyno
Os papparzi filaram Galamba. Pouco lhes interessavam as inaugurações do Governo, trabalho que Galamba queria fosse realçado. Em vão!
O osso eram as ramadas secas de Marcelo II, PR, para que sobre a insídia Galamba se pronunciasse, se iria demitir-se, se mentira na CPI dos TAP e destape, pela direita transformada em palco de números chungas e de baixo gabarito, para encobrir as malfeitorias perpetradas pelo trio do PS/PSD/CDS, acolitados pelo Chega de Ventura e o Rocha os iéles.
Já vai faltando a pachorra para ouvir as farpas de Marcelo II, PR; para assistir aos noticiários da RTP3, para ler as gordas da imprensa on line e muito menos para "ouvier" os infectos caneiros das privadas.
Na bancada, assistindo ao modesto desfile militar, sem Leopards, mas com quatro Fiats esvaçando pelos ares, apenas Marcelo parecia sorrir, com o seu tique de esticar o pescoço e o queixo. No Governo, tudo, minha gente, estava de monco caído e cara patibular, com especial destaque para o esgalgado Cravinho, sem cravo vermelho ao peito.
2023 06 10 No tempo do fascismo em Portugal era exigida em muitas situações uma declaração escrita, sob compromisso de honra, de “integração na ordem social estabelecida, com activo repúdio do comunismo e outras ideias subversivas.” A longa e descabida introdução de JPP insere-se num quadro mental e político similar, para lá das aparências de “liberdade & democracia”. Não é a primeira vez que JPP faz lenga-lenga similar.
A talhe de foice, pode referir-se também Daniel de Oliveira, que por vezes nos seus artigos a despropósito esclarece que nos verdes anos esteve na JCP, mas que desde há muito nada o liga ao PCP.
JPP não é ignorante, JPP não é falho de inteligência. JPP afirma-se como historiador. Para manifestar a sua discordância pelo “cancelamento” dum docente nas Universidade de Coimbra, perpetrado pelo seu “Magnífico Reitor”, não precisaria daquela longa declaração, enviesada, sobre Putin, sobre relações internacionais e sobre segurança colectiva.
Ou talvez o docente saneado não seja mais que um fait-divers, o pretexto para que publicamente, JPP mostre e declare a sua fidelidade aos valores “democráticos” da belicista USA/NATO/aiUÉ, que tal como foi instalando mísseis nas fronteiras da Federação Russa, já estende o Atlântico Norte pelo Atlântico Sul e pelos Oceanos Indico e Pacífico, de Leste a Oeste, de fio a pavio.
O cerne do falacioso e tendencioso artigo de JPP, em meu entender, está nestes dois nacos da sua prosa:
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“Toda a gente sabe que não tenho a mínima transigência face à responsabilidade criminosa de Putin e da Federação Russa na invasão da Ucrânia. Nenhuma, bem pelo contrário: desejo que a Rússia seja derrotada e que pague um preço pela invasão, pela tentativa de anexação de territórios de um outro país, pelos crimes de guerra cometidos, pelos ataques indiscriminados a civis, pela destruição de infra-estruturas ucranianas, pelas ameaças nucleares, pelo reforço da ditadura na Rússia, pelas perseguições a dissidentes e mesmo, ironia das ironias, pelo efeito de militarização do mundo em resultado do expansionismo e imperialismo russo. Não é lista pequena, pois não?”
(…)
“Não preciso mesmo, porque a guerra do lado ucraniano tem uma legitimação na invasão e todos os que desejam a paz sem aspas sabem que a Ucrânia não pode perder esta guerra, sob pena de o benefício do infractor ser muito perigoso para a segurança mundial e, claro, uma enorme injustiça aos ucranianos.”
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JPP inicia a sua lenga-lenga com esta afirmação: “O caso mais absurdo desta fronda anti-russa, (…) foi o afastamento do professor da Universidade de Coimbra Vladimir Pliassov”
Permito-me discordar. O caso mais grave é que a coberto da “liberdade & democracia”, personagens como o Falcão e JPP avalizem o ressurgimento dos métodos inquisitoriais, de guerra santa e jihad, coma diabolização do outro, daquele que é diferente, que tenha outra verdade, avalizem a instauração dum estado policial e securitário, dum estado unidimensional, de pensamento não plural, mas sujeito à “Verdade” das Comissões de Policiamento e de Censura nos vários departamentos do Ministério da Verdade, Seja na Ucrânia, seja na Federação Russa, seja na USA/NATO/aiUÉ. Todos nas mãos dos oligarcas ou multimilionários, contra a Paz e Solidariedade entre os Povos e os Trabalhadores.
Voltando aos tempos de Salazar e Marcelo Caetano: «“Não se discute Deus e a sua virtude; não se discute a Pátria e a Nação; não se discute a autoridade e o seu prestígio”» (Oliveira Salazar «As grandes certezas da Revolução Nacional» - Discurso pronunciado em Braga, no 10º aniversário do 28 de Maio - «Discursos», Vol. II, págs. 128-129, 130 e 137-139) - 1936
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2022 06 10 - Antes da implosão do bloco socialista europeu diziam que o grande sonho dos cidadãos desses países era o de usufruírem das liberdades, consubstanciadas nas delícias do capitalismo, como as calças Lewis, a Coca Cola, os menus da Mc Donald's ...
Na era de Ieltsin estas e outras empresas capitalistas invadiram a Federação Russa, onde com o saque da propriedade pública se amalgamaram grandes fortunas, enquanto a miséria grassava com a implementação das receitas neoliberais.
Hoje, os oligarcas russos compram aos oligarcas da USA, por preços estratosféricos, as sucursais norte-americanas. It's all business, money, money, money.
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2014 06 10
2012 06 10 Foto Victor Nogueira - Cela (Coutos de Alcobaça) - pôr do sol na herdade que foi do General Humberto Delgado